Covid-19: melhora taxa de ocupação de leitos de UTI, diz Fiocruz
Segundo o boletim, Roraima é o único estado na zona crítica

 

Da Agência Brasil

O cenário de melhora nas taxas de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para adultos no SUS persiste, com mais de 90% das unidades da Federação e 85% das capitais estando fora da zona de alerta, com taxas menores que 60%. A informação faz parte da edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quarta-feira (8).

Segundo o boletim, Roraima é o único estado na zona crítica, com 82% de ocupação, mas encontra-se em situação particular de poucos leitos disponíveis. O Rio de Janeiro apresentou queda no indicador, de 72% para 66% de ocupação, o que agora o coloca na zona de alerta intermediário.

De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, trata-se de um reflexo da tendência geral de diminuição da incidência de casos graves, internações e mortes por covid-19.

“A redução simultânea e proporcional desses indicadores demonstra que a campanha de vacinação está atingindo o objetivo de proteger a população do impacto da doença. No entanto, o ainda alto índice de positividade dos testes e a elevada taxa de letalidade da doença (atualmente em 3%) revela que a transmissão do vírus é intensa e diversos casos assintomáticos ou não confirmados podem estar ocorrendo, sem registro nos sistemas de informação”, ressaltaram os cientistas.

Os especialistas reforçam a necessidade de interrupção de cadeias de transmissão por meio do avanço das campanhas de imunização. Esse objetivo, porém, só será alcançado com a ampliação da cobertura vacinal até novos grupos, incluindo adolescentes entre 12 e 17 anos, e da dose de reforço para idosos, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos.

“É preciso que seja concluído, o mais brevemente possível, o esquema vacinal de todos os adultos acima de 18 anos. A imunização de crianças e adolescentes (acima de 12 anos) também precisa ser iniciada e os gestores devem considerar em seu planejamento o estabelecido quanto à ordem de prioridades”, informaram os cientistas.

Segundo dados compilados pelo MonitoraCovid-19, considerando a população adulta, 85% foi imunizada com a primeira dose e 42% com o esquema de vacinação completo. Houve diminuição no número de mortes a uma taxa diária de 1,3%, um total médio de 680 óbitos ao dia. A média diária de casos está em 24,6 mil, com ritmo de redução de 1,9% ao dia.

Estados

Roraima e Rio de Janeiro são os únicos estados com taxas de ocupação superiores a 60%. Goiás (52%) deixou a zona de alerta intermediário, juntamente com Rondônia (47%), enquanto Pernambuco (43%) e Espírito Santo (48%), apesar de aumento nas taxas, tiveram também redução significativa no número de leitos disponíveis.

Os seguintes números foram observados nas outras unidades da Federação: Acre (7%), Amazonas (34%), Pará (35%), Amapá (16%), Tocantins (41%), Maranhão (42%), Piauí (41%), Ceará (38%), Rio Grande do Norte (30%), Paraíba (20%), Alagoas (14%), Sergipe (20%), Bahia (30%), Minas Gerais (29%), São Paulo (33%), Paraná (57%), Santa Catarina (47%), Rio Grande do Sul (51%), Mato Grosso do Sul (34%), Mato Grosso (43%) e Distrito Federal (57%).

Vinte e duas capitais estão fora da zona de alerta. Em destaque, quedas no indicador foram registradas em Fortaleza (60% para 55%) e Belo Horizonte (61% para 56%), que deixaram a zona de alerta intermediário, e também em Curitiba (75% para 65%), Porto Alegre (66% para 61%) e Goiânia (69% para 65%).

As cidades do Rio de Janeiro (94%) e de Boa Vista (82%) permanecem na zona de alerta crítico. Os dados completos do boletim podem ser acessados na página da Fiocruz na internet .

Ocupação de leitos de UTI covid-19 não passa de 80% em nenhum estado
É o melhor nível para o indicador desde outubro de 2020, diz Fiocruz

 

Da Agência Brasil

Pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhum estado brasileiro está com mais de 80% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi divulgada hoje (11) pelo Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, o país vive o melhor momento para a ocupação de leitos desde que o indicador passou a ser monitorado pelo boletim, em julho do ano passado. Na análise desta semana, eles voltam a destacar que a vacinação tem feito grande diferença para a redução dos casos graves da doença e pedem que o acesso aos imunizantes seja ampliado e acelerado.

“Merece destaque a observação de que o cenário de melhora das taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS já convive, sem prejuízos, com a redução significativa de leitos destinados à covid-19 em muitos estados e no Distrito Federal. O gerenciamento desse processo, ainda que exija monitoramento cuidadoso da pandemia, é desejável frente aos desafios postos para o sistema de saúde pelo represamento de demandas por diferentes condições de saúde no decorrer da pandemia”, recomenda o estudo.

