Os médicos Gilberto Ururahy e Galileu Assis lançam o livro “Saúde É Prevenção”, pela editora Rocco. Fundadores da clínica Med-Rio Check-up, pioneira em check-up executivo no Brasil, os médicos, a partir da experiência de mais 30 anos trabalhando com medicina preventiva, traçam um guia para que todos possam seguir um estilo de vida saudável – com alimentação balanceada, atividade física regular, sono reparador — com foco em prevenir ao invés de remediar.
Para Gilberto, a pandemia impôs uma necessidade ainda maior de ser falar em hábitos de vida saudáveis e prevenção. Por quase dois anos o mundo parou, e a pandemia afetou a rotina das pessoas, prejudicando a qualidade de vida. O resultado desse cenário é uma piora nos índices de saúde. “Hoje vemos mais um efeito da pandemia, que é o aumento do caso de doenças crônicas, que, em sua maior parte, tem relação direta com os hábitos do dia a dia”, relata.
Porém, observa Gilberto, nem sempre é fácil mudar o estilo de vida. E o livro oferece orientação para mudar esse cenário, que é extremamente preocupante, ainda mais quando se observa que estudos apontam que 73% das mortes nas grandes cidades estão ligadas aos maus hábitos, como sedentarismo e má alimentação. “A principal mensagem do livro é que estilo de vida saudável mais exames preventivos é igual à longevidade com autonomia”, reflete.
Com dados e estudos diversos, os autores propõem que exames periódicos, conhecimento sobre os fatores de risco e tratamentos precoces são necessários para o bom funcionamento do nosso corpo, além da identificação de situações estressantes capazes de nos fragilizar e, muitas vezes, até levar a distúrbios físicos e psíquicos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros.
SAÚDE É PREVENÇÃO – Gilberto Ururahy e Galileu Assis
Formato: 16 x 23 cm Nº de páginas: 192 Preço: R$ 54,90
A prefeitura do Rio inicia hoje (20) a campanha de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante o carnaval fora de época. Com o slogan “Deu match? Use camisinha”, a ação irá distribuir 700 mil preservativos e informativos sobre outros métodos de prevenção, como PrEP (Profilaxia pré-exposição) e PEP (Profilaxia pós-exposição), no Sambódromo, no Terreirão do Samba e em festas privadas do município.
A campanha é coordenada pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública, por meio da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual, e pela Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
Além de conscientizar sobre riscos à saúde oferecidos pelas ISTs, a iniciativa visa a minimizar a resistência à testagem e ao uso dos preservativos e de outros métodos de prevenção, que são disponibilizados gratuitamente nas clínicas da família e centros municipais de saúde ao longo de todo o ano.
Entre eles, está a PEP, combinação de medicamentos que deve ser tomada após episódios de relação sexual desprotegida ou de violência sexual, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus HIV. Para funcionarem, os comprimidos precisam ser tomados em até 72 horas após o ato sexual
“No carnaval, é comum que o cidadão se empolgue e deixe a saúde em segundo plano, mas isso não pode acontecer. Usar camisinha, fazer o teste e se proteger é um ato de amor por si mesmo e pelo próximo. Com essa campanha, o Rio volta a realizar um trabalho de prevenção nas ruas durante a folia”, disse, em nota, o coordenador executivo da Diversidade Sexual, Carlos Tufvesson.
“A estimativa do Ministério da Saúde em 2019 era de que cerca de 135 mil brasileiros viviam com HIV/Aids sem saber que estavam infectados. Queremos lembrar à população que não existe grupo de risco, mas sim comportamento de risco, e que toda pessoa sexualmente ativa deve se testar a cada seis meses”, acrescentou.
Equipe na rua
O trabalho nas ruas começa nesta quarta (20), primeiro dia dos desfiles das escolas de samba na Sapucaí, e vai até o próximo sábado (23). No sábado seguinte (30), durante o Desfile das Campeãs, 16 agentes voltam ao Sambódromo para levar a conscientização sobre as ISTs.
Contratada por meio de um processo seletivo que contou com mais de mil inscritos, a equipe é formada por pessoas de todos os gêneros e orientações sexuais, com o objetivo de quebrar estigmas relacionados à saúde sexual e garantir que o maior número possível de pessoas seja alcançado, informou a prefeitura.
