OMS: surto de ebola no Congo não configura emergência internacional

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje (18) que o surto de ebola identificado na República Democrática do Congo não configura emergência em saúde pública de interesse internacional. “A visão do comitê internacional é que as condições para emergência em saúde pública de interesse internacional não foram atendidas”, informou a entidade.

Durante coletiva de imprensa, o chefe do comitê internacional que analisou o caso, Robert Steffen, destacou que a situação na República Democrática do Congo requer atenção e desperta grande preocupação. Segundo ele, pelo menos nove países vizinhos foram alertados que estão sob risco de disseminação do vírus.

“O comitê internacional aconselha que o governo da República Democrática do Congo, a OMS e seus parceiros permaneçam em resposta coordenada”, disse. “Se o surto se expandir significativamente ou se houver transmissão internacional, o comitê vai se reunir novamente”, completou.

O número de casos confiramos de ebola na República Democrática do Congo aumentou para 14, conforme anunciou há pouco a Organização Mundial da Saúde (OMS). Até ontem (17), apenas três casos haviam sido confirmados laboratorialmente em meio ao surto da doença que assola o país.

Entre 4 de abril e 17 de maio, 45 casos de ebola foram reportados na República Democrática do Congo, incluindo três profissionais de saúde. Foram notificadas ainda 25 mortes. Dos 14 casos confirmados laboratorialmente, a maioria foi identificada em áreas remotas de Bikoro, apesar de uma confirmação em Bandaka, cidade com cerca de 1,2 milhão de habitantes.

Cresce em 400% os casos de sarampo na Europa

Ministros da Saúde de 11 países europeus reuniram-se esta semana na República de Montenegro, nos Bálcãs, para debater soluções para o enfrentamento do surto de sarampo no continente e a importância da imunização. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Europa teve um aumento de 400% nos casos da doença no ano passado, na comparação com 2016. A informação é da ONU News

O sarampo afetou mais de 21,3 mil pessoas na Europa em 2017, sendo que 35 pacientes morreram, informou a OMS. A diretora regional da organização na Europa, Zsuzsanna Jakab, declarou que “cada pessoa com sarampo é um lembrete de que crianças e adultos sem vacinação têm risco de contrair a doença, que é contagiosa”.

Segundo ela, o total de casos e de mortes no ano passado “é uma tragédia que simplesmente não se pode aceitar”. Zsuzsanna destaca que eliminar sarampo e rubéola é uma meta prioritária para todos os países do continente.

A OMS disse que, dos 53 países europeus, 15 tiveram surtos de sarampo, principalmente a Itália, a Romênia e a Ucrânia. Nessas nações, houve declínio da cobertura de vacinação de rotina, o que gerou cerca de 5 mil casos ou mais em cada país. Alemanha, Bélgica, Bulgária, França, Espanha, Reino Unido e Rússia também tiveram centenas de casos de sarampo no ano passado.

A OMS disse que já estão em prática ações para evitar novos surtos, incluindo melhoria no planejamento e na logística dos estoques de vacinas, conscientização do público sobre a doença e imunização de pessoas com mais risco de contrair sarampo.

OMS vem ao Brasil para acompanhar fracionamento da vacina contra febre amarela

Técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegam ao Brasil na próxima segunda-feira (29) para acompanhar o fracionamento da vacina contra a febre amarela. A informação foi divulgada hoje (23) pelo Ministério da Saúde, que tem se reunido semanalmente com o órgão das Nações Unidas para tratar do surto da doença no país.

De acordo com a pasta, a previsão é que os agentes internacionais desembarquem em São Paulo e acompanhem no próprio estado o fracionamento da vacina. Além de São Paulo, o Rio de Janeiro também inicia, na próxima quinta-feira (25), a imunização de municípios pré-selecionados contra a febre amarela.

Em São Paulo, 54 municípios participam da campanha, com previsão de vacinar 8,3 milhões de pessoas, sendo 6,3 milhões com a dose fracionada e 2 milhões com a padrão. Já no Rio de Janeiro, 7,7 milhões de pessoas deverão receber a dose fracionada e 2,4 milhões a padrão, em 15 municípios.

Até o momento, a campanha de vacinação no estado da Bahia permanece na data prevista (entre 19 de fevereiro e 9 de março). Na Bahia, 2,5 milhões de pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813 mil com a dose padrão em oito municípios.

O objetivo da campanha, segundo o ministério, é evitar a expansão do vírus para áreas próximas de onde há circulação atualmente. No total, 21,7 milhões de pessoas destes municípios deverão ser vacinadas durante a campanha, sendo 16,5 milhões com a dose fracionada e outras 5,2 milhões com a dose padrão.

“A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional”, informou a pasta.

Epidemia de HIV na Europa cresce em ritmo alarmante, alerta OMS

zjakab_eb_address
Diretora regional da OMS, Zsuzsanna Jakab, demonstrou o número de diagnósticos na Europa

O número de pessoas recém-diagnosticadas com HIV na Europa atingiu, em 2016, o nível mais elevado desde que os registros foram iniciados, mostrando que a epidemia na região está crescendo “em um ritmo alarmante”, alertaram nesta terça-feira (28) autoridades de saúde. A informação é da agência Reuters.

No ano passado, cerca de 160 mil pessoas contraíram o vírus que causa Aids nos 53 países da região europeia, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um relatório conjunto com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês). Cerca de 80 por cento destes casos ocorreram no leste europeu, relevou o documento.

“Este é o número mais alto de casos registrados em um ano. Se esta tendência persistir, não conseguiremos atingir a meta de acabar com a epidemia de HIV até 2030”, disse a diretora regional europeia da OMS, Zsuzsanna Jakab, em um comunicado.

Essa tendência é particularmente preocupante porque muitos pacientes já portavam a infecção de HIV há vários anos quando foram diagnosticados, o que tornou mais difícil controlar o vírus e mais provável que ele tenha sido transmitido a outros, disseram as organizações.

O diagnóstico precoce é importante quando se trata de HIV porque isso permite que as pessoas iniciem tratamentos com remédios para Aids mais cedo, o que aumenta suas chances de viver uma vida longa e saudável.

“A Europa precisa fazer mais em sua reação ao HIV”, disse a diretora do ECDC, Andrea Ammon. Ela disse que o período médio transcorrido entre o momento estimado da infecção e o diagnóstico é de três anos, “o que é tempo demais”.