Petrobras reduz em 1,24% o preço da gasolina nas refinarias

A Petrobras anunciou hoje (18) uma nova redução no preço da gasolina em suas refinarias, desta vez, de 1,24%. Com o anúncio, o litro do combustível negociado no parque de refino da estatal custará R$ 1,8941, ou seja, 2 centavos a menos do que o preço atual (R$ 1,9178).

Em junho, a gasolina acumula queda de preço de 3,71% (7 centavos por litro). Nos últimos 30 dias, o recuo chega a 5,51% (11 centavos por litro).

ANP não vai interferir na formação de preços de combustíveis

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou hoje (7) que não haverá intervenção da agência na política de preços de derivados de petróleo da Petrobras ou de outras empresas. Décio discursou na abertura da 4ª Rodada de Partilha do Pré-sal, que leiloará hoje os direitos de exploração e produção em quatro áreas das bacias de Santos e Campos.

“Não há intervenção e não haverá. Ninguém pensa em intervir em nada. A formação de preços no Brasil é e continuará sendo livre. A ANP não interfere e jamais vai interferir na indústria”, enfatizou Décio, dizendo que a Petrobras e todos os outros atores do mercado terão liberdade na formação de preços.

Leilão

A rodada ofertará as áreas de Itaimbezinho, Três Marias, Dois Irmãos e Uirapuru, todas no pré-sal das bacias de Campos e Santos.

Entre as empresas que poderão participar da 4ª Rodada, estão as maiores do setor de petróleo e gás no mundo e duas são brasileiras.

Das habilitadas, duas (DEA Deutsche Erdoel AG e Petronas Carigali SDN BHD) ainda não têm contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

Estão também aptas a participar da rodada, além da Petrobras, gigantes do setor como a BP Energy do Brasil, a chinesa CNOOC Petroleum, a norte-americana Exxon Mobil, a espanhola Repsol e a norueguesa Statoil.

O diretor-geral argumentou que a ANP convocou uma consulta pública para discutir a periodicidade dos reajustes de preços, porque houve uma manifestação de descontentamento da sociedade. Segundo ele, isso não significa que há intenção de intervir na política.

Décio considerou que o cenário ideal será quando as empresas tiverem liberdade total para definir sua política de preços com seus acionistas.

“Se dependesse da Agência, não haveria qualquer regra”, disse ele. “Espero que o resultado que tenhamos nesse leilão mostre que o caminho não é do monopólio, da intervenção, do populismo e da concentração, mas da competição, da diversidade, e isso que é bom pra sociedade”.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, também defendeu a liberdade das empresas na formação dos preços praticados no mercado e afirmou que a consulta pública vai conduzir ao entendimento que os preços devem ser formados no mercado.

“Vai permitir que possamos dar mais um passo, um passo que certamente vai nos levar ao final desse processo todo”, disse o ministro. “Certamente, se estivéssemos vivendo em uma situação de mercado em que todas as áreas tivessem concorrência, não teriamos passado por esse problema que passamos, porque esse problema não iria existir”, disse o ministro.

Moreira Franco também disse considerar que o leilão de hoje é uma afirmação do Brasil como um grande centro de Petróleo e gás no mundo. Em sua fala, Décio Oddone destacou que a realização do leilão é emblemática e as transformações no setor de óleo e gás farão do país o maior polo de exploração e produção de petróleo offshore do mundo nos próximos anos.

Parente diz que política de preços da Petrobras será mantida

Em teleconferência com analistas e investidores, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse hoje (29) que a política de preços da companhia será mantida e acrescentou que o governo federal entende a relevância de manter a equação econômica dessa política.

Em vigor desde o ano passado, a atual política de preços da Petrobras prevê reajustes dos combustíveis com maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo no mercado internacional e também a oscilação do dólar.

Parente informou que uma equipe da Petrobras, em conjunto com os ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia, participa da elaboração das medidas provisórias e do decreto que tratarão de redução de impostos sobre o diesel, mas como ainda não estão concluídas não poderia dar mais detalhes, mas reafirmou que os conceitos da política de preços da empresa serão respeitados.

Segundo Parente, a proposta apresentada pela empresa na semana passada, de reduzir em 10% o preço do diesel por 15 dias, abriu caminho para as negociações com os caminhoneiros em paralisação e disse que, naquele momento, a empresa precisava ter coragem. “Tivemos a responsabilidade e a coragem de fazer reconhecendo o momento em que estávamos vivendo”, indicou.

Parente comentou ainda a greve de 72 horas que os petroleiros estão prometendo para começar amanhã (30), e disse que a empresa confia que os empregados entendam o momento atual. “Desejamos de fato que possamos passar por isso sem maiores consequência para a nossa empresa”.

O presidente da Petrobras mais uma vez fez a comparação da situação da Petrobras em tempos atuais com o que atravessava há alguns anos e apontou a redução do endividamento, atração de parceiros fortes. O executivo ressaltou ainda a redução de custos da empresa.

Petrobras reduz preço da gasolina em 2,8% nas refinarias

A Petrobras reduziu, pela quinta vez consecutiva, o preço da gasolina nas refinarias. A partir de amanhã (29), o combustível terá redução de 2,8% no preço e passará a custar R$ 1,9526 por litro. Desde 16 de maio, a gasolina não custava menos do que R$ 2.

Apesar disso, no mês de maio a gasolina acumula uma alta de 8,6%, já que, em 28 de abril, o litro do combustível tinha o custo de R$ 1,7977.