Brasil assume a presidência da WFPMA

LEYLA - SUPER ALTAred
Leyla está à frente da entidade de 2018 a 2020

A ex-presidente da ABRH-Brasil e da ABRH-RJ, Leyla Nascimento, tomou posse, nessa segunda-feira (18), em Chicago, como presidente da Federação Mundial das Associações de Gestão de Pessoas (WFPMA), para o biênio 2018-2020. Será a primeira vez que uma mulher vai estar à frente da WFPMA. Essa é mais uma conquista de uma trajetória dedicada ao desenvolvimento no setor de RH. Leyla também foi presidente da Federação Interamericana de Associações de Gestão de Pessoas (FIDAGH) e já havia feito história na própria Federação, ao ser a primeira mulher a exercer o cargo de secretária-geral, o segundo posto mais importante da entidade. A posso aconteceu durante o Congresso Mundial de RH.

Entre as expectativas de Leyla está o de  cumprir uma gestão de compartilhamento de conhecimentos e práticas entre as Federações Continentais e suas Associações Nacionais. “O principal desafio é fazer da Federação uma oportunidade rica de crescimento das federações continentais e suas associações nacionais. Ainda temos países para atrair e ocupar um espaço importante, como alguns países da região do Caribe, Ásia e África, por exemplo. Também precisamos promover maior comunicação e interação entre as associações, seus profissionais e empresas parceiras”, destaca.

Investimento em comunicação e boas parcerias

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Leyla Nascimento: “América Latina é sucesso em políticas de RH”

Em outubro, durante o Congresso Interamericano de Gestão de Pessoas, que ocorrerá em Montevidéu, a atual presidente da Federação Interamericana de Associações de Gestão Humana (Fidagh), Leyla Nascimento, encerra a sua gestão e passa o cargo para o ex-presidente da Federação Colombiana de Gestão Humana, Ivan Dario. Em entrevista à coluna, Leyla fala sobre os dois anos à frente da Fidagh e comenta acerca dos desafios das organizações na América Latina.

Quais os pontos que você destacaria da sua gestão na Fidagh?

A maior proximidade e interação com as associações nacionais dos países; a criação de reuniões virtuais sistemáticas para que a diretoria tivesse um contato mensal para monitoramento das ações; lançamento da Revista Talentum Latam. Houve uma aproximação com o Haiti. O mesmo ocorre com Cuba. Outra ação foi ter parcerias com entidades globais geradoras de conteúdos e de pesquisas, como a OIT/Cintefor, a Organização Internacional de Seguridade Social, a Delloitte, a Micropower, a Transaciones e a Universidade de Barcelona.

Quais foram os principais desafios?

O principal desafio foi promover o crescimento da Federação, com a participação de conselheiros e diretores de diferentes países. É um trabalho voluntário e a distância entre nós não pode ser um entrave. Ao contrário, buscamos alternativas para estarmos sempre alinhados e tomando decisões compartilhadas.

Quais são as questões mais urgentes para o RH?

Se olharmos para a nossa realidade latina, é o engajamento e o cuidado com o desenvolvimento organizacional e do negócio em ambientes tão distintos. As lideranças também exigem um cuidado maior não somente no preparo, mas no entendimento dos processos de mudanças diárias pelos quais as organizações estão passando. Se olharmos para uma previsão futura, em breve alcançaremos outros patamares de resultados mediante o avanço da robotização e inteligência artificial.

Como as crises econômica e política que atingem países da América Latina afetaram os RHs?

Eu diria que muitos países da América Latina carregam ao mesmo tempo um insucesso em desenvolvimento econômico e na esfera política e, certamente, exigem das empresas um rearranjo constante dos seus negócios. As relações do trabalho também são bastante difíceis com leis e reformas que não caminham para uma adequação ao que o mundo contemporâneo exige. Por outro lado, somos um sucesso em metodologias e inovação nas políticas de RH. A nossa capacidade de reagir em cenários adversos é uma competência muito própria dos latinos.

*Entrevista publicada originalmente na coluna Gestão de Pessoas da ABRH-RJ.