Rio receberá fórum promovido pelas Academias de Medicina da França e do Brasil

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O diretor médico da Med-Rio, Gilberto Ururahy, está em Paris organizando o fórum sobre longevidade que as Academias de Medicina da França e do Brasil promoverão em novembro, no Rio. Em 2014, as duas instituições realizaram , no Rio de Janeiro, o 1º Fórum Médico Franco-Brasileiro da Fondation de L’Académie de Médicine de France, durante o qual especialistas dos dois países debateram temas de interesse da categoria, entre os quais obesidade, medicina robótica e adolescência.

Novo Código de Ética Médica entra em vigor

O Novo Código de Ética Médica entra em vigor hoje (30) em todo o país. O documento, composto por 26 princípios listados como fundamentais para o exercício da medicina, prevê pontos como respeito à autonomia do paciente, inclusive aqueles em fase terminal; preservação do sigilo profissional; direito de exercer a profissão de acordo com a consciência; e possibilidade de recusa de atender em locais com condições precárias.

“Trata-se da versão atualizada de um conjunto de princípios que estabelece os limites, os compromissos e os direitos assumidos pelos médicos no exercício da profissão”, explicou o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Confira, abaixo, as principais diretrizes que compõem o novo código.

Novidades

Entre as novidades do novo código de ética está o respeito ao médico com deficiência ou doença crônica, assegurando ao profissional o direito de exercer as atividades nos limites de sua capacidade e sem colocar em risco a vida e a saúde de seus pacientes.

Telemedicina

O uso de mídias sociais pelos médicos será regulado por meio de resoluções específicas, o que valerá também para a oferta de serviços médicos a distância mediados por tecnologia. O novo código, portanto, transfere a regulação da chamada telemedicina para resoluções avulsas, passíveis de frequentes atualizações.

Pesquisas

No âmbito das pesquisas em medicina, o novo código prevê a criação de normas de proteção de participantes considerados vulneráveis, como menores de idade e pessoas com deficiência física ou intelectual. Quando houver situação de diminuição da capacidade do paciente de discernir, além do consentimento de seu representante legal, será necessário seu assentimento livre e esclarecido na medida de sua compreensão.

Placebo

Ainda no âmbito das pesquisas, o novo código permite os chamados placebos [substância sem propriedades farmacológicas] de mascaramento, mantendo a vedação ao uso de placebo isolado – quando não é usada nenhuma medicação eficaz. De acordo com o texto, fica vedado ao médico manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas em seres humanos que usem placebo de maneira isolada em experimentos, quando houver método profilático ou terapêutico eficaz.

Prontuário

As novas regras também autorizam o médico, quando requisitado judicialmente, a encaminhar cópias do prontuário de pacientes sob sua guarda diretamente ao juízo requisitante. No código anterior, o documento só poderia ser disponibilizado a um perito médico nomeado pelo juiz em questão.

Autonomia

Entre as diretrizes mantidas estão a consideração à autonomia do paciente, a preservação do sigilo médico-paciente e a proteção contra conflitos de interesse na atividade médica, de pesquisa e docência. Fica vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de risco iminente de morte.

Dignidade

Em caso de situação clínica irreversível e terminal, o novo código estabelece que o médico evite a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos considerados desnecessários e propicie aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.

Ato Médico

O código assegura a proibição à cobrança de honorários de pacientes assistidos em instituições que se destinam à prestação de serviços públicos; e reforça a necessidade de o médico denunciar aos conselhos regionais instituições públicas ou privadas que não ofereçam condições adequadas para o exercício profissional.

PUC-Rio homenageia Edson Bueno

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Dulce Pugliese recebe do reitor da PUC, o padre Josafá Carlos de Siqueira, a homenagem ao Edson Bueno / Foto Rosane Naylor / EuroCom

 

O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da PUC-Rio concedeu, in memoriam, na quarta-feira (13), o título de benemérito ao médico e empresário Edson Bueno, pela contribuição ao desenvolvimento do departamento de Medicina da universidade. Amigo do empresário desde a década de 70, o decano do CCBS, o professor Hilton Augusto Koch, relembrou o importante papel do empresário para a criação do projeto da graduação em Medicina, bem como para a valorização da educação.

 

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Hilton Koch relembrou o apoio de Edson ao departamento de Medicina

“Quando os professores da escola médica de pós-graduação resolveram desenvolver o projeto que seria a Graduação de Medicina ideal para o país, Edson decidiu patrocinar o desenvolvimento de toda a concepção. Quando surgiu a necessidade de parcerias com os hospitais que atenderiam os cursos de medicina da PUC, ele, prontamente, ofereceu todos os hospitais de sua rede para que os alunos tivessem local para aprender e praticar medicina”, relatou Hilton.

 

“Edson, prontamente, ofereceu todos os hospitais de 
sua rede para que os alunos tivessem local 
para aprender e praticar medicina”, Hilton Koch

 

 

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Dulce Pugliese recebe a homenagem em nome da família

Em nome da família e dos amigos, a sócia Dulce Pugliese foi quem recebeu o título de benemérito. Emocionada, ela destacou que, mesmo sem ter uma formação de professor, Edson sempre se dedicou a ensinar e a inspirar os outros. “Ele ensinou a milhares de pessoas e crianças a escolherem seus caminhos na vida e a trilhá-los. E os inspirou a serem melhores”, destacou Dulce.

