Mercado financeiro diz que inflação deve fechar o ano em 4,36%

Taxa de juros deve fechar o ano em 9,25%

O mercado financeiro manteve hoje (6) a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,36%, de acordo com o boletim Focus, uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central (BC).

A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta de 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa também não foi alterada e segue em 4,5%.

A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este ano foi ajustada de 0,48% para 0,49%. Para 2018, a expectativa é que a economia cresça 2,39%. A projeção da semana passada era 2,37%.

Queda da Selic

Para o mercado financeiro, a Selic encerrará 2017 em 9,25% ao ano e, em 2018, em 9% ao ano. Atualmente, a Selic está é 12,25% ao ano.

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

Inflação medida pela Fipe recua em fevereiro

Custo com alimentação caiu em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, encerrou fevereiro com queda de 0,08% depois de uma alta de 0,32% em janeiro último. No acumulado do ano, a taxa indicou elevação de 0,24% e, nos últimos 12 meses de 4,43%.

O grupo alimentação contribuiu para abaixar a média de preços ao fechar o mês com variação negativa de 0,69% ante uma alta de 0,16%, em janeiro último. Mais três classes de despesas tiveram queda: transportes passou de 0,5% (em janeiro) para -0,17%; despesas pessoais com variação de -0,13% ante 0,12%,  e vestuário que apesar de manter-se em baixa de 0,42%, mostra um movimento de recuperação de preços. Em janeiro houve redução mais expressiva (-0,86%).

Em habitação, o IPC atingiu alta de 0,36% ante 0,01%, janeiro. Na mesma base de comparação, o grupo saúde apresentou aumento médio de preços de 0,69% ante 0,7%, e o de educação encerrou o mês em 0,13% ante 6,51%. Estes dois últimos foram os grupos que mais subiram os preços nos últimos 12 meses, saúde acumula alta de 11,78% e educação, 8,43%.

Inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos é de 4,80% em 12 meses

inflacao
Taxa de janeiro foi maior do que a do último dezembro

A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), ficou em 0,54% em janeiro deste ano. A taxa é maior que a de dezembro (0,19%) do ano passado, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IPC-C1 acumula taxa de 4,80%.

O indicador ficou abaixo das taxas apresentadas pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que apresentou variações de 0,69% em janeiro deste ano e de 5,04% em 12 meses.

A alta do IPC-C1 – entre dezembro e janeiro – foi puxada por cinco das oito classes de despesa que compõem o índice: habitação (que passou de uma deflação de 0,69% em dezembro para uma inflação de 0,06%), transportes ( subiu de 0,59% para 2,07%), educação, leitura e recreação (de 0,86% para 2,74%), alimentação (de 0,26% para 0,34%) e comunicação (de 0,07% para 0,42%).

Mercado prevê inflação de 4,7% em 2017

Projeções indicam otimismo do mercado na economica

O mercado financeiro projeta que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), terminará 2017 em 4,71%. Para a Selic, taxa básica de juros da economia, a previsão caiu de 9,75% para 9,5% ao ano. As estimativas foram divulgadas hoje (23) no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) com instituições financeiras.

A projeção para a inflação aproxima-se do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que é 4,5% com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

No caso da Selic, o mercado continua confiante de que a taxa básica de juros cairá para um dígito ainda este ano. No início do mês, as instituições financeiras previam Selic de 10,25% ao ano ao fim de 2017. Os bancos passaram a demonstrar mais otimismo após a primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Em lugar da queda de 0,5 ponto percentual projetada pelo mercado, o Copom reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano. Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, na semana passada, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que esse seria o “novo ritmo” da taxa de juros. Ele ressalvou, no entanto, que as decisões do Copom dependeriam da inflação e crescimento.

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este ano permanece em 0,50%.