Caixa tem lucro líquido de R$ 4,1 bilhões no primeiro semestre

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 4,1 bilhões no primeiro semestre de 2017, com crescimento de 69,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, o lucro líquido totalizou R$ 2,6 bilhões, com avanços de 62,8% em 12 meses e de 73,9% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Segundo o banco, o aumento no resultado foi gerado pelo crescimento da margem financeira, pela redução nas despesas com provisão para devedores duvidosos, por avanço nas receitas com prestação de serviços e no controle das despesas administrativas e de pessoal.

Em junho, a carteira de crédito da Caixa alcançou saldo de R$ 715,9 bilhões, um avanço de 3,5% em 12 meses e participação de 22,8% no mercado. O crescimento das operações de habitação, saneamento e infraestrutura e crédito consignado foram os principais responsáveis pela evolução da carteira no período, disse o banco.

O índice de inadimplência encerrou o semestre com redução de 0,7 ponto percentual em 12 meses, alcançando 2,51%, permanecendo abaixo da média de mercado de 3,74%.

As receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 6,2 bilhões no trimestre, um avanço de 11,3% em relação ao segundo trimestre de 2016. No semestre, as receitas com serviços cresceram 12,5%, totalizando R$12,2 bilhões. Os principais destaques foram as receitas de crédito, administração de fundos de investimento e convênios e cobrança que cresceram, respectivamente, 13,3%, 16,9% e 21,5% em 12 meses.

De acordo com o banco, as despesas de pessoal alcançaram R$10,7 bilhões no semestre, com aumento de 6,4% em 12 meses, desconsiderando o impacto do Plano de Demissão Voluntária Extraordinária (PDVE) feito no primeiro trimestre.

BNDES fecha 1º semestre com lucro líquido de R$ 1,34 bilhão

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 1,34 bilhão, revertendo o prejuízo anotado no mesmo período de 2016, quando teve prejuízo líquido de R$ 2,17 bilhões.

As informações constam de nota divulgada hoje (14) pelo BNDES, no Rio de Janeiro, e que apontam recuo na inadimplência da instituição no período janeiro-junho de 2017; contribuição positiva do desempenho da carteira da Bndespar; e crescimento com rendimentos e captações do ativo do sistema BNDES, que encerrou o período com R$ 883,64 bilhões.

Segundo o banco, o resultado bruto com participações societárias – que passaram de uma perda de R$ 4,92 bilhões, entre janeiro e junho de 2016 para um ganho de R$ 1,42 bilhão no mesmo período de 2017 – influenciou positivamente o balanço.

Já a redução de 92,7% da despesa com perdas em investimentos e o maior retorno proporcionado pela carteira de renda variável, na forma de dividendos, equivalência patrimonial e alienações, “foram as principais contribuições do resultado de participações societárias, oriundo majoritariamente da subsidiária de participações Bndespar”.

O comunicado do BNDES, no que diz respeito aos papéis da empresa JBS, informa que a Bndespar “decidiu realizar os cálculos para verificação do valor recuperável (teste de impairment) apenas no segundo semestre de 2017, em razão da grande volatilidade no valor das ações da empresa no período recente”.

Carteira de crédito

O BNDES também anunciou uma redução de 4,6% na carteira de crédito e repasse líquido, neste primeiro semestre, o equivalente a R$ 27,83 bilhões. Isto aconteceu porque as liquidações das operações superaram os desembolsos realizados no período e por causa do aumento de R$ 4,16 bilhões da provisão para risco de crédito, o que levou ao crescimento de 58,2% da disponibilidade financeira, de janeiro a junho.

Por outro lado, o produto de intermediação financeira apresentou redução de R$ 3,9 bilhões na comparação deste primeiro semestre com igual período de 2016, “principalmente pela redução da rentabilidade média da carteira de tesouraria, além do efeito da queda de volume na carteira média de crédito”.

O BNDES disse, ainda, que a carteira de crédito e repasses manteve a boa qualidade com 96,2% de suas operações classificadas entre os níveis AA e C. “Esse patamar é superior à média registrada pelo Sistema Financeiro Nacional, que é de 89,6%”, anunciou o banco.

Ativos e patrimônio

O comunicado também informou que o ativo do Sistema BNDES totalizou – no fechamento do semestre, em 30 de junho – um crescimento de R$ 7,5 bilhões (0,9 no semestre), impactado pelos rendimentos das carteiras de crédito e de tesouraria; captações de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT – e emissão, em maio, de green bonds (títulos verdes) de US$ 1 bilhão.

