Pandemia reduz em 53% transporte de passageiros em 2020
Queda na movimentação aérea de cargas foi de 29,6% no ano passadoD

 

Da Agência Brasil

Ao longo de 2020, voos regulares transportaram 44,14 milhões de passageiros no Brasil e pouco mais de 282 mil toneladas de carga foram movimentadas entre aeroportos. Entretanto, o transporte de passageiros foi o mais afetado pela pandemia de covid-19 no ano passado, com redução de 53%, enquanto a queda na movimentação aérea de cargas foi de 29,6%. Em 2019, antes da pandemia, 93,87 milhões de passageiros e mais de 400 mil toneladas de carga foram transportados.

Medidas de distanciamento social foram adotadas por todo país para combater a transmissão do novo coronavírus, o que impactou a circulação de pessoas e produtos.

As informações constam do estudo Redes e Fluxos Territoriais: Ligações Aéreas 2019-2020, divulgado hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, apenas 46 cidades brasileiras tiveram pelo menos um voo regular de passageiros por mês em 2020 ante 96 municípios no ano anterior. O principal fluxo aéreo do país – São Paulo-Rio de Janeiro – teve queda de 55,6% no total de passagens comercializadas no ano passado.

Os maiores recuos registrados de passagens comercializadas em 2020 foram no trajeto Uberlândia (MG)-São Paulo, com -69,6%, e São Paulo-Curitiba, com -60,9%. Já as menores quedas na comercialização de passagens ao público em geral foram São Paulo-Natal (-19%) e Fortaleza-Brasília (-24,1%).

São Paulo é o grande hub (entroncamento) aéreo nacional, seja como destino, origem ou ponto intermediário de conexão para passageiros e cargas. No ano passado, movimentou mais de 22 milhões de passageiros e mais de 147 mil toneladas de carga.

Brasília e o Nordeste

“Por sua vez, Brasília é outra cidade que aumenta sua posição na malha ao intensificar seus fluxos de passageiros com as capitais da Região Nordeste, especialmente Natal, João Pessoa e Maceió. Isso reflete o aumento de relações que, por um lado, reforçam a posição das cidades litorâneas enquanto destino turístico, como também refletem a função intermediadora da capital nacional como hub complementar a São Paulo, aumentando o rol de possibilidades de origens e destinos destas cidades com o resto do país” enfatiza a pesquisa.

As cidades de São Paulo, Manaus, Brasília e Campinas concentraram mais de 85% de toda carga aérea movimentada em 2019.

Segundo o IBGE, outro efeito da pandemia foi a queda das tarifas aéreas e, consequentemente, melhoria das medidas de acessibilidade econômica das principais cidades que ainda permaneceram com o atendimento regular do serviço aéreo de passageiros.

Os destinos do Sul e Sudeste, como São José dos Campos (SP), Joinville (SC) e Vitória (ES), apresentam as tarifas médias ponderadas mais baratas e, portanto, maior acessibilidade econômica.

Três cidades de Rondônia têm as tarifas médias ponderadas mais caras do Brasil: Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná.

As quatro cidades com menor acessibilidade geográfica do país são amazonenses: Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Carauari e Parintins.

De acordo com a pesquisa, o transporte aéreo de passageiros e cargas no Brasil é um serviço concentrado, tanto em quantidade movimentada quanto na opção de destinos, no estrato superior da hierarquia urbana brasileira, ou seja, as metrópoles e as capitais regionais. O levantamento aponta “uma notória concentração dos principais fluxos e interações na porção Centro-Sul do país”.

Inflação oficial é de 0,95% em novembro
É a maior taxa para um mês de novembro desde 2015 (1,01%)

 

Da Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,95%, em novembro deste ano. Foi a maior taxa para um mês de novembro desde 2015 (1,01%). Em novembro de 2020, a alta de preços foi de 0,89%.

Apesar disso, a inflação oficial de novembro ficou abaixo da observada em outubro de 2021 (1,25%). O IPCA é de 9,26% no ano e 10,74% em 12 meses. A inflação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003. Os dados foram divulgados hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sete dos nove grupos de despesa pesquisados tiveram inflação em novembro, com destaque para os transportes com alta de preços de 3,35%.

