PGR pede inquérito contra dirigentes do Google e do Telegram
Presidente da Câmara acionou procuradoria para solicitar investigação

Da Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quinta-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para apurar a conduta de dirigentes do Google e do Telegram em relação ao projeto de lei (PL) para combater a desinformação nas redes sociais.

A medida foi tomada após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acionar a procuradoria e solicitar a investigação. Para Lira, as redes sociais têm feito “contundente a abusiva” ação contra o projeto, que está em tramitação na Casa.

Segundo o presidente, as empresas que operam as redes sociais utilizam “campanha de desinformação” e provocam a sobrecarga nos sistemas de tecnologia da informação da Câmara ao fomentar que os usuários pressionem os deputados por meio de link que remete ao portal da Casa na internet.

Ontem (10), o ministro Alexandre de Moraes mandou o Telegram apagar uma mensagem enviada aos usuários da plataforma contra à aprovação do projeto de lei.

Na mensagem em massa disparada na terça-feira, o Telegram Brasil alega que o projeto de lei representa “um ataque à democracia”. Segundo a plataforma, o PL “concede poderes de censura” ao governo federal e cria um sistema de vigilância permanente que “matará a Internet moderna”, se o projeto for aprovado pelo Congresso Nacional.

Google pagará veículos de mídia da União Europeia pelo uso de notícias
Ferramenta será lançada para facilitar assinatura de outros veículos

 

Da Agência Brasil

O Google, da Alphabet, assinou acordos para pagar mais de 300 veículos de mídia na Alemanha, França e outros quatro países da União Europeia por notícias e lançará uma ferramenta para facilitar a assinatura de outros veículos também, disse a empresa à Reuters.

A medida, anunciada publicamente nesta quarta-feira (11), vem após a adoção de regras de direitos autorais na União Europeia há três anos, que exigem que o Google e outras plataformas paguem músicos, artistas, autores, editores de notícias e jornalistas pelo uso de seu trabalho.

As editoras de veículos de notícias, que estão entre os críticos mais ferozes do Google, há muito pedem aos governos que garantam que as plataformas online paguem remuneração justa por seu conteúdo. A Austrália tornou esses pagamentos obrigatórios no ano passado, enquanto o Canadá introduziu uma legislação semelhante no mês passado.

“Até agora, temos acordos que abrangem mais de 300 publicações nacionais, locais e especializadas na Alemanha, Hungria, França, Áustria, Holanda e Irlanda, com muitas outras discussões em andamento”, disse Sulina Connal, diretora de notícias e parcerias de editoração, em um comunicado do Google visto pela Reuters, que deve ser publicado ainda nesta quarta-feira.

Dois terços deste grupo são editores alemães, incluindo Der Spiegel, Die Zeit e Frankfurter Allgemeine Zeitung (Faz).

“Agora estamos anunciando o lançamento de uma nova ferramenta para fazer ofertas para milhares de veículos de notícias, começando na Alemanha e na Hungria e sendo lançada em outros países da União Europeia nos próximos meses”, disse Connal no comunicado que deve ser publicado em blog da empresa.

A ferramenta oferece aos veículos um contrato estendido de visualização de notícias que permite que o Google mostre trechos e imagens miniaturas por uma taxa de licenciamento.

Apple e Google são as marcas mais valiosas do mundo

O setor de tecnologia continua dominando o ranking das marcas mais valiosas do mundo. Levantamento divulgado pela Interbrand mostra que a Apple e Google seguem no topo da lista pelo quinto ano consecutivo. A fabricante do iPhone e do Apple Watch lidera com valor de US$ 184,154 bilhões, avanço de 3% em relação ao ano passado. Na segunda colocação, o Google obteve crescimento de 6% e alcançou US$ 141,703 bilhões.

A Microsoft completa o pódio, na terceira posição, com US$ 80 bilhões, aumento de 5% no valor da marca, desbancando a Coca-Cola, que registrou queda de 5% em seu valor, para US$ 69,733 bilhões, e foi para o quarto lugar.

A Amazon subiu da oitava posição para a quinta ao obter o segundo maior crescimento entre as cem maiores marcas globais, de 29%, e atingir valor de US$ 64,796 bilhões. A sul-coreana Samsung ficou em sexto lugar, avançando uma posição, e a japonesa Toyota perdeu duas, ocupando o sétimo lugar.