Já o patrimônio líquido teve, no primeiro semestre, redução de R$ 5 bilhões, reflexo do ajuste de avaliação patrimonial negativo das carteiras de participações em sociedades não coligadas e de títulos e valores mobiliários, que alcançou R$ 4,22 bilhões; além do pagamento de dividendos complementares relativos ao lucro líquido de 2016, no valor de R$ 2,12 bilhões.

Dessa forma, ressalta o balanço divulgado hoje, o total de dividendos pagos ao Tesouro Nacional, relativos ao lucro de 2016, alcançou R$ 3,64 bilhões, atingindo o limite de 60% previsto na nova política de dividendos do BNDES aprovada no início deste ano.

Computados os efeitos, o Patrimônio Líquido do BNDES totalizou R$ 50,17 bilhões ao final do primeiro semestre de 2017. Já o Patrimônio de Referência, base para o cálculo dos limites prudenciais estabelecidos pelo Banco Central, foi de R$ 126,59 bilhões em junho último.

As demonstrações financeiras consolidadas do BNDES para o trimestre encerrado em 30 de junho de 2017 estão disponíveis nos sites do banco (www.bndes.gov.br/transparencia) e da Comissão de Valores Mobiliários (www.cvm.gov.br)

Banco do Brasil tem lucro de R$ 5,2 bi no 1º semestre

O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo o balanço divulgado hoje (10) em São Paulo. Em comparação com o mesmo período de 2016, houve um crescimento de 67,3%. No segundo trimestre (abril, maio e junho) o lucro ficou em R$ 2,62 bilhões, um crescimento de 7,2% em comparação aos primeiros três meses do ano.

A instituição fechou junho com uma carteira de crédito de R$ 696,1 milhões, crescimento de 1,1% em relação ao primeiro trimestre. Porém, em relação à primeira metade de 2016, a carteira ainda é 8,5% menor que os R$ 753 milhões registrados à época. Apesar da retração, o ligeiro crescimento no segundo trimestre foi a primeira expansão da carteira desde dezembro de 2015.

A carteira de crédito para pessoas físicas teve um ligeiro aumento (1,1%) na comparação com junho do ano passado, chegando a R$ 174 bilhões no fim do primeiro semestre. Desse montante, 36,9% foram emprestados via crédito consignado e 24,7% por financiamento imobiliário.

Com um total de R$ 43 bilhões, os financiamentos para aquisição de imóveis tiveram crescimento de 8,4% em 12 meses, enquanto os desembolsos com crédito consignado se expandiram 33,2%, atingindo R$ 18,5 bilhões.

Os empréstimos para pessoas jurídicas somam R$ 277,2 bilhões, uma retração de 15,4% em relação ao primeiro semestre de 2016. Nessa parte da carteira de crédito, 41,4% dos empréstimos são para capital de giro de empresas e 20,4% para investimentos.

A carteira de crédito para o agronegócio fechou junho em R$ 188,2 bilhões, uma expansão de 2% em relação ao mesmo período de 2016. Para o plano Safra 2017/18, o banco se preparou para desembolsar R$ 103 bilhões em financiamento, 42% mais do que para o período 2016/17.

Inadimplência

A taxa de inadimplência aumentou dos 3,89% do final de março para 4,11%, acima da média do sistema financeiro nacional, que caiu de 3,9% para 3,7% no período. O banco atribuiu parte dessa situação ao pedido de recuperação judicial de um grande cliente feito no ano passado. Desconsiderando essa situação, o percentual de não pagamento para o Banco do Brasil estaria em 3,7%.

Mesmo esse número, entretanto, significa um aumento em comparação com os 3,47% (desconsiderados os casos específicos) registrados no fim de março. O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, justificou a situação em razão da política da instituição, de manter a oferta de crédito, mesmo durante a crise, diferente do feito por outros bancos, que pararam de emprestar. Com isso, de acordo com Caffareli, o BB acabou sofrendo os impactos da conjuntura econômica.

“As crises passadas duraram menos do que cinco trimestres. Aqui, já passaram de 20. Nas crises passadas você teve menos de 400 empresas que recorreram à recuperação judicial. Nesta crise já passou de 4 mil empresas. É um ponto que tem que ser muito bem considerado. Nós não estamos lidando com uma crise como as passadas”, destacou ao falar da persistência da alta da inadimplência.

