Após reclamação de consumidores, Procon notifica 123 Milhas
Plano de devolução de valores deve ser apresentado até 6 de setembro

 

Da Agência Brasil

O Procon-SP notificou a empresa 123 Milhas para que explique por que não estaria entregando bilhetes aéreos e vouchers de hospedagem adquiridos por consumidores. Segundo notícia publicada no Portal Uol, clientes da empresa foram às redes sociais e ao Procon para relatar que os bilhetes comprados por meio da 123 Milhas não estavam sendo emitidos.

Até o dia 6 de setembro, a empresa terá que responder ao Procon sobre o plano de devolução dos valores pagos pelas pessoas que não tiveram a prestação do serviço concluída. Será preciso também detalhar informações sobre os pacotes oferecidos, demonstrar a viabilidade de cumprimento contratual e informar quantos consumidores estão com a prestação de serviços em aberto entre os meses de julho e agosto deste ano.

A 123 Milhas precisa enviar cópias integrais dos contratos firmados nos últimos três meses. Além disso, o órgão de defesa do consumidor pede que a empresa comprove se seus canais de atendimento estão recebendo e tratando adequadamente as dúvidas e reclamações encaminhadas pelos clientes.

Procurada pela Agência Brasil, a 123 Milhas informou que os problemas já foram resolvidos e que os casos foram “pontuais e decorrentes de uma inconsistência temporária no sistema, e não uma ação deliberada”.

“Todos os clientes da 123 Milhas, conforme as regras do produto, terão seus bilhetes emitidos na data acordada no ato da compra”, informa a empresa.

Nota da 123 Milhas informa ainda que serão respondidos os questionamentos feitos pelo Procon e que, até 6 de setembro, “não haverá nenhum cliente com prestação de serviço em aberto para os meses de julho, agosto ou setembro” deste ano.

Procons registram quase 2 milhões de atendimentos em 2021
Questões ligadas a bancos foram as que mais geraram demandas

 

Da Agência Brasil

Os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) registraram 1.823.797 atendimentos em todo o país, em 2021. Os dados constam do levantamento Consumidor em Números 2021, divulgado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom).  A média é de 150 mil atendimentos mensais.

Já os atendimentos feitos pela plataforma Consumidor.gov.br somaram 1.434.101 reclamações finalizadas. Juntos, os dois canais totalizaram mais de 3,2 milhões de atendimentos no ano passado.

No casos dos Proncons, as reclamações representaram a maior parte (78,9%), com 1.440.411 atendimentos. Na sequência, estão consultas e orientações prestadas aos consumidores pelos Procons, com 343.030 atendimentos (18,8%).

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (14), mostram ainda mais 40.356 atendimentos classificados como Extra Procon, que representam 2,2% do total e se referem a orientações nos casos em que não há relação de consumo.

Os setores que mais levaram os consumidores aos Procons foram os serviços financeiros, com 21,6% dos atendimentos; operadoras de telecomunicações, com 17,4%; Varejo e Comércio Eletrônico, com 10,6%; Concessionárias de Energia Elétrica, com 5,2% e Indústria, com 3,1% dos atendimentos registrados.

Questões relacionadas aos bancos foram os assuntos que mais geraram demandas dos consumidores. Os dados mostram que, em 2021, foram 184.209 atendimentos relacionados aos bancos comerciais, o que representa 10,3% do total de atendimentos.

Nas sequência, vêm questões relacionadas à telefonia celular (9,7%0, com 172.791 atendimentos; energia elétrica (5,7%), com 102.169 atendimentos; na quarta posição temas relacionados ao cartão de crédito (5,3%), com 93.662 atendimentos; e telefonia fixa (4,7%), com  84.150 atendimentos.

Plataforma

Entre os principais problemas relatados pelos consumidores estão as cobranças, que representaram 37,1% das reclamações e 660.952 atendimentos; em seguida, problemas com contrato, com 16% das reclamações, totalizando 285.457 atendimentos; e problemas de vício ou má qualidade de produto ou serviço, com 241.819 atendimentos, representando 13,6% do total.

Além dos atendimentos nos Procons, o boletim traz dados relativos à plataforma Consumidor.gov.br. Lançada em 2014, a ferramenta já registrou mais de 5 milhões de reclamações e conta com uma base de 3,5 milhões de usuários cadastrados e mais de 1.148 empresas credenciadas.

Segundo o boletim, em 2021, foram 1.434.101 reclamações finalizadas e 183 novas empresas cadastradas.

“Atualmente, 78% das reclamações registradas na plataforma são solucionadas pelas empresas participantes, que respondem às demandas dos consumidores em um prazo médio de 7 dias”, diz o documento.

No ano passado, os bancos, financeiras e administradoras de cartão (29%), as operadoras de telecomunicações (21,1%), o comércio eletrônico (7,4%), transporte aéreo (7,1%); empresas de pagamento eletrônico (4,5%) foram os mais reclamados pelos consumidores que acessaram a plataforma.

