Diretor de RH demonstra preocupação com os custos da saúde

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João Guilherme, Marcelo Rucker e Guilherme Cavalieri no Fórum de Saúde Corporativa

O custo da saúde foi um dos temas que norteou o debate realizado no Fórum de de Saúde Corporativa, que aconteceu durante o Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (CONARH). Para o diretor de Recursos Humanos da Prosegur, Marcelo Rucker, para melhorar os custos médicos tem que, primeiro, estabelecer estratégias de saúde. Na avaliação dele, as empresas ainda não lidam com o tema com a importância que ele merece. O diretor da Prosegur também considera que é preciso definir um modelo mais adequado e que haja vontade política para fazer a máquina rodar. “Não tem sentido cirurgias custarem de dois mil a oitenta mil reais, com protocolos que nem mesmo são avaliados”, observa.

O diretor médico da Med-Rio Check-up, Gilberto Ururahy, concorda  com a avaliação. Gilberto ainda destaca que muitas organizações colocam a gestão da saúde nas mãos de profissionais que desconhecem as singularidades dos serviços do setor. “Tomar decisão para contratação de serviço de saúde, sem conhecer os prestadores in loco, utilizando-se de e-mails e propostas, sem realizar uma visita técnica, é uma decisão extremamente frágil e arriscada para os usuários. O resultado é a contração de serviços que não atendem a necessidade da empresa. Isso significa aumento de custos e desperdício de recursos”, alerta.

Promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil), o CONARH começou nessa terça e vai até quinta-feira, no São Paulo Expo. Ao longo dos três dias, centenas de palestrantes de destaque irão abordar os temas mais atuais do universo de gestão e desenvolvimento humano. O Fórum de Saúde Corporativa teve patrocínio da Med-Rio Check-up.

Organizações precisam promover a saúde

Bitter: “Prevenção reduz o uso do plano de saúde”

As epidemias do mundo moderno, como o sedentarismo, a obesidade e o estresse, produzem efeito direto sobre a economia. Somente a inatividade física gera um custo, em todo o mundo, de mais de US$ 60 bilhões por ano, com gastos em tratamento e perda de produtividade. Esse cenário, somado a uma longevidade cada vez maior e custos assistenciais que crescem em função da prevalência das doenças crônicas na população, exige das organizações um acompanhamento ativo da saúde dos colaboradores.

Com a finalidade de evidenciar aos profissionais de RH que ampliar estrategicamente o bem-estar dos funcionários é um diferencial competitivo, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) realiza o I Fórum de Saúde, amanhã e terça-feira (11 e 12), na FIRJAN.

Para o diretor técnico e de produtos da Bradesco Saúde, Flavio Bitter, que será um dos palestrantes do segundo dia do evento, as empresas precisam desenvolver ações de prevenção, que resultem, por exemplo, na mudança cultural do uso do plano de saúde. Atualmente, o benefício está entre os três maiores desejos do brasileiro, porém costuma ser o segundo item de maior custo para o RH.

Em muitas empresas, o plano responde por cerca de 12% da folha de pagamento. Nesse sentido, Bitter explica que a empresa tem oferecido uma grande quantidade estruturada de informações e serviços que permitem uma melhor gestão do benefício pelas áreas de RH. “Um bom exemplo é o programa ‘Juntos pela Saúde’. Com base em estudos para identificação de riscos de agravo à saúde, nós analisamos o desenho do benefício da empresa, os diagnósticos e o risco populacional”, relata.

A partir dos resultados, faz-se uso das ferramentas do programa, tais como screenings (exames de glicemia, colesterol, medições de pés e pressão arterial) e questionários de avaliação dos segurados. Com isso, é possível indicar ações de prevenção e educação, que vão desde a entrega de material explicativo e realização de palestras até a elaboração de programas específicos de gestão de doença.

O Fórum está dividido em oito mesas (a programação completa está no site) e conta com o patrocínio da Bradesco Seguros e do Med-Rio Check Up, além do apoio da FIRJAN, da Gympass e da Healthbit.

*Matéria publicada na coluna Gestão de Pessoas, da ABRH-RJ

A hora da virada: por que é tão difícil mudar o estilo de vida?

