OMS: não há urgência para vacinação contra varíola dos macacos
Suprimentos de vacinas e antivirais contra a doença têm baixo estoque

 

Da Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não acredita que o surto de varíola dos macacos fora da África exija vacinações em massa, uma vez que medidas como boa higiene e comportamento sexual seguro ajudarão a controlar a propagação, disse uma autoridade sênior nesta segunda-feira (23).

Em entrevista à Reuters, Richard Pebody, que lidera a equipe de patógenos de alta ameaça na OMS Europa, também afirmou que os suprimentos imediatos de vacinas e antivirais são relativamente limitados.

Os comentários ocorrem no momento em que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA disse que estava em processo de liberação de algumas doses da vacina Jynneos para uso em casos de varíola dos macacos.

Autoridades de saúde pública na Europa e na América do Norte estão investigando mais de 100 casos suspeitos e confirmados da infecção viral no pior surto do vírus fora da África, onde a doença é endêmica.

As principais medidas para controlar o surto são o rastreamento e o isolamento de contatos, disse ele, observando que não é um vírus que se espalha com muita facilidade e nem causou doenças graves até agora.

“Não estamos em uma situação em que estamos nos movendo para a vacinação generalizada das populações”, declarou.

Não está claro o que está impulsionando o surto. Cientistas tentam entender a origem dos casos e se algo sobre o vírus mudou. Não há evidências de que o vírus tenha sofrido mutação, disse um executivo sênior da agência da ONU separadamente nesta segunda-feira.

Efeitos pós-covid-19 atingem 10% a 20% dos infectados
Informação está no Relatório Europeu de Saúde, divulgado hoje

 

Da Agência Brasil

Entre 10% e 20% das pessoas com covid-19 sofrem sintomas após se recuperarem da fase aguda da infecção. Os sintomas são “imprevisíveis e debilitantes” e afetam também a saúde mental, alertou hoje (24) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Embora os dados sejam escassos, estimativas recentes mostram que até 20% das pessoas com covid-19 experimentam doença contínua durante semanas ou meses após a fase aguda da infeção”, diz o Relatório Europeu da Saúde 2021 da OMS, divulgado nesta quinta-feira.

Segundo o documento, a condição clínica conhecida por long covid ocorre em pessoas com histórico de infecção pelo SARS-CoV-2 geralmente três meses a partir do início da doença, com sintomas que duram pelo menos dois meses, sendo as mais comuns a fadiga, falta de ar e disfunção cognitiva.

“A condição pós-covid-19 é imprevisível e debilitante e pode, posteriormente, levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e sintomatologia pós-traumática”, alerta capítulo do relatório dedicado à pandemia.

De acordo com o documento da OMS Europa, o que influencia o desenvolvimento e gravidade do long covid é, até agora, desconhecido, mas não parece estar correlacionado com a gravidade da infecção inicial ou com a duração dos sintomas associados, sendo, porém, mais comum em pessoas que foram hospitalizadas.

“Espera-se que o número absoluto de casos aumente à medida que ocorrem novas ondas de infecção na região europeia e é preciso mais investigação e vigilância” a essa condição específica provocada pela covid-19″.

O relatório sobre Saúde na Europa, publicado a cada três anos, diz ainda que as medidas de contenção da pandemia, como os confinamentos, “influenciaram negativamente os comportamentos de saúde” da população.

As restrições tiveram impacto nos padrões de consumo de álcool, tabaco e de drogas em “partes significativas da população”, além do “aumento do comportamento sedentário e alterações negativas” em nível alimentar.

A OMS acrescenta que o fechamento de escolas e universidades em diversos países, durante as fases mais críticas da pandemia, teve “impacto no bem-estar mental” das crianças e adolescentes.

“Análise recente mostra número significativo de crianças que sofrem de ansiedade, depressão, irritabilidade, desatenção, medo, tédio e distúrbios do sono”, afirma a OMS. Para a organização, o fechamento de escolas durante os picos da pandemia em 2020 e 2021causaram perdas na aprendizagem e perturbação no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.