Dentre ooutros assuntos mais reclamados, destacam cartão de crédito/débito/loja, com 9,2% das reclamações e 131.647 atendimentos. Em seguida vem crédito consignado/cartão de crédito consignado/RMC (para beneficiários do INSS), com 7,7% do total de atendimentos e 110.211 reclamações.

Em seguida aparecem assuntos relacionados a transporte aéreo” (7,5%), com 107.960 atendimentos, seguido de bancos de dados e cadastro de consumidores (5,7%), com 81.945 atendimentos e, ainda, as reclamações relacionadas à telefonia móvel pós-paga  (5,3%), com 75.765.

Com relação às principais queixas apresentadas pelos na plataforma Consumidor.gov.br, questões relativas a cobranças e contestações aparecem como as mais reclamadas em 2021, totalizando 52,1% das reclamações. Problemas relacionados a contrato/oferta aparecem com 23,8%; seguido de atendimento/SAC, com 19,1%. Em quarto, aparecem problemas relacionados à Informação, com 6,9% e, em quinto lugar, problemas relativos à entrega do produto”, com 5,3% das reclamações.

Procon-SP notifica Facebook por falha em aplicativos
Empresa menciona problemas internos na rede

 

Da Agência Brasil

O Procon de São Paulo notificou o Facebook no Brasil para explicar a falha que deixou os serviços da empresa fora do ar na última segunda-feira (4). WhatsApp, Facebook e Instagram, integrantes da mesma empresa, ficaram sem funcionar por mais de seis horas.

Segundo o órgão de defesa do consumidor, se o problema não tiver sido causado por um evento externo, fora do controle da empresa, pode haver responsabilização.

“O Procon-SP pretende identificar as causas da pane geral e punir as empresas com multas superiores a R$ 10 milhões, salvo se houver justificativa de evento fortuito, externo e incontrolável, e assim fixar responsabilidades para futuras ações individuais reparatórias”, disse o diretor do Procon, Fernando Capez.

Providências

Além de esclarecimentos sobre as razões do mau funcionamento, o Procon deseja que a empresa explique as providências tomadas para restabelecer os serviços e reduzir os impactos da interrupção para os usuários. Foi solicitado, ainda, que seja detalhado o tempo exato e quantas pessoas foram afetadas pelo problema no estado de São Paulo.

O Facebook disse que está disponível para dar os esclarecimentos necessários. “Sabemos da importância de nossos produtos e serviços para pessoas e empresas. Trabalhamos arduamente para restaurar o acesso a nossos aplicativos o mais rápido possível, o que ocorreu em algumas horas”, disse nota da empresa.

Os diretores da sede da empresa, nos Estados Unidos, atribuíram a falha, que afetou o funcionamento dos aplicativos em todo o mundo, a problemas internos na rede da companhia.

Procon promove VI Seminário de Capacitação e Atualização em Direito do Consumidor
As inscrições são gratuitas

 

 

Da Redação

Acontece nesta quinta-feira (29) o IV Seminário de Capacitação e Atualização em Direito do Consumidor do Procon, desta vez com enfoque  em empréstimo consignado. O evento é online e gratuito. Todos que assistirem terão direito ao certificado de participação. Para se inscrever acesse o link https://eventos.congresse.me/proconrj.

Desde o inicio do ano, o Procon vem promovendo uma série de seminários de capacitação e atualização em Direito do Consumidor. Este será o quarto evento realizado. O primeiro foi sobre combustíveis, o segundo sobre planos de saúde e o terceiro sobre e-commerce.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

14:00 – Abertura
. Dr. Cássio Coelho (Presidente do Procon-RJ)
. Des. Werson Rêgo (Coordenador Acadêmico do evento)

14:20 – PALESTRA DE ABERTURA: DRA. JULIANA DOMINGUES – Secretária Nacional do Consumidor/MJSP – Superendividamento e a política de proteção e defesa do consumidor.

15:00 – DR. ALESSANDRO ROOSEVELT (Diretor de Atendimento do INSS) – Atuação para evitar fraudes em consignados.

15:40 – *DR. SERGIO JOSE MESQUITA GOMES *(Chefe do Departamento de Conduta do BACEN) – A atuação do BC no segmento de consignados.

16:20 – *DRA. CLARISSA COSTA DE LIMA *(Juíza de Direito / TJRS) – Superendividamento e a proteção do consumidor de crédito.

17:00: DRA. TERESA CRISTINA ATHAYDE MARCONDES FONTES (Diretora Jurídica do Itaú Unibanco) – Créditos Consignados.

17:40 – Dr. WALTER CAPANEMA (Advogado, Consultor e Professor) – Contratação Eletrônica.

18:20 – *PALESTRA DE ENCERRAMENTO: DR. RICARDO MORISHITA *(Doutor em Direito do Consumidor) – Aspectos relevantes da atualização legislativa sobre superendividamento.