Fiocruz deve receber nova remessa de IFA no sábado
O insumo é importado da China e produzido pela Wuxi Biologics

 

Da Agência Brasil

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) deve receber no próximo sábado (22) uma nova remessa de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacinas contra a covid-19.

Os carregamentos do insumo são importados da China, onde são produzidos pela Wuxi Biologics. Após a próxima entrega, está prevista a chegada de mais uma remessa para o dia 29 de maio.

Com o desembarque desses dois carregamentos de IFA no Brasil, a Fiocruz afirma que estará garantida a entrega de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações nas três primeiras semanas de junho.

Em publicação nas redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância das novas remessas.

A Fiocruz produz no Brasil a vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19, devido a um acordo de encomenda tecnológica firmado no ano passado com a empresa europeia. Também está em curso um processo de transferência de tecnologia, para que a fundação seja capaz de produzir o IFA no Brasil, garantindo autossuficiência na produção da vacina.

Desde o início da produção em Bio-Manguinhos, a Fiocruz já produziu e entregou mais de 30 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde. Outras 4 milhões de doses foram importadas prontas da Índia, onde foram produzidas pelo Instituto Serum.

Somadas, essas quantidades correspondem a 40% das vacinas disponíveis no país, que também aplica imunizantes produzidos pela Sinovac/Instituto Butantan e pela Pfizer/BioNTech.

Fiocruz aponta alta de casos e óbitos por covid-19 em pacientes jovens
Dados são do Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19

 

Da Agência Brasil

O Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19 referente às semanas epidemiológicas 14 e 15, período de 4 a 17 de abril, constata que a doença tem infectado cada vez mais pessoas jovens, processo chamado pela Fiocruz de rejuvenescimento da pandemia.

A análise divulgada hoje (23) aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por covid-19: 1.081,82%. Já nas idades de 40 a 49 anos, houve o maior crescimento do número de casos: 1.173,75%.

Nas semanas epidemiológicas 14 e 15, a quase totalidade dos estados apresentou estabilidade dos indicadores, com exceção de Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá, houve pequena redução no número de casos.

Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

Taxas de mortalidade elevadas também foram verificadas nos estados de Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Esse padrão mantém essas regiões como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados.

As maiores taxas de incidência de covid-19 foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e no Distrito Federal.

UTI

Segundo a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no SUS por pacientes adultos com covid-19 em diversos estados se mantêm, em geral, em níveis muito elevados. Dados de 19 de abril, em comparação aos do último dia 12, indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário, na qual já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba. Exceto por Roraima, fora de zona de alerta, os demais estados e o Distrito Federal permaneceram em zona de alerta crítico.

Catorze estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).

SRAG

A análise constata que as incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), outro indicador estratégico, se encontram em níveis de estabilidade em muitos estados ou em redução. No entanto, ainda estão em níveis muito altos. Cerca de 90% dos casos de SRAG são devido a infecções por Sars-CoV-2. De acordo com o estudo, os estados com níveis altos e estáveis de SRAG são principalmente das regiões Sul e Nordeste.

Fiocruz entrega 728 mil doses de vacina contra covid-19
Imunizantes serão entregues ao Ministério da Saúde

 

Da Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou hoje (26) que está entregando ao Ministério da Saúde um carregamento de 728 mil doses de vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Na próxima semana, a Fiocruz deve entregar mais 2,1 milhões de doses da vacina contra a covid-19, totalizando 3,9 milhões no mês de março.

Insumos

A Fiocruz informou ainda receberá amanhã (27) mais duas remessas do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), insumo usado na produção de vacinas, suficientes para produzir 12 milhões de doses. Na próxima semana, está prevista mais uma carga de IFA para a produção de 5 milhões de vacinas.

Somando-se à remessa recebida ontem, a Fiocruz conseguirá entregar mais 23 milhões de doses da vacina AstraZeneca. As vacinas produzidas com esses insumos deverão ser repassadas ao Ministério da Saúde nos meses de abril e maio deste ano.

Covid-19: Fiocruz lança ações de apoio a populações em favelas do Rio
Iniciativa tem apoio financeiro de R$ 20 milhões doados pela Alerj

Da Agência Brasil

Para auxiliar na resposta ao enfrentamento da pandemia da covid-19 e seus efeitos nas comunidades, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou hoje (24) a Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro.

A iniciativa conta com o aporte financeiro de R$ 20 milhões doados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro no ano passado.

A chamada pública irá financiar projetos em todo estado do Rio que contribuam para ampliar a participação social na vigilância em saúde de base territorial nas favelas fluminenses. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis até o dia 29 de abril. O resultado final será divulgado no dia 7 de junho.

As propostas poderão se encaixar em quatro faixas de orçamento: até R$ 50 mil; até R$ 150 mil; até R$ 300 mil e até R$ 500 mil . Além disso, poderão se vincular a duas ou mais das sete áreas de interesse: apoio social; comunicação e informação; saúde mental; proteção individual e coletiva; apoio à testagem, rastreamentos e isolamento; educação e promoção de territórios saudáveis e sustentáveis.

Segundo a Fiocruz, inicialmente, a chamada pública selecionará para financiamento imediato os primeiros 41 projetos aprovados com o montante de R$ 4,5 milhões.

“Podem se candidatar as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com existência comprovada há pelo menos um ano, localizada em favela ou que seja atuante na favela, com histórico comprovado de trabalho junto às favelas e também os coletivos sem personalidade jurídica baseados e atuantes em favela, desde que os projetos sejam apresentados por instituição parceira legalmente constituída”, informou a Fiocruz.