Leilão de 2,8 milhões de barris da União será no dia 16 de maio

O leilão de 2,8 milhões de barris de petróleo pertencentes à União será realizado no dia 16 de maio. O edital já foi publicado e estará disponível para consulta pública até 24 de abril, período no qual poderão ser feitas sugestões de alteração e ser sanadas dúvidas dos interessados.

A licitação será coordenada pela Pré-Sal Petróleo, estatal responsável pela comercialização do óleo que pertence à União. Os barris serão divididos em quatro lotes, que poderão ser adquiridos por um único comprador ou por várias empresas.

Serão celebrados contratos do petróleo da Área de Desenvolvimento de Mero (1,6 milhão de barris) e dos campos Sapinhoá (120 mil), Lula (600 mil) e Tartaruga Verde (480 mil). O leilão será na bolsa de valores de São Paulo.

AIE prevê que demanda de petróleo está garantida até 2020

A Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou hoje (5) que prevê um aumento da produção de petróleo no Brasil, Canadá, na Noruega e sobretudo nos Estados Unidos (EUA), o que bastará para atender à demanda mundial nos próximos dois anos. A informação é da Agência EFE.

No relatório anual sobre os mercados do petróleo, apresentado como parte da conferência energética IHS CERAWeek em Houston, no Texas, a AIE garantiu que a partir de 2020 “será necessário mais investimento para impulsionar a produção” mundial.

“A indústria do petróleo ainda não se recuperou dos dois anos de queda sem precedentes do investimento, registrada em 2015 e 2016”, acrescenta o relatório. Para 2017 e este ano, a entidade vê um investimento “muito baixo ou nulo” fora dos EUA.

Nos próximos três anos, só os aumentos (de produção) dos Estados Unidos cobrirão 80% do crescimento da demanda mundial, enquanto o Brasil, Canadá e a Noruega serão capazes de cobrir o restante”, de acordo com o relatório anual da AIE.

“Os Estados Unidos estão prontos para deixar a sua marca nos mercados de petróleo mundiais durante os próximos cinco anos”, disse, na abertura do relatório para o quinquênio, o diretor executivo da AIE, o turco Fatih Birol, que se mostrou preocupado com o “fraco investimento global”.

Além de satisfazer o “sólido crescimento” da demanda previsto, “o mundo necessita substituir 3 milhões de barris diários de queda a cada ano (pelo esgotamento de campos de petróleo), o equivalente à produção do Mar do Norte”, acrescentou.

No âmbito da demanda, a força da economia mundial precisa respaldar “sólidos incrementos”, assegura o relatório, que cita a pauta de crescimento global de 3,9% do Fundo Monetário Internacional (FMI) para os próximos anos, com bom desempenho em praticamente todas as regiões.

O relatório atribui a maior parte do aumento da demanda mundial de petróleo à produção de produtos petroquímicos usados para elaborar artigos de cuidado pessoal, comidas, conservantes, adubos, móveis, pinturas e lubrificantes para automóveis, particularmente nos Estados Unidos e na China.

“Esperamos que a demanda cresça a uma taxa média anual de 1,2 milhão de barris diários. Para 2023, a demanda de petróleo alcançará os 104,7 milhões de barris diários, com aumento de 6,9 milhões desde 2018”, diz o relatório.

O documento indica que o crescimento do consumo de petróleo da China precisa diminuir, devido à aplicação das políticas ambientais implementadas para reduzir a poluição, especialmente pelo fomento dos ônibus elétricos e de caminhões que consomem gás natural, em detrimento do gasóleo.

Apesar disso, a AIE prevê que, como vem ocorrendo nos últimos anos, a China e a Índia somarão quase a metade da demanda mundial de petróleo, e se o aumento da demanda chinesa desacelerar, a indiana “aumentará ligeiramente”.

Com isso, se o ritmo de crescimento da demanda alcançar 1,4 milhão de barris diários neste ano, para 2023 terá diminuído para 1 milhão de barris diários, de acordo com essas previsões.

Conferência internacional discute economia do petróleo

A FGV Crescimento & Desenvolvimento, em parceria com o Centre for Applied Macro and Petroleum Economics (CAMP) da Norwegian Business School, e com o patrocínio da Petrobras, realiza a “International Conference on the Economics of Oil”. O evento será realizado no dia 28 de fevereiro no Centro Cultural FGV (Praia de Botafogo, 186. Rio de Janeiro) e nos dias 1 e 2 de março no auditório do edifício-sede da FGV (Praia de Botafogo, 190 – 12º andar, Rio de Janeiro).

O primeiro dia será dedicado ao debate de políticas, regulações e desafios da indústria do petróleo, reunindo executivos, reguladores, economistas e analistas do mercado. A abertura ficará a cargo do presidente da FGV, professor Carlos Ivan Simonsen Leal, seguido de palestra do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Na sequência, haverá um painel sobre o futuro do petróleo, com participação de Roberto Castello Branco (FGV Crescimento & Desenvolvimento), Adriano Pires (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Marco Lombardi(BIS) e Ragnar Torvik (Norwegian University of Science and Technology). Na parte da tarde serão realizadas palestras com o diretor geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, e com os professores Warwick McKibbin (Australian National University) e Lutz Kilian (University of Michigan).

No dia 1º de março, o evento recebe o Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível (IBP), Jorge Camargo, Ian Parry, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Rabah Arezki, do Banco Mundial. A programação terá sequência com a abordagem acadêmica sobre da economia do petróleo, envolvendo contribuições dos professores João Victor Issler e Pedro Cavalcanti Ferreira (FGV Crescimento & Desenvolvimento), Hilde Bjørnland (CAMP), e de pesquisadores de universidades dos EUA, Europa e Ásia.  O evento é gratuito e aberto ao público. Para mais informações sobre a programação e inscrições, acesse o site.

Governo arrecada R$ 6,15 bi em leilão do pré-sal, abaixo do esperado

A arrecadação com os oito blocos ofertados na 2ª e 3ª Rodadas do leilão do pré-sal ficou abaixo do que era esperado. Caso todas as áreas tivessem sido arrematadas, o governo brasileiro conseguiria R$ 7,75 bilhões em bônus de assinatura. Como não houve oferta por dois blocos, o total arrecadado ficou em R$ 6,15 bilhões.

De outro lado, a receita assegurada à União quando os blocos entrarem em operação ficou muito acima do previsto. Em um dos blocos, o consórcio liderado pela Petrobras ofereceu 80% de óleo-lucro (parcela compartilhada com a União após descontos de gastos, produção e investimentos).

Após o final do leilão, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reiterou que o certame foi um “sucesso estrondoso”.

– Empresas que não estavam no Brasil voltaram e fizeram apostas aqui. Isso mostra a confiança que eles têm em nós.

Alem disso, Coelho Filho afirmou que o indice de oleo lucro veio muito acima do esperado, o que compensou o fato de que duas áreas não terem sido arrematadas.

– De acordo com dados da ANP, a gente já esperava que o da Tartaruga não sairia. Mesmo assim os percentuais vieram muito acima do que a gente imaginava.

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