Com o maior crescimento na lista da Interbrand, de 48%, o Facebook saiu do 15º lugar para o oitavo, com valor de mercado de US$ 48,188 bilhões. Em seguida, aparecem a Mercedez-Benz, mantendo a nona posição, de 2016, e a IBM, na 10ª, após cair quatro posições. Dos integrantes do ranking, 16 são do setor automotivo e 15 são de tecnologia.

As novidades deste ano são as marcas Netflix, na 78ª posição, com valor de US$ 5,592 bilhões, seguida pela Salesforce.com, americana de software on demand, que ingressou no 84º lugar, valendo US$ 5,224 bilhões, e a italiana Ferrari, que ficou na posição 88, com a marca cotada em US$ 4,876 bilhões.

As cem marcas mais valiosas do mundo totalizaram US$ 1,871 trilhão, crescimento de 4,2% quando comparado com 2016. O varejo é o setor que mais cresceu em termos percentuais (19%), seguido pelas áreas de artigos esportivos (10%), tecnologia (8%), logística (7%) e serviços financeiros (6%).

Como nos anos anteriores, nenhuma brasileira aparece na pesquisa. Algumas possuem valor financeiro, mas não têm presença global. “O Brasil teve uma contribuição importante no expressivo crescimento das marcas de tecnologia em 2017. Basta olhar para os números do Facebook, Google e Netflix no país”, disse Daniella Giavina-Bianchi, diretora geral da Interbrand.

Apesar da ausência de marcas nacionais, o fundo 3G Capital, dos empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles, Carlos Alberto Sicupira e Roberto Thompson, tem participação acionária na AB InBev, que detém a Budweiser. A marca de cervejas figura na posição 31, com valor de US$ 15,375 bilhões, avanço de 2% na base anual.

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União Europeia multa Google por monopólio em quase 9 bilhões de reais

O gigante norte-americano Google recebeu nesta terça-feira a maior multa antimonopólio que a União Europeia já impôs. A Comissão Europeia fixou para a companhia uma sanção de 8,96 bilhões de reais (2,424 bilhões de euros) por fragilizar a concorrência no mercado das buscas pela Internet, segundo confirmou Bruxelas. O caso diz respeito especificamente ao serviço de comparação de preços, mas representa um corretivo à forma geral de operar do poderoso buscador que favorece, segundo Bruxelas, seus próprios serviços sem que os usuários tenham consciência do viés.

O Executivo da comunidade está há sete anos examinando com lupa as práticas do Google. Depois de um primeiro período baseado na tentativa de acordos — sob o mandato de Joaquín Almunia —, a área de concorrência da UEmudou de estratégia. A comissária de concorrência, Margrethe Vestager, optou há dois anos por abrir um processo de sanção relativo a um dos casos que acumulam mais queixas: a suposta discriminação aplicada pelo Google aos concorrentes quando o usuário recorre ao buscador para procurar produtos e comparar preços. Bruxelas argumenta que a empresa fundada por Larry Page posiciona em local de destaque seus próprios serviços (Google Shopping), independentemente de sua relevância, e esconde outros dos concorrentes.

O Google emitiu um comunicado em resposta à multa. “Vamos rever a decisão em detalhes com a Comissão e consideraremos apelar e continuar expondo nossos argumentos”, afirmou por escrito Kent Walker, vice-presidente da empresa, que defende que o objetivo de seu sistema Google Shopping é “conectar o usuário a milhares de anunciantes, pequenos e grandes, de forma útil para ambos”.

Vestager quis impor uma multa exemplar. Até agora, a maior sanção foi a imposta à Intel em 2009, de quase 4 bilhões de reais (1,06 bilhão de euros). Por lei, o limite máximo das multas é fixado em 10% do faturamento anual de uma empresa. Especulou-se que a sanção poderia ser de cerca de 3,7 bilhões de reais (1 bilhão de euros), mas a decisão de Bruxelas superou todas as previsões.

É a primeira vez que a Comissão Europeia sanciona um comportamento relacionado às buscas pela Internet, um mercado que adquiriu grande relevância na última década. Mais do que a multa em si, serão os remédios propostos por Bruxelas — e que o Google terá de aplicar para cumprir a norma da comunidade — os que terão mais incidência sobre o negócio da companhia. A empresa norte-americana confia que as mudanças se limitem a apresentar de forma menos atraente as ofertas de produtos vinculados ao Google, mas provavelmente serão de maior calado.

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