“Os dados emergentes mostram perdas de aprendizagem de um terço a um quinto de um ano letivo e foram relatadas mesmo em países com aplicação relativamente curta das medidas de saúde pública e sociais e acesso generalizado à internet. Isso sugere que as crianças fizeram pouco ou nenhum progresso enquanto aprenderam em casa”, destaca a organização.

O relatório mostra ainda que, devido à natureza do trabalho, os profissionais de saúde estão em maior risco de infecção por SARS-CoV-2, e a prevalência de doença é ligeiramente maior entre os profissionais de saúde do que na população em geral.

“As estimativas atuais mostram que cerca de 10% dos profissionais de saúde foram infectados. Cerca de 50% deles eram enfermeiros e 25%, médicos”.

A covid-19 provocou pelo menos 5,90 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ômicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

Ômicron deve infectar mais da metade da Europa em 6 a 8 meses
Informação é do diretor da OMS para o continente, Hans Kluge

 

Da Agência Brasil

Mais da metade da população europeia deve ser infectada pela variante Ômicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas, disse nesta terça-feira (11) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente.

A Europa registrou mais de 7 milhões de novos casos de covid-19 na primeira semana de 2022, mais que o dobro do número notificado no período de duas semanas, disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em entrevista.

“Nesse ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde prevê que mais de 50% da população da região serão infectados com a nova cepa nas próximas seis a oito semanas”, afirmou Kluge.

OMS pede cancelamento de festas de Natal devido ao avanço da Ômicron
"Evento cancelado é melhor que vida cancelada", diz diretor

 

Da Agência Brasil

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu às famílias que repensem o Natal face ao rápido avanço da variante Ômicron. “Um evento cancelado é melhor que uma vida cancelada”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele alertou para as aglomerações durante a época festiva que se aproxima, lembrando que elas podem levar a um “aumento de casos, à sobrecarga dos sistemas de saúda e a mais mortes” por covid-19.

“Todos nós queremos voltar ao normal. A forma mais rápida de conseguir passa pela tomada de decisões difíceis, por líderes, para defender a todos. Em alguns casos vai significar cancelar ou adiar eventos”, explicou Ghebreyesus em entrevista coletiva nessa segunda-feira.

“Um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada. É melhor cancelar agora e celebrar depois do que celebrar agora e lamentar depois”, afirmou.

Adhanom explicou que atualmente existem evidências de que esta nova variante está se dispersando significativamente, mais rápido” do que a estirpe anterior, a Delta, causando infeções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da covid-19.

“É mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas”, disse Tedros.

Dessa forma, a OMS considera “insensato” concluir que a Ômicron é uma variante “mais branda”. “É insensato pensar que esta é uma variante branda, que não causará doenças graves, porque com os números aumentando, todos os sistemas de saúde estarão sob pressão”, disse Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS. A organização deu, no entanto, alguma esperança ao considerar que a pandemia, que já causou mais de 5,6 milhões de mortes em todo o mundo, poderá acabar em 2022, se 70% da população mundial estiverem vacinados até meados do próximo ano.

“Nós esperamos que essa doença passe a ser relativamente branda, que seja facilmente prevenida, que seja facilmente tratada”, disse Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS. “Se conseguirmos manter a transmissão do vírus ao mínimo, poderemos acabar com a pandemia”, declarou.

Tedros também afirmou que a China – país onde o vírus SARS-CoV-2 foi detectado pela primeira vez – deve fornecer mais dados relacionados à origem da covid-19 para ajudar na futura política de combate a pandemias.

“Precisamos continuar até conhecer as origens, precisamos de nos esforçar mais porque devemos aprender com o que aconteceu para fazer melhor no futuro”, disse o diretor-geral da OMS.

“2022 deve ser o ano em que acabaremos com a pandemia”, acrescentou.