O imperador japonês Akihito abdicou do trono nesta terça-feira (30), dando, assim, término a três décadas de Era Heisei. Ele cedeu o posto ao seu filho mais velho, o príncipe herdeiro Naruhito. Akihito permanecerá como imperador até meia-noite, hora em que o país entrará no ano 1 da nova era imperial “Reiwa” (que pode ser traduzida como “bela harmonia”). Na manhã de quarta-feira (1º), o novo imperador participará de uma cerimônia de coroação.
Em uma rara mensagem proferida três anos atrás, Akihito expressou preocupação de que sua avançada idade, 85 anos, possa dificultá-lo de continuar cumprindo seus deveres, e isto foi visto como um desejo de renunciar ao trono.
Mas não havia uma estrutura legal para a abdicação, e além disso, a Constituição do país proíbe que o imperador tenha quaisquer influências políticas. Mas, como muitos japoneses expressaram simpatia por ele, o parlamento aprovou uma lei especificamente para permitir que ele abdicasse.
O imperador Akihito chegou ao trono quando tinha 55 anos de idade, após a morte de seu pai. Foi o primeiro a assumir a posição seguindo a Constituição pós-guerra, que define o seu papel como o de “símbolo do Estado”.
Ele viajou por todo o Japão para visitar áreas atingidas por desastres, instalações para pessoas com deficiências e locais em memória aos mortos na guerra.