“Os preços da gasolina subiram 7,38% em novembro, na esteira dos reajustes que foram dados nas refinarias no final de outubro. Além disso, tivemos altas expressivas do etanol, do diesel e do gás veicular”, disse o pesquisador do IBGE, Pedro Kislanov.

O peso da gasolina

A gasolina foi o item que mais contribuiu para a inflação em novembro. O etanol subiu 10,53%, o óleo diesel, 7,48%, e o gás veicular, 4,30%.

Outro impacto relevante no IPCA de novembro veio dos gastos com habitação, que aumentaram 1,03% no mês, por conta da energia elétrica (1,24%), que, desde setembro, permanece com bandeira de escassez hídrica.

A alimentação teve deflação (queda de preços) de 0,04% no período, puxada pelo comportamento dos preços da alimentação fora do domicílio, que recuaram 0,25%.

Outro grupo com deflação foi saúde e cuidados pessoais (-0,57%), consequência, em grande parte, da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3%).

Os demais grupos tiveram as seguintes variações de preços: despesas pessoais (0,57%), artigos de residência (1,03%), vestuário (0,95%), educação (0,02%) e comunicação (0,09%).

IBGE prevê aumento de 10% na safra de grãos em 2022 no país
Alta é 10% em relação à produção prevista para este ano

 

Da Agência Brasil

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2022 com recorde 278 milhões de toneladas, uma alta de 10% em relação à produção prevista para este ano. Esse é o segundo prognóstico para a safra do ano que vem sendo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa divulgada hoje (9) é ainda mais otimista do que a divulgada no primeiro prognóstico, no mês passado, ao aumentar em 2,7%, ou 7,3 milhões de toneladas, a previsão para 2022.

São esperadas, para o ano que vem, altas de 3,4% para a soja, 13,9% para a primeira safra do milho, 28,4% para a segunda safra do milho e de 4,3% para o algodão herbáceo. Por outro lado, são estimadas quedas de 4,2% para o arroz e de 8,5% para o trigo.

A previsão é que a safra de 2022 se encerre com 25,2 milhões de toneladas a mais do que neste ano, que deve fechar em 252,8 milhões de toneladas, ou 0,5% abaixo da produção de 2020.

Apesar das altas de 10,5% para a soja, de 4,9% para o arroz e de 26% para o trigo, este ano deve fechar com quedas de 14,6% para o milho e de 17,6% para o algodão herbáceo.

Economia brasileira cai 0,1% no terceiro trimestre deste ano
Queda foi puxada pelo setor agropecuário

 

Da Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, recuou 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O PIB, no período, somou R$ 2,2 trilhões. Os dados foram divulgados hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, no entanto, houve uma alta de 4%. O PIB também acumula alta no período de 12 meses (3,9%).

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, a queda foi puxada pelo setor agropecuário, que teve perdas de 8%. Segundo a pesquisadora Rebeca Palis, do IBGE, o resultado foi influenciado pelo encerramento da safra de soja, que fica mais concentrada no primeiro semestre do ano.

“Como ela é a principal commodity brasileira, a produção agrícola tende a ser menor a partir do segundo semestre. Além disso, a agropecuária vem de uma base de comparação alta, já que foi a atividade que mais cresceu no período de pandemia e, para este ano, as perspectivas não foram tão positivas, em ano de bienalidade negativa para o café e com a ocorrência de fatores climáticos adversos na época do plantio de alguns grãos”, afirma a pesquisadora.

A indústria manteve-se estável no período. Por outro lado, a alta de 1,1% do setor de serviços evitou um recuo maior do PIB no terceiro trimestre. A construção cresceu 3,9% e evitou uma queda da indústria.

A alta dos serviços foi puxada por outras atividades de serviços (4,4%), informação e comunicação (2,4%), transporte, armazenagem e correio (1,2%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%). As atividades imobiliárias mantiveram-se estáveis, enquanto atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e comércio tiveram quedas de 0,5% e 0,4%, respectivamente.

Sob a ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 0,1%. O consumo das famílias cresceu 0,9%, enquanto o consumo do governo subiu 0,8%.

No setor externo, houve quedas nas exportações (-9,8%) e importações (-8,3%) de bens e serviços.

O IBGE também divulgou uma revisão do desempenho do PIB em 2020. A taxa de queda de 4,1%, informada anteriormente, foi corrigida para um decréscimo de 3,9%.