Caffarelli disse que o perfil da carteira de clientes da instituição também se reflete nos resultados. “Nós temos um volume grande de micro e pequenas empresas que foram menos resilientes a toda essa crise. É notório que um banco com o perfil do Banco Brasil, que tem uma carteira muito alta de micro e pequenas empresas, sofra mais do que os demais”, acrescentou.

Para os próximos meses, no entanto, o banco projeta um cenário mais favorável. “A gente espera para o segundo semestre de 2017 uma estabilidade. Com relação à inflação, a gente não tem nenhuma perspectiva de que vai ter um pico”, disse. A perspectiva do BB é de encerrar o ano com um lucro líquido ajustado entre R$ 9,5 bilhões e R$ 12,5 bilhões.

Embraer reverte prejuízo e lucra R$ 192,7 milhões no 2º trimestre

A fabricante de aeronaves Embraer reverteu o prejuízo de R$ 337,3 milhões registrado no segundo trimestre de 2016 para um lucro líquido de R$ 192,7 milhões no mesmo intervalo neste ano. O montante é atribuível aos controladores da companhia, base para distribuição de dividendos.

Segundo as demonstrações financeiras, a receita líquida da empresa de abril a junho subiu 19,4% na comparação com o mesmo período anterior, para R$ 5,7 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Embraer no trimestre foi de R$ 822,9 milhões. Há um ano, o indicador havia ficado negativo em R$ 182,7 milhões. Assim, a margem Ebitda subiu para 14,4% no segundo trimestre, ante -3,8% do mesmo intervalo de 2016.

A fabricante também reverteu uma receita líquida financeira de R$ 33,7 milhões apresentadas no ano passado para uma despesa financeira líquida de R$ 59,7 milhões de abril a junho deste ano.

Segmentos

O segmento de aviação comercial da Embraer apresentou no segundo trimestre deste ano uma receita líquida de R$ 3,5 bilhões, crescimento de 16,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho foi o principal responsável pelo crescimento da receita líquida total da fabricante de jatos no intervalo, já que o segmento comercial ainda é o que detém maior participação no faturamento, de 61,4% — ante fatia de 62,8% no segundo trimestre de 2016.

Nas atividades de defesa e segurança, a Embraer entregou uma receita de R$ 1,07 bilhão de abril a junho, alta de 46,6% sobre igual intervalo em 2016. A fatia do segmento na receita total da empresa subiu de 15,4% há um ano para 18,9%.

O segmento de aviação executiva da Embraer registrou expansão de receita de 8,2% no trimestre, também em base anual, para R$ 1,1 bilhão. A participação sobre o faturamento total caiu de 21,3% para 19,3% no período.

Além do aumento no número de entregas da aviação comercial, as receitas totais da fabricante de jatos foram impulsionadas por uma diversificação mais favorável de entregas no segmento executivo, pelo lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) e pelo crescimento da receita de serviços no período.

Dívida

No período, a fabricante reduziu a sua dívida líquida em 14,3% na comparação com o primeiro trimestre, para R$ 2,2 bilhões. O indicador trimestral é o mais comum para analisar a evolução do caixa da empresa ao longo do ano.

A redução do endividamento se deu principalmente em função da geração livre de caixa da companhia no segundo trimestre, de acordo com comunicado que acompanha o balanço divulgado nesta sexta-feira. O indicador apresentou melhora tanto no comparativo trimestral, quanto no anual.

Os resultados da empresa de abril a junho foram, de maneira geral, ajudados por um desempenho operacional muito mais forte, que contribuiu para compensar a piora na linha financeira, em especial diante dos efeitos do dólar sobre o balanço.

O caixa líquido gerado pelas atividades operacionais da Embraer no segundo trimestre foi de R$ 1,2 bilhão, ante um consumo de caixa de R$ 663,9 milhões há um ano. Assim, a geração livre de caixa ajustado saiu de um patamar negativo de R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2016 para um saldo positivo de R$ 739,9 milhões agora.

Na linha das dívidas, a Embraer afirma que a estratégia de alocação de caixa continua sendo uma das principais ferramentas para mitigação do risco cambial ao qual a empresa está submetida. Assim, a fabricante aderiu a alguns instrumentos de proteção (hedge) financeira para reduzir a exposição do fluxo de caixa deste ano aos impactos do dólar.

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