Marie reduzida
Formada em Harvard, Marie fechará o primeiro dia do Fórum de Saúde

Mudar o estilo de vida para alcançar longevidade com saúde é uma meta desejada pela maioria dos indivíduos, mas a realidade é que poucos conseguem empreender as mudanças necessárias sem ajuda e orientação. Esse desafio será tema de palestra, dia 11 de setembro, às 16h, no Primeiro Fórum de Saúde da ABRH-RJ (Associação Brasileira de Recursos Humanos). O debate, no auditório da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), reunirá duas especialistas em Coaching de Saúde e Bem-Estar – a norte-americana Margareth Moore, fundadora da Wellcoaches Corporation e professora da Universidade de Harvard, e a francesa radicada no Brasil
Bendelac Ururahy, sócia-diretora e co-fundadora da Be Coaching Brasil.

A dificuldade em virar essa chave é comprovada por números: segundo Harvard, 85% das pessoas não conseguem concretizar sozinhas as adaptações em seu estilo de vida, mesmo quando se trata de questão de vida ou morte e apesar de saberem o que é preciso fazer após uma consulta aos profissionais de saúde. Dado que ilustra a importância dessa decisão e o impacto no mundo do trabalho vem da consultoria norte-americana Great Place to Work: o bem-estar dos funcionários aumenta em 11%, na média, a rentabilidade das empresas. Pessoas com a saúde em equilíbrio alcançam mais satisfação pessoal e profissional, consequentemente são mais produtivas.

“A verdade é que grande parte não consegue sequer sair da inércia ou desiste de adquirir hábitos saudáveis dentro dos três primeiros meses de tentativas, reiniciando continuamente esse processo de busca, num ciclo de rápidos progressos e profundos fracassos que levam à decepção e ao total desânimo”, afirma Marie, que tem formação no Brasil e em Harvard.

Mundo hiperconectado exige foco e definição de prioridades

Um dos primeiros passos para mudar de hábitos é rever a rotina diária, a forma como as tarefas são distribuídas e elencar prioridades. No ambiente hiperconectado em que vivemos hoje, as pessoas tendem a assumir e executar várias tarefas ao mesmo tempo, o que, segundo especialistas, é exatamente o oposto do que se deve fazer para alcançar produtividade e os resultados desejados.

Coautora do livro ‘Organize sua Mente, Organize sua Vida’ (Organize Your Mind, Organize Your Life), junto com o psiquiatra Paul Hammerness de Harvard, Moore discorre sobre o tema em podcast divulgado pelo West Alabama Mental Health Center. “O cérebro só é projetado para se concentrar em uma coisa de cada vez, por isso não tem capacidade, como um computador, de executá-las simultaneamente”, afirma. Obviamente, algumas atribuições não requerem toda a atenção mental. Mas não se pode, por exemplo, dirigir e enviar mensagens ao mesmo tempo – algo comparável a uma missão crítica que requer dedicação exclusiva. Assim como perigoso, não é produtivo – explica a especialista.

“As pessoas têm que voltar a fazer uma coisa de cada vez, mesmo que por cinco minutos, aprofundando-se e avançando”, recomenda Moore. Para ela, é melhor deixar a última incumbência para trás, não se preocupar com outras 30 e tantas que você não está fazendo, e só então atender à próxima. “Ao praticar isso, logo é possível notar como tudo melhora. Focar completamente em algo é um dos melhores estados de bem-estar psicológico”, diz a fundadora da Wellcoaches Corporation.

Ferramentas oferecem orientação e apoio

Mas há soluções, segundo especialistas, para aumentar a consciência dos indivíduos e torná-los protagonistas da própria saúde: o Coaching de Saúde e Bem-Estar (Health and Wellness Coaching – apoiado por mais de 200 pesquisas científicas) e a metodologia “Imunidade à Mudança” (do inglês Immunity to Change, desenvolvida em Harvard com base na Neurociência, que permite superar obstáculos ao alcance dos objetivos desejados e adquirir novos hábitos), estão entre as principais.

A Be Coaching Brasil, esclarece Marie, atua nos dois campos: “Na Imunidade às Mudanças, quando as pessoas desenvolvem mecanismos internos que as impedem de alcançar objetivos, a proposta é ajudá-las a mudar hábitos ou promover transformações desejadas em suas vidas. É uma das metodologias, com resultados comprovados, que podem auxiliar na transformação de hábitos de forma eficaz”.

Serviço:

Palestra: Por que é tão difícil mudar o estilo de vida e como fazer?

Quando e onde: 11 de setembro, às 16h – Auditório da Firjan, Avenida Graça Aranha, 1, Centro do Rio.

Realização I Fórum de Saúde: ABRH-RJ e SESI/SENAI – 11 e 12 de setembro