Iniciativa FIS realiza webinar sobre o impacto da globalização no futuro da saúde mundial
Evento será transmitido pelo YouTube

 

 

Da Redação

A pandemia pela Covid-19 marcou profundamente diversos fatores da sociedade, como a economia, gestão, tecnologia e principalmente a saúde. As consequências foram inúmeras para o mundo, não houve em nenhum momento da história da humanidade tamanha rapidez na pesquisa e produção de vacinas contra uma doença como agora. No dia 18 de junho, às 15h, a INICIATIVA FIS vai apresentar o Webinar gratuito O Impacto da Globalização no Futuro da Saúde Mundial. O evento vai trazer uma perspectiva sobre os desafios no planejamento e enfrentamento de futuras epidemias.

Sobre a importância de debater sobre o tema, o embaixador e Chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Rio de Janeiro, Eduardo Prisco explica como a Globalização facilita a disseminação de doenças transmissíveis. “Pode-se dizer que, de uma maneira geral, pandemias são produto de processo de Globalização, isto é, do processo de crescente intensificação das interações entre as populações de todos os cantos do planeta. Esses contatos constantes facilitam a disseminação dos patógenos e, por consequência, a contaminação das populações em escala global”, concluiu.

De acordo com o presidente da INICIATIVA FIS, Josier Vilar, a Globalização aumentou não só a mobilidade das pessoas, mas também a transição de doenças de um local para o outro. Um lado positivo desse processo seria a criação de uma economia e pesquisas colaborativas. “Só conseguimos fazer todo aquele ciclo de desenvolvimento da identificação da doença, com o teste antigênico e até a vacina, porque institutos de pesquisas de todo mundo se conectaram. Cada um fez um pedaço da pesquisa e com isso, os estudos puderam ter resultados mais rápidos do que no passado. A Globalização trouxe essa vantagem de conectar as pessoas e os institutos de pesquisa e com isso, otimizar toda a capacidade de desenvolvimento que cada um teve”, ressaltou Vilar.

Em relação aos impactos causados pela Covid-19 no setor da Saúde, o economista chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida acredita na elaboração de uma economia sustentável para lidar com futuras pandemias. “Precisa investir na formação de pesquisadores na área da Saúde, incentivar a pesquisa e melhorar o monitoramento de possíveis pandemias. As empresas privadas, universidades, centros de pesquisa e governo precisam estabelecer modelos de cooperação que possibilitem uma coordenação mais rápida em caso de pandemias ou de crise de Saúde Pública”, explica.

O Webinar contará também com a participação do vice-diretor geral da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa e da vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, Denise Garrett. O debate terá como mediador o presidente da INICIATIVA FIS, Dr. Josier Vilar.

Serviço:

Webinar: O Impacto da Globalização no Futuro da Saúde Mundial

Data: 18/06/2021

Horário: 15h (Horário de Brasília)

Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=ElTypDV4wEU

Dilemas, desafios e paradoxos da Covid19 e paradoxos da Covid-19
Josier Marques Vilar e Hans Fernando

 

Josier Marques Vilar é presidente do Forum INovaçao Saúde e Hans Fernando é médico e executivo da Saúde

 

 

Parece ser consenso que o mundo está diante de um grande dilema e um paradoxo para o enfrentamento da atual pandemia e de novas crises sanitárias que sabidamente poderão (e deverão) surgir em um futuro qualquer.

Os quase 3 milhões de mortos em todo o mundo decorrentes da Covid19 nos obriga a um repensar sobre nossos sistemas de controle sanitário em todo o planeta. Tomando como exemplo os Estados Unidos, onde o governo, com seu excesso de doses de imunizantes, tem afirmado que os braços americanos serão os primeiros a serem vacinados com “nossas” vacinas, não cremos que o mundo conseguirá sustentar essa tese de forma definitiva, se todos os países ricos passarem a exercer essa mesma regra, sob essa mesma lógica. Mas a cruel realidade é que somente dez países dos 193 existentes no mundo, adquiriram 75% da produção de vacinas de 2021.

Este paradoxo obrigará a Organização Mundial da Saúde (OMS) a rever sua atuação e exercer um novo e importante papel na governança da saúde mundial. Construir uma agenda para uma nova ordem sanitária mundial de forma colaborativa, será o papel que a OMS terá de assumir para enfrentar o atual (e futuro) dramático momento que estamos vivendo.  Será necessária que a agência passe a exercer a liderança e coordenação global no enfrentamento a futuros ataques microbiológicos que teremos inexoravelmente pela frente.

Daqui em diante, não será mais possível que o mundo, diante dos riscos permanentes de novas pandemias e do surgimento de desconhecidos agentes virais, acredite que protegeremos nossas fronteiras com detectores de metais nos aeroportos ou deixando que o país onde tenha surgido uma nova doença resolva sozinho seu problema. As questões sanitárias são globais e não existem limites geográficos para esses invasores.

A globalização adotada pelo mundo rompeu as barreiras econômicas, mas levou junto as barreiras sanitárias, e para estas não existem leis protecionistas ou de mercado. O planeta, do ponto de vista sanitário, não tem fronteiras ou barreiras. Não dá mais, portanto, para ficarmos indiferentes à desgraça sanitária alheia. Ou todos os países colaboram uns com outros, independentemente de suas ideologias e governos, ou estaremos sempre expostos a novos ataques destrutivos por micro-organismos que sequer ainda conhecemos.

A construção conjunta por todos os países, tendo como líder uma nova OMS, de uma nova ordem sanitária mundial é urgente e a melhor alternativa para o enfrentamento das futuras crises sanitárias que teremos inexoravelmente de enfrentar.

Mark Zuckerberg publica manifesto e defende ‘comunidade global’

MarkZuckerberg
Manifesto foi resposta a críticas que o Facebook vem recebendo

O presidente executivo (CEO) e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, escreveu um longo texto em seu perfil direcionado aos usuários da rede social para mostrar sua visão de mundo e defender a globalização e a ideia de uma “comunidade global” sustentada pelo Facebook. As informações são da Agência italiana Ansa.

O texto foi publicado num momento em que o tanto Zuckerberg como o Facebook tem sido alvo de críticas e acusações de censura, discurso de ódio e de alegadas inconsistências na aplicação de políticas de conteúdo. Além disso, a rede é acusada de influenciar nos resultados das eleições norte-americanas, que elegeu Donald Trump, por conta da propagação de notícias falsas (“fake news”).

“Nossas maiores oportunidades são globais – como espalhar a prosperidade e a liberdade, promover a paz e a compreensão, tirar as pessoas da pobreza e acelerar a ciência. Nossos grandes desafios também exigem respostas globais – como acabar com o terrorismo, lutar contra as mudanças climáticas e prevenir pandemias. O progresso agora exige que a humanidade se una, não como cidades ou nações, mas como uma comunidade global”, escreveu o CEO do Facebook.

No texto, Zuckerberg também propõe uma série de medidas para a construção dessa “comunidade global”, tidas como os “cinco mandamentos” que consistem em comunidades solidárias, comunidades seguras, comunidades informadas, comunidades civicamente engajadas e comunidades inclusivas.

“A precisão de informação é muito importante. Nós sabemos que existe desinformação e até conteúdos descaradamente falsos no Facebook, e nós levamos isso muito a sério. Fizemos progresso ao combater farsas da forma que combatemos spam, mas temos mais trabalho”, pontuou o dirigente do Facebook.