“As infecções sexualmente transmissíveis são doenças de relevância em saúde pública, que não estão restritas a grupos específicos, mas podem atingir a toda a população, com consequências graves. E a melhor forma de combater as ISTs é orientando as pessoas sobre os métodos de prevenção. Por isso essa é uma campanha de extrema importância”, disse o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.
“A campanha é uma grande oportunidade para reafirmarmos ações e políticas de combate à discriminação e intolerância racial e sexual. Nos dias da campanha, os agentes públicos envolvidos na ação também instruirão os foliões sobre o que fazer caso sejam vítimas de LGBTIfobia ou outro tipo de discriminação”, afirmou o secretário de Governo e Integridade Pública, Tony Chalita.
Denúncias
Em caso de denúncias, o boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia do município. A cidade conta ainda com uma delegacia especializada, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, na Rua do Lavradio, no Centro.
Caso necessite, o folião também pode acionar a prefeitura por meio da Central de Atendimento 1746 — via aplicativo, WhatsApp (3460-1746), telefone, Facebook/ Messenger (Central 1746) — ou pelo telefone da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual (21 2976-9138).
A Techbalance, healthtech que desenvolve soluções para a prevenção, cuidado e acompanhamento de risco de quedas e lesões, acaba de se tornar parceira estratégica da Shift, empresa especializada em tecnologia para medicina diagnóstica e preventiva. O investimento inicial, na ordem de 2 milhões de reais, está associado ao recém-criado laboratório de inovação aberta da Shift e também à estratégia da companhia de acelerar a transformação digital no setor de saúde. Estão previstos novos investimentos ao longo dos próximos anos e o objetivo é também contribuir para a capilaridade da tecnologia desenvolvida e patenteada pela startup, fundada em 2017.
“Ao firmar essa parceria estratégica, estamos estimulando a prevenção e a longevidade ativa e endereçando a uma série de outros desafios que acometem o setor de saúde, o que não só vem ao encontro da missão da Shift, como faz todo sentido para os nossos clientes. Esse é um pilar importante para alcançarmos a medicina baseada em valor e colocar o paciente no centro do cuidado. Queremos cada vez mais criar meios para que os centros de diagnóstico tenham esse olhar mais amplo no que diz respeito ao cuidado do paciente. Estamos muito felizes e acreditamos na Techbalance e como juntos podemos ampliar as ações de promoção à saúde”, explica Marcelo Lorencin, CEO da Shift.
Juntas, as empresas irão atuar fortemente no objetivo de reafirmar o papel decisivo dos centros de diagnóstico na prevenção e promoção à saúde e a importância de ações como essa não só para a saúde, como para a sustentabilidade do sistema.
De acordo com Fabiana Almeida, fisioterapeuta e fundadora da TechBalance, a proposta da healthtech é realmente entregar valor para os parceiros e usuários, para causar um impacto na qualidade de vida das pessoas, evitando as consequências e transtornos que as quedas ocasionam. Segundo ela, 30% dos pacientes com mais de 60 anos, vão sofrer uma queda e vão precisar ser hospitalizados. O uso da tecnologia e a prevenção possibilitam diminuir de 25% a 50% a incidência desse tipo de ocorrência.
“A Techbalance e a Shift têm uma sinergia muito grande na abordagem de saúde que fazem. Ambas são focadas em tecnologia e experiência do usuário. A minha expectativa é que realmente possamos alcançar outro patamar a partir dessa parceria estratégica. Embora já tenhamos um produto forte, relacionamento e uma estrutura de treinamento bem estabelecida, precisamos agora escalar e disseminar cada vez mais essa solução, que tem um papel importante no setor de saúde, para o mercado todo”, ressalta.
O cenário de pandemia traz um risco muito alto para as empresas. A Covid-19 pode ser considerada doença ocupacional e tem impacto enorme no dia a dia das corporações, seja no ambiente interno e externo, no deslocamento dos colaboradores ou em suas casas. Cabe perguntar aos gestores: o Sistema de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) é resiliente? O Gerenciamento de Risco Ocupacional (GRO) faz parte desse sistema integrado? Na empresa, existe um Comitê Gestor de Afastados, ativos e terceirizados, nos quais se inserem, com poder decisório horizontal, RH, Contabilidade, SST e Direção?
