Vacina contra a gripe está disponível a partir de hoje para toda a população

A partir de hoje (5), a vacina contra a gripe está disponível para toda a população. Com 76,7% do público-alvo vacinado, o Ministério da Saúde orientou estados e municípios a ofertar a vacina para todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques. A medida só é válida neste ano e foi adotada porque ainda há um estoque disponível de 10 milhões de doses. Cada estado ou município tem autonomia para decidir sobre a liberação da vacina.

A campanha vai até sexta-feira (9). A meta é de vacinar 90% do público-alvo, mas, até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu o índice, que inclui crianças de 6 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais; e professores.

O ministério alerta sobre a importância do público-alvo ainda se imunizar para evitar a gripe e seus possíveis agravamentos e ressaltou que a ampliação do público nesta última semana da campanha ocorrerá porque ainda há doses disponíveis. O Amapá é o único estado que atingiu a meta até este momento, com 95,6% do público-alvo vacinado.

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde desde o dia 17 de abril protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Segundo a pasta, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

De acordo com o ministério, é fundamental que as pessoas se vacinem neste momento para estarem protegidas durante o inverno, quando os diversos vírus da influenza começam a circular com maior intensidade. O organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção.

Campanha de vacinação contra gripe deve atingir 54 milhões de pessoas

O Ministério da Saúde lançou hoje (13), em Brasília, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A mobilização começará um pouco mais cedo em relação ao ano passado, tendo início na próxima segunda-feira (17) e se estendendo até o dia 26 de maio.

No período, o Ministério da Saúde estima que 54,2 milhões de pessoas serão vacinadas em todo o país. Uma das metas é atingir 90% da população considerada de risco para complicações por gripe. Este ano, os professores das redes pública e privada foram incluídos entre os alvos prioritários da campanha.

A partir de segunda, os professores poderão se dirigir aos postos de saúde com o documento de identificação, mas nos dias 2 e 3 de maio a vacinação dos docentes ocorrerá nas escolas. A estimativa do Ministério da Educação é de que 2,3 milhões professores devem ser vacinados.

“Os professores sempre solicitaram inclusão no grupo preferencial, pelo fato de terem contatos com dezenas de alunos diariamente e estarem mais expostos à contaminação”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Idosos, trabalhadores de saúde, crianças de seis meses até 5 anos, gestantes, mulheres no período pós-parto, indígenas, população privada de liberdade, inclusive os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e pessoas com doenças crônicas continuam como público-alvo da vacinação.

O principal objetivo da campanha é reduzir as hospitalizações e a ocorrência de mortes relacionadas à influenza. Segundo o Ministério da Saúde, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de internações por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da gripe.

Desde 2009, quando teve início a epidemia de gripe, a maior incidência foi no ano passado. O Ministério da Saúde lembrou que, em 2016, houve uma antecipação da ocorrência de infecções, a partir de janeiro, e mais de 2.200 pessoas morreram por problemas relacionadas à gripe.

Mortes têm queda

O primeiro trimestre deste ano registrou número bem menor de casos com 48 casos de óbitos, mas o ministério alerta para a chegada da estação fria e seca e orienta que as pessoas busquem se imunizar o quanto antes para garantir a proteção efetiva.

“Por mais que estejamos numa sazonalidade tranquila, com a ocorrência de poucos casos, é importante que a população não deixe para vacinar no fim da campanha, reduzindo as chances de ficar protegida”, disse Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

A vacina protege contra os três principais tipos de vírus que circularam em 2016 nos países do hemisfério sul. A duração da vacina é de um ano. O ministério ressalta que as reações adversas são leves e que a única contraindicação é para pessoas alérgicas a ovo.

O Dia D de mobilização nacional será no dia 13 de maio, quando 84% das doses já estarão disponíveis na rede pública de saúde. Ao todo, os 65 mil postos de saúde do país receberão 60 milhões de doses, número 11% maior que o distribuído em 2016.

Chegada do outono aumenta casos de doenças respiratórias

Casos de gripe crescem no Outono

A queda das temperaturas e a baixa umidade do ar, típicas do outono, influenciam no aumento de doenças respiratórias, inflamatórias e alérgicas, principalmente, em crianças, idosos e em pacientes crônicos. A combinação desses fatores climáticos e o comum aglomerado de pessoas em ambientes fechados contribuem para a disseminação de algumas doenças transmitidas pelo ar aumentando o atendimento em emergências hospitalares.

– Durante o outono a Emergência Pediátrica do Hospital Barra D’Or apresenta um aumento de, aproximadamente, 30% no atendimento a bebês e crianças com alergias respiratórias, como renite e asma, viroses respiratórias e bronquiolite. O vírus influenza causa o resfriado comum e em raros casos pode evoluir, em bebês menores de 6 meses, para uma pneumonia viral. O sistema imunológico imaturo e a ausência de algumas vacinas deixam os pequenos mais vulneráveis. Vale ressaltar que a amamentação é uma importante forma de proteção para os pequenos – esclarece a coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or, Carla Dall Olio.

Os pais podem minimizar os problemas respiratórios de seus filhos evitando lugares fechados e que estejam muito cheios, contato com pessoas resfriadas ou com infecções de vias aéreas, oferecendo muito líquido, realizando inalações com soro fisiológico e colocando uma vasilha com água no quarto da criança.

Os idosos também são afetados pelas mudanças climáticas do outono. O ambiente mais úmido, o confinamento em casa e pouco contato com o sol, influenciam o aumento de infecções respiratórias e virais, além da pneumonia.

– Em dias mais frios é comum que os idosos passem mais tempo em casa com janelas fechadas facilitando a proliferação dos vírus. No Hospital Copa D’Or o atendimento a esses pacientes com alergias respiratórias dobra em relação as demais estações. É importante que eles aproveitem os dias de sol para abrir as janelas, se hidratem, evitem lugares fechados, lavem as mãos constantemente e se vacinem contra a gripe – explicou o geriatra do Hospital Copa D’Or, Rodrigo Serafim.

Outra recomendação importante é esterilizar os aparelhos de nebulização antes de utilizá-los. As roupas também merecem atenção especial, pois é comum que se retirem cobertores e casacos do armário durante esse período. Lavá-los antes do uso, assim como lavar roupas de cama com frequência e deixar os travesseiros expostos à luz solar também ajudam no combate aos ácaros.