O Santander Brasil teve lucro societário de R$ 1,879 bilhão no segundo trimestre, alta de 39,5% na comparação com o mesmo período de 2016. O lucro líquido gerencial (excluindo amortização de ágio) somou R$ 2,335 bilhões, avanço de 29,3% na mesma base de comparação.
A carteira de crédito líquida somava R$ 324,944 bilhões até junho, baixa de 0,1% ante março, mas aumento de 5,4% em relação a junho de 2016. A margem financeira bruta ficou em R$ 9,098 bilhões, elevação de 2,6% em relação aos três meses anteriores de 16,5% na comparação com igual intervalo do calendário passado.
A inadimplência ficou em 2,9% no segundo trimestre, estável em três meses e queda de 0,3 ponto em um ano. Já as despesas líquidas com provisão para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 2,360 bilhões de abril a junho, com alta de 4,3% no trimestre e queda de 6,2% em 12 meses.
O retorno ajustado sobre o patrimônio ficou em 15,8% no segundo trimestre.
O Santander informou ainda que a inadimplência total ficou estável em 2,9% no segundo trimestre, em relação aos três meses antecedentes. Isso é resultado de uma leve queda na Pessoa Física (PF), de 4% para 3,9%, e discreta alta na Pessoa Jurídica (PJ), de 1,9% para 2%. “Os indicadores seguem em patamares controlados, que reflete solidez da cultura e gestão de riscos”, diz o banco no seu balanço.
Já a inadimplência total de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 4,8% no segundo trimestre, queda de 0,7 ponto perante o intervalo de janeiro a março e também de 0,7 ponto em 12 meses. No caso da PF, a inadimplência de 6,3% representa baixa de 0,6 ponto em três meses e também de 0,6 ponto em 12 meses. Já na PJ, a taxa de 3,4% indica redução de 0,9 ponto no trimestre e de 0,8 ponto no ano. “A melhora dos indicadores evidencia nossa gestão ativa e preventiva de riscos”, afirma o Santander.
O banco registrou, no balanço do segundo trimestre, uma provisão de R$ 337,686 milhões para contemplar a desvalorização de imóveis recebidos em garantia de empréstimos não pagos.
Esse fator foi decisivo para que a instituição apresentasse, entre abril e junho, um resultado não operacional negativo em R$ 210 milhões. No mesmo período de 2016, a perda foi de R$ 5 milhões.
Crédito
O Santander voltou a apresentar queda no crédito à pessoa jurídica entre abril e junho. O estoque de operações para pessoa jurídica somava R$ 122,4 bilhões no fim de junho, o que representa redução de 4% em relação ao volume apresentado em março e de 2,5% na comparação com um ano antes.
A retração na carteira de empresas foi o que provocou queda de 0,1% no estoque total de crédito do Santander no segundo trimestre.
O desempenho mais fraco em pessoa jurídica deveu-se ao segmento de grandes empresas, que encolheu 5,4% em três meses e 3,5% em 12 meses, para R$ 89,811 bilhões. Desconsiderando o efeito da variação cambial, as quedas seriam de 6,6% e 4,1%, respectivamente.
Em contrapartida, o crédito a micro e pequenas empresas deu mostras de estabilização. O estoque para esse grupo totalizava R$ 35,552 bilhões no fim de junho, com alta de 0,1% em relação a março e de 0,3% na comparação com o término do segundo trimestre de 2016.
O Santander afirmou ter ampliado a oferta de produtos para pequenas e médias empresas, além de ter reforçado o atendimento especializado. “Todas essas ações, associadas à retomada da atividade econômica, nos fortalecem para expandir nossa carteira e ampliar nossa base de clientes e vinculação”, disse o banco em seu informe de resultados.
O crédito a pessoa física avançou com mais força. A carteira para esse segmento encerrou junho com R$ 97,414 bilhões, indicando alta de 3,6% no trimestre e de 12,2% em 12 meses. Cartões de crédito, empréstimos com desconto em folha de pagamento (consignado) e crédito rural foram as modalidades que puxaram a alta, de acordo com o Santander.
Originada fora da rede de agências, a carteira de financiamento ao consumo avançou 3,4% em relação a março e 15,7% frente a junho do ano passado, para R$ 36,988 bilhões. Desse total, R$ 30,868 bilhões se referem a financiamento de veículos para pessoa física, com crescimento de 15,8% em 12 meses.
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