 

“Ele ensinou a milhares de pessoas e crianças
a escolherem seus caminhos na vida
e a trilhá-los.
E os inspirou a serem melhores”, Dulce Pugliese

 

Essa foi a segunda homenagem póstuma feita pelo CCBS ao Edson. Em novembro do ano passado, foi entregue uma placa também em tributo ao apoio que o empresário sempre dedicou à graduação de medicina da PUC.

 

Em baixo Paulo Cury, Claudete Correa, Cristina Mendes, Dulce, Anilda Aurnheimer e Lincoln Bittencourt - Em cima Charles, Wilson Nakasato, Paulo Cupello e Henrique
Amigos de Edson prestigiaram o tributo. Em baixo Paulo Cury, Claudete Corrêa, Cristina Mendes, Dulce Pugliese, Anilda Aurnheimer e Lincoln Bittencourt – Em cima Charles Souleyman, Wilson Nakasato, Paulo Cupello e Henrique Freire


Fundador do Grupo Amil

Edson de Godoy Bueno
Edson Bueno fundou a Amil

Edson de Godoy Bueno morreu em 14 de fevereiro de 2017 vítima de um infarto. Ele se tornou um dos empresários que mais investiram no desenvolvimento da saúde brasileira. Sua trajetória começou no interior do estado de São Paulo, na cidade de Guarantã, onde nasceu. De origem humilde, vendeu frutas de porta em porta e, aos 10 anos, tornou-se engraxate para ajudar a família. Inspirado no doutor Moacyr Carneiro, então o único médico de Guarantã, escolheu a medicina e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou a UFRJ.

Estava na faculdade quando conseguiu emprego na Casa de Saúde São José, localizada em Duque de Caxias, da qual se tornou sócio. Em 1971, antes de se formar como cirurgião-geral, Edson já era dono desse hospital. Em 1978, Edson criou a Amil Assistência Médica Internacional. Com o desejo de fazer o negócio expandir internacionalmente, bem como trazer para o Brasil o que há de melhor na medicina mundial, vendeu o controle da Amil, em 2012, para o UnitedHealth Group, um dos maiores grupos de saúde do mundo.

SUS incorpora 10 novas práticas integrativas e complementares

O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou hoje (12) 10 novas práticas de medicina integrativa e complementar. Agora, são 29 os procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais oferecidos pelo sistema público de saúde.

O ato de incorporação foi assinado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na abertura do Primeiro Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares e Saúde Pública. O encontro é promovido pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o terceiro Congresso Internacional de Ayurveda, e vai até quinta-feira (15) no RioCentro, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, agora o Brasil lidera a oferta de modalidades integrativas na saúde pública, com 5 milhões de usuários em 9.350 estabelecimentos de 3.173 municípios. De acordo com Barros, tais práticas são investimentos em prevenção de saúde, para que as pessoas não fiquem doentes, e evitar que os problemas delas se agravem, que sejam internadas e que se operem, o que gera custos para o sistema e tira qualidade de vida do cidadão.

“Somos, agora, o país que oferece o maior número de práticas integrativas disponíveis na atenção básica. O SUS financia esse trabalho com a transferência para os municípios, e nós passamos então a caminhar um pouco na direção do fazer e não cuidar da doença”, disse o ministro.

Ridardo Barros explicou que a incorporação das terapias chamadas de alternativas ao SUS baseou-se em evidências científicas e na tradição. “Estamos falando de medicina tradicional: ao longo de milênios, essas coisas deram certo. A maioria dos medicamentos é baseada no princípio ativo dessas plantas. Antes, tomava-se um chá de determinada planta e hoje toma-se um comprimindo de uma substância extraída daquela planta, o que faz exatamente o mesmo efeito.”

Desde 2006, já eram oferecidos pelo SUS os tratamentos de acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. No ano passado, foram incluídas 14 práticas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga. Agora, somam-se à lista a apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.

O ministro destaca que, no ano passado, foram 1,4 milhão de atendimentos individuais. A maioria foi de acupuntura, com 707 mil atendimentos. Depois, vieram medicina tradicional chinesa, com 151 mil sessões de tai chi chan e liangong, auriculoteriapia, com 142 mil procedimentos, e ioga, com 35 mil sessões.

Segundo Ricardo Barros, o Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares e Saúde Pública vai debater formas de ampliar as práticas de medicina integrais e complementares no SUS e levar as terapias aos municípios.

“Este é o desafio. Primeiro, estamos consolidando a oferta do serviço, permitindo que as estruturas de atenção básica implantem esses serviços e coloquem à disposição das pessoas. Agora é fazer a divulgação e o engajamento dos cidadãos na prevenção, que não é a nossa cultura. Se você vai à China, a cada 50 metros, tem uma casa de massagem. Aqui, a cada 50 metros, tem uma farmácia. Essa é a mudança que precisa ser alcançada”, afirmou.