Caso estas interrogações tragam mais dúvidas do que respostas, é importante observar o seguinte: o Informe do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, em 2020, registrou 20,8 mil notificações de acidente de trabalho por CID B34.2 (Infecção por coronavírus de localização não especificada) e 51 mil afastamentos por CID B97.2 (Coronavírus, como causa de doenças classificadas em outros capítulos). Isso somente na cidade de São Paulo, que reúne 12,3 milhões de habitantes (IBGE, 2020).
Os números do INSS referentes à referida capital, nos casos de Covid-19, são os seguintes: 5,6 mil concessões de benefícios previdenciários em 2020; 1,1 mil CATs (INSS/CATWEB); e 51 mil Afastamentos Previdenciários Acidentários (B91). Os benefícios por incapacidade causados por doença respiratória saltaram de 19,3 mil, em 2019, para 51,3 mil em 2020, uma alta de 166%. Analisando apenas o tipo de doença, a Covid-19 ficou em segundo lugar nas concessões de auxílio incapacidade em 2020, só perdendo para as doenças incapacitantes por problemas no disco lombar, que lideram o ranking com 45,7 mil benefícios.
O contexto de pandemia reforçou em todos – empresas, empregados, sociedade em geral – a necessidade de atitudes preventivas para a mitigação dos riscos de acidentes no trabalho. As empresas devem promover campanhas de prevenção de acidentes com a participação de representantes dos trabalhadores e empregadores, além de outros clusters para que, juntos, formem uma teia protetiva e preventiva. Isso, chama-se cultura de prevenção.
Com base nessa estratégia de mitigação de risco, é possível calcular a economia a ser gerada até o fim do ano, seja em gestão de afastados, pagamento de sinistros (incapacidade laborativa), aumento da satisfação ou segurança no ambiente laboral. O GRO, junto com o SST, deve ser encarado como um sistema resiliente, de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho, como forma de assessorar a Diretoria na tomada de decisão. Em poucas palavras: a resiliência de uma organização em matéria de SST depende do grau de maturidade do processo de gestão de riscos.
É importante criar o Quadro de Maturidade da GRO: a) vulnerável (aceita que incidentes ocorram); b) reativo (previne incidentes parecidos, estudam as NRs); c) conformidade ou compliance em gestão de afastados e gestão de pessoas (previne incidentes antes que ocorram).
As iniciativas devem ser voluntárias, ou seja, proativas (visam a melhoria constante do sistema), e a resiliência (forma de conduzir os negócios), é a capacidade da empresa responder de forma positiva às adversidades, bem como, examinar os processos de identificação, avaliação, implementação de controles, monitoramento contínuo e comunicação dos riscos.
As empresas, mesmo as de pequeno porte, necessitam para sobreviver de uma cultura de prevenção e o comprometimento de todas as áreas envolvidas. O tema da Organização Internacional do Trabalho (OIT) deste ano é: “Antecipar Crises, Preparar e Responder – Investir Hoje em SST Resilientes”. E ainda cita: a pandemia envolveu governos, empregadores, trabalhadores e a população a enfrentar desafios atípicos em relação ao coronavírus e, sobretudo, aos seus efeitos no mundo do trabalho.
É prudente pensar que o trabalhador acometido de Covid-19 e recuperado pode apresentar sequelas futuras, que podem gerar novos benefícios previdenciários, entre eles: auxílios por acidente do trabalho; auxílio incapacidade permanente (invalidez); auxílio incapacidade por doença do trabalho; auxílio incapacidade previdenciário; pensão por morte por acidente do trabalho e pensão por morte previdenciária.
Ainda cabe pensar nos custos de reposição de mão de obra, auditoria trabalhista, previdenciária/tributária, multas por descumprimento de obrigações acessórias, nas esferas tributárias, onde se verifica a responsabilidade objetiva, tanto do CNPJ, quanto dos CPFs dos gestores, além de casos em que pode haver ação penal, ação regressiva, indenização por danos morais e materiais, com pagamento de pensão aos dependentes do trabalhador/segurado, dentre outros. Enfim, o risco é bastante elevado para que as variáveis expostas acima sejam desprezadas.