A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) lançou nessa terça-feira (21), em evento no Hotel Hilton Copacabana, sua Câmara Privada de Mediação. A ABRH-RJ foi credenciada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e, a partir de então, está apta a prestar um serviço extremamente qualificado, disponibilizando a expertise da gestão de pessoas, seja a pessoas físicas ou jurídicas. Uma câmara de mediação é um centro especializado em métodos adequados à solução de conflitos que envolvam direitos.
“Essa credencial que a ABRH-RJ recebeu amplia a forma como poderemos servir a sociedade. Agora, contribuiremos com os poderes público e privado para a pacificação de conflitos”, avalia o presidente da ABRH-RJ, Paulo Sardinha.
O lançamento foi marcado por um talk show com a participação do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e presidente do Fórum Nacional da Mediação e Conciliação (Fonamec), Cesar Cury, e da diretora jurídica da ABRH-RJ, Magda Hruza. O evento foi mediado pelo jornalista Rodolfo Schneider.
Eles conversaram sobre a importância da mediação para o fim da cultura da judicialização e como a ABRH-RJ poderá ter um papel pioneiro de disseminar esse valor nas organizações. “A mediação vem resgatar a capacidade do diálogo, do indivíduo de se colocar no lugar do outro e ter, assim, um novo entendimento da situação”, explicou o desembargador.
O método alternativo de resolução de contendas consiste em uma negociação assistida, na qual o mediador, terceiro imparcial e sem poder decisório, auxilia os envolvidos a estabelecerem o diálogo, a refletirem sobre seus reais interesses e a identificarem, em coautoria, alternativas que contemplem suas necessidades e possibilidades. A expectativa é a de que o procedimento atenda as demandas que possam envolver as empresas e seus stakeholders e empregados, bem como questões de pessoas físicas.
Magda explicou que foi preciso muita dedicação e trabalho para conseguir atender às exigências do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do TJ-RJ. Tudo começou com o desenvolvimento do projeto de mediação da associação, que contou com o apoio do Conselho Deliberativo da ABRH-RJ. A etapa seguinte foi a formalização de um convênio com o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), justamente para buscar o conteúdo e a qualificação necessários.