Especialista em medicina preventiva alerta que médicos precisam cuidar melhor da própria saúde

Gilberto Ururahy reduzida
Gilberto: “A falta de atenção à própria saúde é uma realidade no meio médico”

É preciso que os médicos passem a cuidar melhor de sua própria saúde, alerta o diretor médico da Med-Rio Check-up, Gilberto Ururahy. Segundo ele, muitos médicos que têm feito check-up na clínica vêm apresentando sinais de estresse e depressão. Gilberto explica que a carreira médica já apresenta em si causas de estresse, como a rotina de lidar diariamente com a dor e a morte e o receio de cometer um erro.

“A falta de atenção à própria saúde é uma realidade tão presente no meio médico, que cada vez mais vemos casos de Burnout no setor. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina (AMB), 45% dos médicos brasileiros apresentam essa condição”, observa Gilberto.

A rotina estressante e o acúmulo de demandas estão entre as principais causas da doença. Segundo Gilberto, os sintomas da doença começam com a exaustão e podem se agravar com o tempo, caso não sejam tratados. Por isso, é fundamental que o médico adote hábitos de vida que tanto costuma recomendar para os pacientes, mas que nem sempre são realidade em seu dia a dia. Eles vão contribuir para reduzir o peso de fatores de risco já inerentes à profissão.

A solução passa pela adoção de hábitos que os pacientes costumam ouvir de seus médicos, como ter uma alimentação equilibrada, praticar regularmente atividade física, dedicar tempo para o lazer e ter um sono de qualidade. “Chega a ser contraditório que os cuidados necessários sejam aqueles que os médicos repetem diariamente em seus consultórios”, observa Gilberto.

Mamografia é o principal aliado para o combate ao câncer de mama

No mês da conscientização sobre o câncer de mama, a Rede D’Or São Luiz destaca a importância da mamografia para o diagnóstico precoce da doença. Criada no início da década de 90 e presente no Brasil desde 2002, a campanha Outubro Rosa vem desempenhando um importante papel na disseminação da informação sobre o segundo tumor mais frequente no mundo e o que tem maior incidência nas mulheres, havendo a estimativa de, somente no Brasil, 60.000 novos casos por ano. Entretanto, o oncologista da Oncologia D’Or Gilberto Amorim alerta que, por mais contraditório que pareça, a mamografia sofre preconceito das próprias mulheres.

“Infelizmente, ainda está presente na cabeça de muitas pessoas a terrível ideia de que “quem procura, acha”. Elas criam uma falsa expectativa de que a doença não vai se manifestar se não for ao médico ou realizar os exames preventivos. Também vemos casos de mulheres que evitam o exame devido à dor que ele provoca ou o medo da exposição à radiação, apesar do procedimento ser comprovadamente seguro e indicado pelos melhores especialistas como a principal forma de prevenção”, relata Gilberto.

O resultado é que há casos em que mulheres acabam recorrendo ao exame somente quando percebem algum sintoma, o que normalmente indica que a doença está em um estado avançado, com sérios riscos à saúde. Justamente para combater esses mitos que prejudicam o diagnóstico precoce da doença, é que a Rede D’Or São Luiz está mobilizando todo o Grupo (Hospitais, Oncologia D’Or, IDOR e a Consultoria D’Or) em prol da campanha “O Risco é Certo. O Câncer Não”. O objetivo é conscientizar que toda mulher pode apresentar o risco de desenvolver o câncer de mama, mas a realização da mamografia permite diagnosticar o tumor precocemente, aumentando as chances de cura. “Se diagnosticado no estágio inicial, a chance de sucesso do tratamento é de 95%”, destaca Gilberto.

O oncologista alerta que outro erro que as mulheres ainda cometem é confiar que o autoexame é suficiente para o rastreamento do câncer. Quando se consegue detectar o caroço com o toque, isso significa que a doença já não está em uma fase inicial. O autoexame pode levar mulheres à falsa sensação de estarem saudáveis quando o tumor já existe, mas não é possível sentir pelo toque. “A mamografia é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas”, afirma Gilberto. Ele ainda explica que apenas com a realização de uma biópsia há a certeza de que a lesão é maligna ou não.

Gilberto observa que, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a orientação é para que as mulheres, a partir dos 40 anos, realizem anualmente o exame. Também é preciso estar atento aos hábitos que auxiliam na prevenção da doença. Alimentação saudável, atividade física e controle do peso corporal podem cooperar para evitar 28% dos casos de câncer de mama. “Consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivos orais, excesso de peso, principalmente na pós-menopausa, e terapia de reposição hormonal aumentam o risco de câncer de mama”, explica o oncologista.

