A alta carga de estresse a que as pessoas estão continuamente submetidas potencializa a opção por estilos de vida inadequados, que colocam em xeque a saúde dos indivíduos. Esse cenário, praticamente epidêmico nos dias de hoje, faz da medicina preventiva, mais que uma opção para quem busca viver bem, condição para a sobrevivência. Essa foi a tônica da palestra ‘A Saúde da Mulher Atual’ apresentada pelo diretor-médico da Med-Rio Check-Up, Gilberto Ururahy, nesta terça-feira, 16, na Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), no Rio de Janeiro. Pioneiro, no Brasil, em check-up feminino completo – especialidade à qual se dedica há 26 anos, com mais de 35 mil clientes examinadas –, o médico evidenciou que a realidade mudou muito nas últimas décadas, com as mulheres se posicionando praticamente em condições de igualdade em relação aos homens quanto à exposição aos fatores de risco à saúde.
Um das dúvidas levantadas entre as participantes do encontro na CCFB, que contou com apoio do LIDE Rio de Janeiro (Grupo de Líderes Empresariais), reflete a apreensão das pessoas com a quantidade de exames pedidos pelos médicos, dita excessiva por algumas correntes. “Não se pode questionar a técnica, foram grandes e importantes os avanços em prol da saúde e do bem-estar”, explicou Ururahy, creditando a descrença quanto aos seus benefícios à falta de conhecimento sobre a Medicina Preventiva.
Segundo ele, sua aplicação é o caminho natural e mais barato para assegurar a longevidade com autonomia. Assim, exames preventivos são necessários para sinalizar o risco, detectar e conter a progressão de doenças. Essa importante preocupação encontra respaldo nos indicadores: de acordo com Ururahy, a análise dos check-ups feitos na clínica aponta que, em 1990, de cada nove vítimas de infarto, uma era mulher. Hoje, cada vez mais cedo, elas representam um terço do total de infartados.
A rotina atribulada das mulheres que acumulam várias jornadas – associada à pressão por resultados profissionais e às questões emocionais – foi ressaltada pelo diretor-médico da Med-Rio Check-Up, alertando que esse quadro pode levá-las a cair no ciclo dos estimulantes – uso de cafeína, de remédios indutores do sono, consumo excessivo de açúcar, fumo e álcool, entre outros hábitos maléficos. “O fato é que a adaptação das pessoas às mudanças do mundo moderno é algo muito difícil, mas quem não faz isso fica à margem. E com a velocidade dos acontecimentos, cada vez maior, é preciso gastar uma grande dose de energia, provocando-se o estresse, que nada mais é do que uma reação às transformações”, destacou Ururahy.