Produção de veículos no país aumenta 27,1% de janeiro a novembro

De janeiro a novembro deste ano, a produção de veículos no país aumentou 27,1%, totalizando 2,485 milhões de unidades. Na comparação de novembro com o mesmo mês do ano passado, a produção cresceu 15,2%, ao passar de 216,3 mil para 249.089 mil unidades. Na comparação mês a mês (novembro com outubro), houve queda de 0,3%.

“Ainda temos capacidade ociosa importante na ordem de 45%, que começa a se reduzir, mas ainda está alta, principalmente no setor de caminhões, 75%”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale.

Ao divulgar os dados nesta quarta-feira (6), na capital paulista, Megale informou que as vendas internas de novembro foram 0,7% superiores às de outubro, chegando a 204,2 mil unidades. No acumulado do ano, o total licenciado chegou a 2,027 milhões, número 9,8% maior do que o de igual período do ano passado. Na comparação com o mesmo mês de 2016, houve aumento de 14,6%.

Segundo Megale, pela primeira vez no ano, foram licenciadas mais de 10 mil unidades por dia. “Este é o melhor número desde 2014, e nos dá uma confiança maior. Começamos o ano com 6.600 unidades em janeiro.”

Já as vendas de máquinas agrícolas e implementos rodoviários caíram 21,4% nos meses de outubro e novembro,. Em relação a novembro do ano passado, houve queda de 14,9%. No acumulado do ano, o resultado foi no sentido contrário, com elevação de 2,6%.

Exportações e emprego

A venda de veículos para o exterior aumentou 18,7% em novembro, na comparação com outubro, passando de 73 mil unidades. Em relação a novembro do ano passado, as exportações aumentaram 28,8% e, no acumulado do ano, 53,3%, alcançando 700,893 mil unidades. “Foi um mês excepcional: 73 mil é um número de recorde histórico para o mês. O acumulado de mais de 700 mil também é uma excelente notícia e outro recorde. Mostra o esforço feito pelas empresas, a melhoria na questão cambial e a evolução tecnológica dos produtos”, afirmou Megale.

Segundo a Anfavea, o emprego no setor ficou estável em novembro, com queda de 0,3%, na comparação com outubro. Em relação a novembro do ano passado, houve alta de 2,5%. De acordo com a Anfavea, foram “pequenas variações” normais.

“Mês passados, tinhamos 3.528 pessoas em lay-off e PSE [Programa Seguro-Emprego] e neste mês temos 3.332. Não abrimos, nem fechamos postos de trabalho. Em março de 2016, tínhamos mais de 38 mil pessoas em lay-off ou PSE, ou seja colocamos 35 mil pessoas de volta ao trabalho”, concluiu a associação.

Produção de veículos cai em setembro

A produção de veículos no país em setembro teve uma queda de 9,2% em relação a agosto, atingindo 236.944 unidades. Mas na comparação com o mesmo mês do ano passado, cresceu 39,1%. No acumulado do ano, foram montados 1.986.654 veículos, aumento de 27% na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados hoje (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com relação às vendas, setembro também apresentou queda. No mês passado foram vendidas 199.211 unidades, queda de 8% em relação a agosto. No entanto, as vendas de veículos subiram 24,5% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, foram licenciadas 1.620.005 unidades, o que representa alta de 7,4% ante o mesmo período do ano passado.

As exportações somaram 60.049 veículos, alta de 52,2% em relação a setembro de 2016. Em relação a agosto, houve queda de 10,1% e, no acumulado do ano, um aumento de 55,7%.

Rogério Golfarb, vice-presidente da Anfavea, avalia que os expressivos aumentos nas exportações é favorável para o setor. “Foi influenciado por uma assimilação positiva do mercado da América do Sul, como Argentina, México, Uruguai e Colômbia”, disse.

Foram mantidas 126.280 vagas de emprego no setor durante setembro, alta de 1,3% em relação a setembro do ano passado. Não houve variação em relação a agosto. Foi registrada queda do número de empregados em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), que passaram de 3.432 em agosto para 2.964 em setembro. A quantidade de funcionários em Programa Seguro Emprego (PSE) caiu de 2.888 em agosto para 2.867 no mês passado.

“Seja em layoff ou seja em PSE, são esses mecanismos importantes em período de crise. À medida que vemos a retomada, esses funcionários passam a migrar e voltar, e contribuir para a produção”, avalia Golfarb.

Previsões

As projeções de resultados para o final do ano, revistas no mês passado, tem como expectativa aumento de vendas de 7,3%; alta na produção, de 25,2%, e nas exportações de 43,3%. O vice-presidente da Anfavea disse que há uma recuperação gradual, mas quando se observa o ambiente macroeconômico, ainda não é possível enxergar um crescimento robusto. “É prematuro usar os números de setembro e acreditar que vai ser sustentável até o final do ano. Por isso, estamos sendo cautelosos”, disse.

Estimativa de produção cresce e safra deve ser 25,1% maior

A estimativa de março para a safra de grãos de 2017 é ainda maior que a de 2016, e a produção total deverá ter expansão de 25,1%. Em fevereiro, os cálculos apontavam para uma produção maior: 2,7% no volume da produção (a maior da história) e 0,6% na área a ser colhida.

Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março, divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Rio de Janeiro. A terceira estimativa para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica que a produção total este ano será de 230,3 milhões de toneladas, contra as 184 milhões de toneladas produzidas na safra de 2016.

Também houve crescimento de 6,3% na estimativa da área a ser colhida, que deve atingir 60,7 milhões de hectares, contra 57,1 milhões de hectares do ano passado.

O arroz, o milho e a soja continuam sendo os três principais produtos da safra, representando 93,5% do total da produção e 87,7% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,5% na área da soja, de 14,8% na área do milho e de 3,9% na área de arroz. Quanto à produção, houve acréscimos de 15,9% para a soja, 13,9% para o arroz e 45,8% para o milho.

Também nas estimativas de março, Mato Grosso continua como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 25,3%, seguido pelo Paraná (18,3%) e Rio Grande do Sul (14,8%). Juntos, os três estados responderão por 58,4% do total nacional previsto.

Outros estados importantes na produção de grãos foram Goiás (9,9%), Mato Grosso do Sul (7,5%), Minas Gerais (5,9%), São Paulo (3,5%), Bahia (3,4%), Santa Catarina (2,9%) e Maranhão (2,1%), que integram também o grupo dos dez maiores produtores do país.

Outra constatação é que o Centro-Oeste continua como a maior região produtora do país, respondendo por 43% do total da produção nacional. Depois, aparecem as regiões Sul (36,1%), Sudeste (9,5%) e Nordeste (9,5).

Produtos

Dentre os 26 principais produtos envolvidos na pesquisa do IBGE, 15 apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaque para o algodão herbáceo em caroço, cuja produção será 7,3% maior, amendoim em casca segunda safra (35,7%), arroz em casca (13,9%), feijão em grão primeira safra (38,5%), feijão em grão segunda safra (37,7%), milho em grão primeira safra (24,4%), milho em grão segunda safra (59,2%) e soja em grão (15,9%).

Na outra ponta, entre os 11 produtos com variações negativas, aparecem amendoim em casca primeira safra (-2,4%), aveia em grão (-21,3%), batata-inglesa terceira safra (-16,1%), café em grão – arábica (-16,1%), laranja (-7,3%) e trigo em grão (-13,8%).