O boletim recomenda que seja mantido o alerta quanto à possibilidade de variante Delta trazer reveses a esse quadro de melhora. Apesar do cenário favorável, o texto pondera que, “considerando que ainda são altos os níveis de transmissão do vírus, casos e óbitos, é também importante combinar a vacinação com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados positivos na direção do controle da pandemia”.

Zona de alerta

Quando mais de 80% das vagas de UTI estão ocupadas, o boletim diz que a assistência aos casos graves de covid-19 está na zona de alerta crítico. O Brasil chegou a ter 25 unidades federativas nessa situação simultaneamente, em 15 de março, quando a pandemia estava no pior momento no país.

No boletim divulgado hoje, com dados reunidos na segunda-feira (9), 21 estados e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta, com taxas de ocupação para covid-19 inferiores a 60%. Já na zona de alerta intermediário, com entre 60% e 80% de ocupação, estão Goiás (78%), Mato Grosso (79%), Rio de Janeiro (67%), Rondônia (64%) e Roraima (70%).

No caso dos dois estados da Região Norte, que antes estavam fora da zona de alerta, a Fiocruz avalia que a elevação da taxa se deve à redução de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS, “provavelmente em um processo de gerenciamento de leitos frente à queda na demanda, e não ao aumento de leitos ocupados”.

Entre as capitais, Goiânia (92%) e Rio de Janeiro (97%) estão com taxas de ocupação na zona de alerta crítico, situação que se mantém há semanas. Por outro lado, 19 capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%). As demais estão na zona de alerta intermediário.

Covid-19: média de mortes no país atinge menor nível desde fevereiro
Total de casos caiu para 38.206, o menor nível desde janeiro (36.376)

 

Da Agência Brasil

O número de mortes diárias por covid-19 no país, segundo a média móvel de sete dias, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, chegou ontem (20) a 1.192. Esse é o menor patamar desde 27 de fevereiro, quando houve uma média de 1.178 óbitos.

De acordo com os dados da Fiocruz, as mortes também registraram quedas de 23,5% em relação a duas semanas antes e de 42,2% na comparação com um mês atrás.

A média de ontem está abaixo da metade do pico da pandemia anotado em 12 de abril deste ano, quando os óbitos diários atingiram 3.124. Apesar disso, ainda se encontra acima do número mais alto observado em 2020 (1.097 em 25 de julho daquele ano).

Casos

O número de casos, também segundo a média móvel de sete dias, chegou a 38.206 ontem, o menor nível desde 6 de janeiro (36.376). Foram observados recuos de 21,7% em relação a 14 dias antes e 48,1% na comparação com um mês atrás.

A média móvel de sete dias é calculada pela Fiocruz através da soma dos registros do dia em questão com os seis dias anteriores e da divisão do resultado por sete.

Fiocruz projeta mais 70 milhões de doses da AstraZeneca até fim do ano
Ao todo, foram entregues 65,9 milhões de doses da farmacêutica

 

Da Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) projeta a produção de 70 milhões de doses da vacina AstraZeneca até o final do ano. A meta é possível graças aos compromissos assumidos entre a instituição brasileira e o laboratório britânico. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (1º) pela Fiocruz.

Depois de terem assinado em junho um contrato para aquisição de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de 50 milhões de doses, um novo acordo, firmado esta semana, permitirá a fabricação de mais 20 milhões de doses.

O anúncio aconteceu em reunião entre a AstraZeneca e o Ministério da Saúde, com participação da Fiocruz. Estiveram presentes o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

“Sabemos o quanto tem sido difícil obter insumo adicional, dado o cenário internacional de escassez de vacinas e insumos. A aquisição do IFA para a produção de mais 70 milhões de doses é resultado do esforço e empenho institucional, bem como da parceria que a AstraZeneca tem tido conosco desde o início”, destacou Nísia.

Outra conquista para o Brasil é o calendário de entrega do insumo. Segundo o compromisso firmado, as novas remessas de IFA para a produção de 20 milhões de doses têm previsão de serem enviadas ao longo dos meses de agosto e setembro, o que garantiria uma produção contínua no segundo semestre, eliminando, dessa forma, o risco de interrupção por falta de insumo. Os demais lotes, necessários para a produção das 50 milhões de doses restantes, serão enviados nos meses seguintes, de outubro a dezembro.

No total, foram entregues 65,9 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), incluindo 4 milhões de doses prontas da vacina do Instituto Serum, da Índia. Com o IFA já disponível na fundação, estão garantidas entregas semanais até 23 de julho.