Petrobras firma parceria para desenvolver gerador de energia eólica
Acordo foi fechado com a empresa de equipamentos eletroeletrônicos WEG

Da Agência Brasil

A Petrobras informou nesta quarta-feira (13) que assinou uma parceria com a WEG, empresa brasileira global de equipamentos eletroeletrônicos, para o desenvolvimento de um aerogerador de energia eólica (gerada pela força dos ventos) no Brasil. Segundo a Petrobras, o aerogerador onshore (em terra) terá capacidade de 7 megawatts (MW) e será o primeiro desse porte a ser fabricado no Brasil.

Para esse projeto, que já está em andamento, a Petrobras vai investir R$ 130 milhões. O acordo prevê o desenvolvimento de tecnologias para a fabricação dos componentes e a construção e testes de um protótipo, com contrapartidas técnicas e comerciais para a Petrobras. A WEG prevê que o equipamento poderá ser produzido em série a partir de 2025.

“A parceria com a WEG prevê o desenvolvimento do maior aerogerador do país, com capacidade de 7 MW, suficiente para abastecer, sozinho, uma cidade de 16.880 habitantes”, disse Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Prates falou sobre a parceria com a WEG durante a WindPower, evento que está sendo realizado na São Paulo Expo, na capital paulista.

O aerogerador terá 220 metros de altura do solo até a ponta da pá, o que equivale a seis estátuas do Cristo Redentor. A estrutura pesará 1.830 toneladas, o que equivale ao peso de 1.660 carros populares.

Segundo o presidente da Petrobras, esse projeto representa um “marco importante” para a empresa pois “aumentará seu conhecimento em tecnologia de energia eólica, além de contribuir para impulsionar a transição energética no Brasil, em parceria com uma empresa que se destaca em inovação pelo desenvolvimento de soluções em eficiência energética, energias renováveis e mobilidade elétrica”.

“O dia de hoje vai ser um marco na história do Brasil em energia eólica”, disse o diretor-presidente executivo da WEG, Harry Schmelzer Jr. “Isso vai ser muito importante para os investimentos de energia eólica no Brasil e também vai ser um marco para a WEG”, destacou.

De acordo com o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, a parceria tem interesse mútuo. “A Petrobras está entrando nisso porque é importante para o país, mas também porque é importante para a Petrobras. Vamos ter royalties, vamos ter preferência na aquisição de máquinas. Tem a questão de uma empresa estatal olhar para o interesse do país, mas também de olharmos para o interesse da empresa. E ambas as questões estão incluídas nessa parceria.”

Em maio deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou um financiamento de R$ 59 milhões para o desenvolvimento de um novo aerogerador da WEG “que permitirá a geração de energia de forma mais eficiente em parques eólicos localizados em terra”. Segundo o banco, o equipamento de alta potência (7 MW) será o maior em operação no mercado brasileiro e possibilitará a redução dos investimentos totais para a instalação de novos parques e emissão de carbono.

Petrobras instalará 11 novas plataformas no pré-sal até 2027
Seis serão destinadas ao Campo de Búzios

Da Agência Brasil

A Petrobras prevê instalar 11 novas plataformas para produzir no pré-sal até 2027. Desde dezembro de 2022, a empresa já colocou em produção dois novos sistemas no pré-sal – P-71, no Campo de Itapu, e FPSO Almirante Barroso, no Campo de Búzios – e prevê iniciar a operação da terceira unidade (FPSO Sepetiba, no Campo de Mero) até o fim deste ano. FPSO é a sigla em inglês para plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo.

Com os novos projetos, somados às unidades já em operação, a estimativa é que a companhia irá produzir um total de 3,1 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2027, sendo 2,4 milhões no pré-sal (parcela própria da Petrobras), o que representará 78% do total da produção. No caso da produção operada (Petrobras mais parceiros), a projeção é que o volume produzido no pré-sal alcance 3,6 milhões de boed em 2027.

A companhia informou que o Plano Estratégico para o período de 2023 a 2027 destinou US$ 64 bilhões para investimentos em atividades de exploração e produção. Uma parcela de 67% desses recursos será destinada a investimentos no pré-sal.

Campo de Búzios

Segundo a empresa, maior campo em águas ultraprofundas da indústria mundial, Búzios tem apresentado excelente resultado. Em junho, o campo alcançou produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe), passados apenas cinco anos desde que iniciou sua operação. Para efeito de comparação, o Campo de Marlim, na Bacia de Campos, levou 11 anos para atingir o patamar de 1 bilhão de boe e o Campo de Tupi, no pré-sal, nove anos.

“Atualmente o campo de Búzios opera com cinco plataformas, todas do tipo FPSO: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso. E a perspectiva para o futuro é muito positiva. Das 11 novas plataformas programadas para o pré-sal até 2027, seis serão destinadas a Búzios: FPSOs Almirante Tamandaré (previsto para 2024); P-78 e P-79 (ambas para 2025); P-80 e P-82 (as duas para 2026), além da P-83 (2027)”, diz a Petrobras.

BNDES e Petrobras assinam acordo de transição energética e pesquisa
Mercadante diz que pode elevar limite de investimentos na petrolífera

Da Agência Brasil

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram nesta quinta-feira (22), no Rio de Janeiro, acordo de cooperação técnica com foco em transição energética, pesquisa, desenvolvimento científico e reindustrialização.

Para cumprir esses objetivos foi criada uma comissão mista, que se reunirá a cada dois meses. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que pretende aumentar o limite de investimentos na Petrobras e que, para isso, tem conversado com o governo federal.