Prevenção é o caminho para empresas reduzirem custos com saúde, aponta diretor médico da Med-Rio Check-up

Gilberto Ururahy reduzida
Ururahy orienta que gestão dos serviços de saúde nas organizações precisa estar na mão de quem conhece o setor

O diretor médico da Med-Rio Check-up, Gilberto Ururahy, faz palestra nesta sexta-feira (27) sobre “Saúde é Prevenção”, na McKinsey Company. Ururahy observa que hoje, o plano de saúde é o segundo maior custo de uma empresa, respondendo, em média, de 12 a 15% da folha de pagamento. Além disso, estudos mostram que profissionais que não conseguem se concentrar no trabalho, devido à má condição de saúde, chegam a ter sua produtividade reduzida em quase oito vezes. O que se vê em muitos desses casos é o presenteísmo, a condição de estar presente no local de trabalho, mas com rendimento reduzido. Naturalmente, funcionários mais produtivos geram mais resultados para a organização.

Esse cenário demonstra que atenção à saúde dos funcionários é um fator estratégico para as organizações, pois impacta diretamente na produtividade e nos custos. Porém, o diretor médico da Med-Rio alerta que é preciso que a empresa coloque a gestão da saúde na mão de quem conhece o setor. Em uma organização, a área de RH é aquela que solicita, por exemplo, o serviço de check-up médico para os funcionários. No entanto, é a área de compra ou suprimentos que busca no mercado as clínicas que prestam o serviço. Na maioria das vezes são profissionais que desconhecem as singularidades dos serviços de saúde.

“Tomar decisão para contratação de serviço de saúde, sem conhecer os prestadores in loco, utilizando-se de e-mails e propostas, sem realizar uma visita técnica, é uma decisão extremamente frágil e arriscada para os usuários. O resultado é a contração de serviços que não atendem a necessidade da empresa. Isso significa aumento de custos e desperdício de recursos”, explica Ururahy.

Não é por acaso que a Med-Rio alcançou a impressionante marca de 140 mil check-ups de executivos, realizados em 29 anos de existência. Foi com base em excelência, inovação e modernidade que a empresa tornou-se líder em medicina preventiva no Brasil e fonte de benchmark para clínicas de Genebra, na Suíça.

Investir em prevenção para garantir a saúde financeira das empresas

A saúde do funcionário reflete em sua produtividade

Os planos de saúde respondem hoje por até 15% de toda a folha a de pagamento de uma empresa, representando a segunda maior despesa das organizações. Frente a esse cenário, o diretor médico da Med-Rio Check Up, Gilberto Ururahy, relata que deveria ser parte das estratégias das organizações incentivar os funcionários a adotar hábitos saudáveis, para reduzir os gastos com o benefício. Ele também observa que é importante que as empresas tenham o suporte de quem conhece sobre saúde.

Gilberto Ururary alerta que a gestão de saúde nas empresas precisa ser feita por que conhece o assunto

“Em muitos casos, é o RH o responsável pelos programas promoção de saúde nas organizações. Mas, na maioria das vezes, os profissionais de recursos humanos são leigos sobre gestão de saúde. O resultado é que contratam serviços sem conhecimento, o que aumenta o desperdício e não alcança os resultados almejados”

Segundo estudos, cerca de 70% das doenças têm relação com o estilo de vida da pessoa. Isso significa dizer que basta mudar os hábitos de vida, para que reduza a incidência da maior parte de enfermidades. “Imagina o quanto uma empresa, com uma gestão de saúde correta, pode economizar com os elevados custos dos planos de saúde”, destaca o diretor médico da Med-Rio, que também observa que a redução do uso do benefício diminui a sinistralidade. “Isso coloca a empresa numa situação favorável na hora de negociar a renovação do contrato com a operadora”.

Os hábitos de vida também refletem na produtividade dos funcionários. Ururahy, que também é um dos principais especialistas em medicina preventiva no país, alerta que estudos mostram que profissionais que não conseguem se concentrar no trabalho devido à má condição de saúde chegam a ter sua produtividade reduzida em quase oito vezes. O que se vê em muitos desses casos é o presenteísmo, a condição de estar presente no local de trabalho, mas com rendimento reduzido.

“A área de RH sabe o quanto é oneroso substituir um profissional estratégico que se afastou de suas funções, subitamente, por razões de saúde. É oneroso sobre vários prismas: da segurança empresarial, da quebra da engrenagem com consequente perda de resultados, além da falta de segurança, baixa do bem-estar entre os pares e aumento do absenteísmo”, relata.