Projeto de humanização fortalece os laços entre mamãe e bebê no pós-parto
Hospital Unimed Volta Redonda cria o Maternar para transformar a experiência dos pacientes

 

Naiara afirma elogia a experiência proporcionada pelo Maternar no nascimento da sua segunda filha 

 

Da Redação

A hora de ouro é o nome dado à primeira hora de vida do bebê. Estudos recentes apontam que durante esse tempo é muito importante que haja contato imediato entre a mãe e o recém-nascido, e o momento inclui: contato pele a pele, acolhimento do bebê no seio materno e o clampeamento tardio do cordão umbilical – que é o ato de pinçar e cortar o cordão. Os benefícios imediatos de atrasar esse clampeamento são o aumento do volume de sangue e dos níveis de ferro para a criança, além de humanizar um momento que é tão especial para a família.

Essas ações já são uma realidade e fazem parte do projeto Maternar do Hospital Unimed Volta Redonda, com destaque importante para as ações de humanização. O projeto visa transformar a experiência das gestantes que têm seus filhos na unidade hospitalar e promover mais carinho e conforto para as famílias.

A professora Naiara Marina Pereira Ladeira, de 30 anos, ganhou a pequena Julie, em setembro, no Hospital Unimed Volta Redonda dentro do projeto Maternar. A experiência, segundo ela, foi totalmente diferente da vivida oito anos atrás, no parto da primeira filha.

“Foi muito humanizado e importante para o vínculo com a minha filha. O modelo antigo foi muito frio. Esse é um momento que a gente espera muito. Da primeira vez, parecia que os profissionais queriam cumprir uma agenda, agora eles estavam preocupados com o nosso bem-estar. Recomendo. É de grande valia humanizar esse momento”, contou.

As ações incluem uma mudança significativa tanto durante o parto normal e na cesariana, quanto no puerpério. Agora os cuidados com o bebê são feitos na Sala Cirúrgica ao lado dos pais. E depois o acompanhante é encaminhado junto da mãe e do bebê para a sala de pós-anestésico, o que permite amamentação já na primeira hora de vida.

O Projeto Maternar conta com uma equipe assistencial Materno-Infantil na Unidade de Internação, ou seja, enfermeiros capacitados e com atendimento exclusivo à mamãe e ao bebê; e um Plano de Parto, no qual a gestante pode pedir para regular a luz do Centro Cirúrgico ou ouvir uma música durante o nascimento da criança. E já está em desenvolvimento a confecção de um topper de amamentação, para facilitar o aleitamento na primeira hora de vida.

De acordo com o vice-presidente da Cooperativa, Vitório Moscon Puntel, esse projeto só foi possível por conta da equipe altamente qualificada, atendimento humanizado e o desejo de promover uma experiência cada vez melhor aos pacientes.

– Ao longo desses quase dez anos de funcionamento, nosso Hospital sempre ofereceu um serviço de excelência. Somos referência no estado em cuidado e bem-estar e buscamos fazer cada vez mais para atender melhor. Desenvolvemos um projeto de humanização pensado no conforto para toda a família e para tornar ainda mais especial esse momento de nascimento e a primeira hora de vida do bebê — disse o vice-presidente.

Essas ações fazem parte do Jeito Unimed de Cuidar, cultura organizacional assumida pela Cooperativa nas relações com médico cooperado, colaborador, cliente e fornecedor.

Casa do Saber Rio inaugura segmento de cursos sobre cuidados com bebês

A Casa do Saber Rio lançou um novo segmento de cursos, voltados para os futuros pais. Na próxima semana, o centro de debates e disseminação do conhecimento passa a oferecer encontros regulares sobre cuidados com o recém-nascido e amamentação. Dessa forma, os pais poderão compartilhar informações valiosas para que se sintam confiantes nesse novo universo repleto de descobertas, desafios e alegrias.

Na terça-feira (5) será ministrada uma aula prática sobre as necessidades básicas do bebê. A enfermeira Graziela Abdalla ensinará habilidades como cuidar do coto umbilical, encontrar o melhor jeito para dar banho e saber o que esperar da amamentação.

“É a primeira vez que a Casa do Saber Rio inclui em sua programação um encontro específico para gestantes e seus acompanhantes. O objetivo é propiciar aos futuros pais uma oportunidade única de aprendizado e troca, em um ambiente acolhedor e intimista. Para guiar os participantes nos cuidados com o bebê, serão usados bonecos com peso e tamanho semelhantes aos de um recém-nascido. O objetivo é incorporar os encontros ao calendário permanente da Casa, com aulas também sobre aleitamento materno e preparação para o parto”, explica a curadora Denise Menchen.

ONU quer o fim da fístula, um dos ferimentos mais sérios do parto

Hoje, 23 de maio, comemora-se o Dia Internacional pelo Fim da Fístula Obstétrica, considerada pelas Nações Unidas um dos “ferimentos mais sérios e mais trágicos que podem ocorrer na hora do parto”. A data é ressaltada pela ONU como dia de observação internacional pelo combate ao problema e de informação sobre a fístula obstétrica. Este ano, o tema da data é “Esperança, cura e dignidade” para todas as mulheres. As informações são da ONU News.

A fístula é uma ruptura entre o canal vaginal e a bexiga ou o reto, causada por partos muito prolongados ou complicados, em situações que a grávida não tem acesso a tratamento médico de alta qualidade. Como resultado, as pacientes ficam com incontinência urinária ou fecal, dor crônica, podendo provocar infecções e até depressão e isolamento social. O Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) calcula que 2 milhões de mulheres no mundo tenham fístula.

Prevenção

O conselheiro sênior da Unfpa, Elizeu Chaves, explica ser possível evitar a fístula obstétrica. “Normalmente ela é consequência de um trabalho de parto prolongado, os bebês quase sempre morrem, é um absurdo que ainda exista. A fístula obstétrica está vinculada a características de pobreza, situações em que o sistema de saúde não funciona para atuar na prevenção e na provisão de serviços obstétricos de emergência. Então realmente é muito triste”, falou.

Segundo Chaves, países desenvolvidos praticamente erradicaram a fístula obstétrica. A maioria das mulheres com a condição vive na África Subsaariana, na Ásia e nos países árabes, com casos registrados também na América Latina e no Caribe.

Apesar dos avanços, ainda são registrados por ano entre 50 mil e 100 mil novos casos de fístula obstétrica. Nos últimos 14 anos, o Unfpa contribuiu para que 85 mil mulheres e jovens pudessem fazer a cirurgia reparadora, sendo 15 mil somente no ano passado. Acabar com essa falha é prioridade para a agência da ONU.