O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve um crescimento de 0,49% no trimestre encerrado em maio na comparação com o trimestre fechado em fevereiro. No entanto, em relação ao trimestre encerrado em maio de 2016, o PIB não teve variação.
Os dados foram divulgados hoje (18), no Rio de Janeiro, pelo Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Analisando-se apenas maio, houve queda de 0,9% na comparação com abril e alta de 0,7% em relação a maio do ano passado.
Comparação com 2016
O trimestre fechado em maio acusou queda de 0,6% no consumo das famílias, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Nesse mesmo tipo de comparação, os investimentos tiveram queda de 3,6%. As exportações registraram crescimento de 1,8%. O mesmo aconteceu com as importações, com alta de 2,3%.
O Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira este ano. A atualização do documento Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado ontem (4), prevê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 0,3%. A estimativa ficou 0,2 ponto percentual menor do que a informada em janeiro e está abaixo da projeção do mercado financeiro (0,5%).
Mesmo com expectativa de crescimento menor, o banco ressalta que o Brasil deve sair “lentamente” da recessão neste ano. “Indicadores de atividade melhoraram, incluindo a retomada do crescimento da produção industrial e expansão das exportações, assim como ganhos de confiança. Entretanto, o país continua a lutar contra o crescimento do desemprego e as consideráveis necessidades de ajuste fiscal”, diz o documento.
Em 2018, o Banco Mundial espera que o crescimento do Brasil chegue a 1,8%, a mesma projeção divulgada em janeiro. “O crescimento na América Latina e no Caribe deverá se fortalecer para 0,8% em 2017, quando o Brasil e a Argentina emergem da recessão e o aumento dos preços das commodities [matérias-primas com cotação internacional] apoia os exportadores agrícolas e de energia”, diz o relatório. A previsão para o crescimento da região em 2018 é 2,1%.
A previsão para o crescimento da economia mundial é de 2,7% em 2017, estimulado pela indústria e comércio, aumento da confiança do mercado e estabilização do preço de commodities. Para 2018, a previsão de expansão do PIB mundial é de 2,9%.
O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB)-Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) cresceu 0,78% de janeiro para fevereiro na série com ajuste sazonal, registrando a segunda variação mensal positiva consecutiva da série. Os dados foram divulgados hoje (20), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O indicador estima mensalmente o PIB em volume e tem por objetivo, segundo a fundação, “prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE”.
Para o coordenador do monitor Claudio Considera, os dados confirmam os sinais de que a economia brasileira vem se recuperando. “É uma recuperação consistente e que já vem se verificando desde o ano passado”.
Ele disse que os números da média móvel trimestral, ao fechar fevereiro com expansão de 0,15%, confirmam a recuperação. Na comparação com o trimestre terminado em novembro de 2016, o PIB, ao expandir 0,15%, acusou a primeira taxa positiva após oito trimestres negativos consecutivos. “É de se esperar que este ano o PIB volte a fechar positivo, embora ainda não se possa mensurar a magnitude do crescimento”, afirmou Considera.
PIB vem apresentando recuperação
A FGV ressaltou, porém, que a taxa trimestral móvel do PIB no trimestre encerrado em fevereiro, quando comparada com o mesmo período do ano anterior, apresentou queda de 0,9%. Nesta comparação, no entanto, o PIB tem apresentado recuperação desde janeiro de 2016 quando a taxa apresentou recuo de 6%.
Segundo a FGV, no setor industrial, a única variação negativa apresentada nesta comparação é a da atividade de construção (-7%), enquanto que, no setor de serviços, apenas serviços imobiliários (+0,1%) e administração pública (+0,1%) tiveram variações positivas.
O consumo das famílias recuou 2% no trimestre fechado em fevereiro na comparação com o mesmo trimestre de 2016. Já em termos monetários, o PIB de fevereiro, em valores correntes, alcançou R$ 530,46 bilhões, acumulando no ano R$ 1,53 trilhão.
A expectativa do Governo é de que os números da economia sejam melhores em 2018
A economia brasileira deve apresentar crescimento de 0,5% este ano, segundo estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país), divulgada hoje (22), em Brasília, pelo Ministério da Fazenda. A projeção anterior era 1%.
A estimativa está próxima da esperada pelo mercado financeiro, que projeta expansão do PIB de 0,48%. Em 2016, o PIB teve queda de 3,6%. Para 2018, a estimativa é de expansão do PIB em 2,5%.
A projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 4,3% este ano, e 4,5% em 2018. A estimativa anterior do governo para a inflação este ano era 4,7%.
Hoje, o governo também divulgará o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, lançado a cada dois meses, com os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com novos limites de gastos para cada ministério ou órgão federal.
Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que não está descartado o aumento de impostos e disse que o valor do contingenciamento será a “combinação possível”. Segundo ele, o objetivo principal é cumprir a meta fiscal de 2017, com um déficit previsto de R$ 139 bilhões.
Comparação entre trimestres
O Ministério da Fazenda também atualizou as estimativas para o PIB na comparação entre trimestres. Apesar de encerrar o ano com expansão de 0,5%, o PIB registrará crescimento de 2,7% no quarto trimestre deste ano (outubro a dezembro) em relação ao mesmo trimestre de 2016, informou o ministério. O número representa uma melhoria em relação a declarações anteriores do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Meirelles tinha afirmado que o PIB chegaria ao quarto trimestre com expansão de 2% na comparação com o mesmo trimestre de 2016..
No início deste mês, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro tinha dito que o crescimento na comparação trimestral ficaria em 2,4% .
“O importante é a comparação trimestral [trimestre contra trimestre do ano anterior]. É esse número que dá a sensação térmica da economia”, explicou o secretário de Polícia Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. Ele não informou o impacto da revisão do PIB sobre o Orçamento em 2017.
Ainda hoje à tarde, o Ministério do Planejamento anunciará a revisão das receitas e o contingenciamento (bloqueio de gastos não obrigatórios) para este ano com base na reestimativa do PIB.