“Hoje, nós temos pouco mais de 7% das ações da Petrobras, algo em torno de R$ 24 bilhões. Essa empresa é tão importante para o BNDES que, em um ano e três meses, recebemos praticamente o capital que temos investido: R$ 20,5 bilhões de dividendos. Mas queremos financiar a transição energética da Petrobras, mais do que receber dividendos. Nós temos uma portaria do Banco Central que estabelece limites. Estamos discutindo com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil para alterar algumas regras e permitir que a gente possa estar mais  presente nesse financiamento”, afirmou Mercadante.

Grupos temáticos

O acordo envolverá quatro grupos de trabalho temáticos.  A Subcomissão de Planejamento e Estudos  incentivará pesquisa científica e estudos estratégicos. A Subcomissão de Desenvolvimento Produtivo e Inovação vai fortalecer a cadeia de fornecedores do segmento de óleo e gás. A Subcomissão de Transição Energética e Descarbonização pretende fortalecer o biorefino, biofertilizantes, biodiesel e biogás. E a Subcomissão de Governança priorizará ações de governança, integridade e transparência no setor.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a parceria com o BNDES será fundamental para enfrentar os desafios relacionados à transição energética.

“Imagina o desafio de ser produtor de uma coisa que está condenada a desaparecer, mas que você continua tendo que produzir, com investimentos muito grandes, inclusive para refinar. Tudo isso em meio a um processo que você precisa olhar para daqui a 30 ou 40 anos, e esses produtos não estarão mais lá. E a minha função é exterminar essa necessidade”, explicou Prates.

“Todos os nossos fornecedores também estão fazendo suas transições energéticas. Todos, de alguma forma, tentando depender menos de suprir para a indústria de petróleo e gás. E daqui a 15 anos certamente a gente vai ter dificuldades em fazer um edital e ter fornecedores clássicos”, acrescentou.

Gás

Prates também comentou pronunciamentos recentes do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que criticou a estratégia da estatal de reinjetar mais de 40% do gás produzido. Segundo o ministro, esse processo acontece por dificuldades de escoamento e a Petrobras deveria investir mais para solucionar o problema, para não prejudicar o crescimento do país. Prates frisou que a estatal adota o melhor método dentro das possibilidades operacionais disponíveis.

“Não é uma questão de a Petrobras querer ou não produzir gás. O que tiver de gás, ela quer monetizar”, acentuou.

“A gente precisa trabalhar junto, convergir e eleger prioridades. Porque se não tem gás para todos os segmentos – e há segmentos que podem ter combustíveis substitutos, inclusive da transição energética, como hidrogênio, energia solar, eólica e hídrica – vamos trabalhar esse conjunto, ao invés de criar polêmica onde não existe. Nós vamos trabalhar juntos com o Ministério de Minas e Energia”, finalizou.

Petrobras retoma programa de estágios com bolsa-auxílio de R$ 1,8 mil
Seleção oferece 200 vagas distribuídas em 11 estados

Da Agência Brasil

A Petrobras retomou o programa de estágio, cuja seleção estava suspensa desde 2019. A expectativa é de mais de 200 vagas em 11 estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

Os estagiários receberão bolsa-auxílio mensal de R$ 1,8 mil e vale-transporte, quando a empresa não oferecer transporte próprio, seguro contra acidentes pessoais e recesso remunerado de 15 dias a cada 6 meses, conforme determina a legislação.

Os interessados devem se inscrever entre os dias 7 e 16, no site do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), entidade organizadora do recrutamento e da seleção. Todo o processo seletivo, que inclui as provas, será online e conduzido pelo Ciee.

“As etapas do processo incluem prova online, análise comportamental e exames médicos admissionais. Todas as etapas do processo devem ser acompanhadas pelo site.” Segundo a empresa, as admissões devem começar em setembro.

Segundo o gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobras, Felipe Freitas, o programa vai permitir a renovação da empresa. “Vamos oxigenar a Petrobras com estudantes de diversas áreas de formação de nível superior, que terão oportunidade de desenvolver suas habilidades, a partir de uma trilha de aprendizado especialmente desenvolvida para eles.”

Freitas informou que os estudantes poderão fazer mentoria de carreira e exercer seu protagonismo, atuando em equipes na busca de soluções para resolução de desafios que serão apresentados ao longo do ciclo de estágio. De acordo com a Petrobras, os estagiários serão acompanhados por especialistas em gestão de projetos externos e terão suporte técnico de padrinhos internos na empresa.

As vagas disponíveis são para estudantes de cursos superiores de administração, análise de dados, análise de sistemas, ciência da computação, comunicação social (jornalismo, publicidade e relações públicas), contabilidade, direito, engenharia (computação, automação e controle, elétrica, mecânica, petróleo, produção e química), estatística, geologia e serviço social.

Informações mais detalhadas sobre os cursos e local de trabalho, entre outras, podem ser obtidas nos sites da Petrobras e do Ciee.

O programa de estágios da Petrobras reservou 30% das vagas para candidatos negros (pretos ou pardos) e 10% para pessoas com deficiência. “O regime de trabalho será híbrido, com atividades em teletrabalho (home office) e nas dependências da empresa. A carga horária de trabalho é de 4 horas diárias, em compatibilidade com o horário escolar.”

No período de 12 meses de duração do estágio, além das atividades rotineiras, os estudantes participarão de treinamentos na Universidade Petrobras e passarão por desafios com equipes multidisciplinares e serão provocados a apresentar soluções para problemas reais das diversas áreas da companhia.