Preço do gás natural terá redução a partir de hoje no Rio de Janeiro
Reajuste é decorrente da redução do preço de aquisição do gás

Da Agência Brasil

A partir de hoje (1º), consumidores residenciais, comerciais e industriais do Rio de Janeiro, terão redução na conta de gás natural. A concessionária Naturgy informa que o reajuste nas tarifas é decorrente da redução no custo de aquisição do gás natural fornecido pela Petrobras, conforme anunciado pela estatal no dia 10 de janeiro.

Na Região Metropolitana, reajuste será de -3,26% para o segmento residencial, -3,38% para o comercial , -8,61% para postos de GNV e de -8,38% para as indústrias.

Já para os clientes que moram no interior do estado, a variação será de -4,53% para residências, – 5,24% para o comércio, -9,26% para postos de GNV e -9,04% para indústrias.

Rio inaugura Super Centro de Vacinação em edifício histórico
Local vai ofertar todos os imunizantes ofertados pelo SUS diariamente

Da Agência Brasil

Em cerimônia realizada hoje (28), a prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou o Super Centro Carioca de Vacinação, que possui capacidade para atender até 600 pessoas por dia. No local, serão ofertados todos os dias da semana, das 8h às 22h, todos os imunizantes especiais assegurados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

A inauguração da estrutura é uma das últimas ações de Daniel Soranz como secretário municipal de Saúde. Eleito deputado federal, ele tomará posse na próxima semana. Segundo Soranz, a nova unidade amplia acesso à vacinação, beneficiando a população. Ele disse que, além de acompanhar o calendário geral de vacinação, o local estará preparado para atender casos específicos, como pacientes esplenectomizados (que retiraram totalmente ou parcialmente o baço) e pacientes alérgicos a algum componente vacinal.

Mais duas unidades similares ainda serão estruturadas pelo município. Uma delas ficará dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte da capital fluminense. A outra, que deve ser inaugurada em janeiro de 2024, funcionará na Policlínica Manoel Guilherme da Silveira Filho, em Bangu, na zona oeste.

O serviço de imunização continuará funcionando nas clínicas da família e nos postos de saúde do município. Nestes locais, os atendimentos ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados até o meio-dia.

Prédio histórico

O Super Centro Carioca de Vacinação foi estruturado em um edifício histórico no bairro de Botafogo, inaugurado em 1905. O autor do projeto arquitetônico foi Luiz Moraes Júnior, também responsável pelo Castelo Mourisco da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “A cidade tem um sentimento de afeto por este prédio. E poder resgatar a sua função original é incrível”, disse Soranz.

Idealizado pelo sanitarista Oswaldo Cruz, o edifício desempenhou um papel importante em campanhas de vacinação contra a varíola e a febre amarela. Também abrigava um desinfectório, voltado para o isolamento de pacientes com peste bubônica e com outras doenças contagiosas, os quais deviam cumprir normas rígidas de higienização pessoal e de objetos pessoais. Os métodos de Oswaldo Cruz, considerados drásticos por outros médicos da época, trouxeram resultados positivos para o combate à peste bubônica, à varíola e à febre amarela na capital fluminense.

Nos últimos anos, funcionava no edifício um setor administrativo do Hospital Municipal Rocha Maia. Ele foi submetido a uma reforma para abrigar o Super Centro Carioca de Vacinação. A inauguração do espaço contou com a presença do prefeito Eduardo Paes e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, justificou sua ausência em função de compromissos da pasta e enviou uma carta de saudação. Padilha informou que ela viajaria ainda neste sábado para acompanhar a posse do médico brasileiro Jarbas Barbosa como diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A cerimônia ocorrerá na terça-feira (31), na sede da entidade, em Washington, nos Estados Unidos.

Nísia deverá cumprir agenda no Rio de Janeiro na primeira semana de fevereiro, junto com o presidente Lula. Na capital fluminense, eles vão inaugurar o Programa Nacional de Redução de Filas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Cobertura vacinal

Em seu discurso, Padilha criticou a condução do combate à pandemia de covid-19 pelo governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o desestímulo à vacinação fez com que o Brasil deixasse de ser uma referência internacional. “Sempre cumprimos todas as metas vacinais. Nunca imaginei na minha vida que íamos viver o que a gente viveu no meio da pandemia de covid-19. Uma campanha pública e institucional negacionista contra as vacinas”, lamentou.

O ministro disse que será iniciado a partir de fevereiro não uma campanha, mas um movimento de vacinação. “O Zé Gotinha voltou e o Brasil vai voltar a ser referência”. Segundo Soranz, um dos principais esforços deve ser voltado para o cumprimento do calendário infantil. Ele citou preocupações com a queda na cobertura vacinal de poliomelite .

“Uma reintrodução pode causar muitos danos. É uma doença que causa sequelas irreversíveis. Então insistimos que os pais vacinem contra a poliomelite. E também contra outras doenças como rubéola e caxumba. São doenças que a gente já não via há muito tempo e voltaram a circular no mundo devidos aos movimentos antivacinas”, disse.

Covid-19

A vacinação contra a covid-19 para crianças entre 6 meses e 4 anos deve começar em fevereiro, com a chegada de uma nova remessa de imunizantes da Pfizer que será distribuída aos municípios pelo Ministério da Saúde. Até então, nessa faixa etária, foram vacinadas no Rio de Janeiro apenas crianças com comorbidades. “É uma vacina ainda sem atualização, mas muito eficaz para evitar os casos graves e óbitos”, disse Soranz.

Para os adultos, está prevista para o próximo mês a aplicação de uma dose de reforço com a nova geração de vacinas, que protege contra diferentes variantes do vírus da covid-19. “Hoje temos no Rio de Janeiro apenas 15 pacientes internados. Isso ocorre porque temos uma alta cobertura vacinal: 99% da população receberam pelo menos duas doses. Para manter o panorama epidemiológico favorável, é necessário que todos tomem as doses de reforço”, reiterou Soranz.

Porto do Rio vai reajustar tarifas congeladas desde 2016
Índice médio de aumento é de 29,07%

Da Agência Brasil

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou a Portos Rio Autoridade Portuária a reajustar as tarifas do Porto do Rio de Janeiro, que não eram alteradas desde 2016. As novas tarifas, bem como seus limites máximos e a estrutura tarifária, entrarão em vigor em 30 dias úteis, a contar do dia 19 deste mês, quando a deliberação da agência reguladora foi publicada. 

Com a homologação do pedido de padronização tarifária e de reajuste tarifário, referente ao período de 20 de outubro de 2016 a 31 de maio de 2022, a Antaq autorizou um índice de reajuste médio de 29,07% e efeito médio tarifário de 12,33%.

De acordo com o diretor de Negócios e Sustentabilidade da PortosRio, Jean Paulo Castro e Silva, com a reestruturação tarifária, que revisou as tabelas defasadas, a PortosRio garante a devida remuneração pela infraestrutura portuária, que permitirá promover ganhos de eficiência a serem revertidos em benefício dos usuários do Porto do Rio.

As tarifas portuárias são cobradas pelo porto aos armadores (companhias de navegação), às empresas arrendatárias, operadores e usuários em geral, incidindo sobre o uso da infraestrutura de acesso aquaviário; de acostagem; terrestre; de armazenagem; entre outros serviços diversos. No acesso aquaviário, a cobrança é feita sobre a capacidade total das embarcações, não importa se vazias ou lotadas, porque todos os navios utilizam a mesma infraestrutura portuária pública e demais serviços.

Ganhos de eficiência são esperados porque o montante arrecadado com as tarifas é usado pela Autoridade Portuária para a melhoria do porto, uma vez que as tarifas cobrem os custos para manter as condições de navegação desde o canal de acesso até os berços de atracação.

A receita das operações portuárias também é utilizada para custear as redes e sistemas da área do cais, bem como a vigilância, de responsabilidade da Guarda Portuária, além das despesas indiretas com a administração portuária.

Policial civil do Rio é suspenso por apoio a ato antidemocrático
Ele utilizou viatura da corporação em protesto contra vitória de Lula

Da Agência Brasil

Um policial civil do Rio de Janeiro, que não teve o nome ou cargo informado pela corporação, foi punido com 15 dias de suspensão depois de ter se dirigido com uma viatura a um ato antidemocrático, em 2 de novembro do ano passado, e hasteado a bandeira do Brasil. Segundo a assessoria de imprensa da força policial, a punição foi definida pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL), com a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), e prevê que o agente não receberá o salário correspondente aos dias em que estará suspenso.

A cena foi flagrada em vídeo e publicada nas redes sociais. As imagens mostram a viatura da 24ª Delegacia Policial (Piedade) passando em meio a um grupo de bolsonaristas que ocupava a Avenida Presidente Vargas, em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio. As sirenes estão ligadas, e a Bandeira do Brasil é hasteada na janela do motorista da viatura.

O grupo contestava a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição e reivindicava que as Forças Armadas dessem um golpe de Estado para reverter o resultado do pleito, favorecendo o então presidente Jair Bolsonaro.

A 24ª DP, na zona norte do Rio, fica a pelo menos 16 quilômetros de distância da Praça Duque de Caxias, onde ocorria a manifestação. A Agência Brasil perguntou à polícia se o agente realizava algum patrulhamento na área ou se deslocou para lá apenas para manifestar apoio ao ato, mas não teve resposta até o fechamento desta matéria.

O ato de 2 de novembro, na primeira quarta-feira depois do segundo turno das eleições, deu início ao acampamento em frente ao Comando Militar do Leste, onde os bolsonaristas mantiveram os pedidos por um golpe militar até a semana passada. A área então foi desmontada, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, em reação aos ataques considerados terroristas na Praça dos Três Poderes.