Campanha de doação de sangue “Seu Tipo Salva Vidas” chega a sua terceira edição
Posto de coleta móvel vai estar hoje e amanhã no Teatro Riachuelo

 

As duas primeira edições registram 400 doações

 

Da Redação

Pela terceira vez no ano, o GSH Banco de Sangue Serum e a Rede D’Or realizam a campanha #SeuTipoSalvaVidas. Um posto de coleta de sangue temporário estará no Teatro do Riachuelo hoje e amanhã. Lançada do ano passado, a ação busca sensibilizar e engajar a população sobre a importância da doação de sangue. Uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas adultas ou oito crianças. Nas duas primeiras edições, foram coletadas cerca de 400 bolsas, e a expectativa atual é de receber até 300 doações de sangue, nos dois dias da campanha.

Os números registrados ratificam o sucesso da campanha, bem como a escolha por montar o posto de coleta dentro de um teatro no Centro do Rio. A intenção desde o início era facilitar a participação e, assim, permitir que pessoas pudessem doar pela primeira vez.

Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas cerca de 1,8% da população brasileira é doadora, já a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que esse índice chegue a, no mínimo, 3%. O sangue doado é utilizado principalmente em atendimentos de urgências e realização de cirurgias de grande porte, além de ser fundamental para pessoas em tratamento de câncer que necessitam de transfusão.

“A iniciativa tem possibilitado que mais pessoas entrem nessa corrente do bem pela vida. Não só leva a cultura da doação até as pessoas que eventualmente não conseguem ir até o Banco de Sangue, como também auxilia no equilíbrio dos estoques que costuma estar sempre no limite”, diz Mário Sampaio, profissional de captação de doadores do GSH Banco de Sangue Serum.

A estrutura levada ao Teatro Riachuelo conta com toda a expertise dos dois grupos de saúde envolvidos para promover uma experiência agradável aos doadores, uma vez que estes são peças fundamentais para o sucesso da campanha. Vice-presidente médico da Rede D’Or, Leandro Reis ressalta que a campanha permanecerá no ano que vem, pois desempenha um importante papel em divulgar o tema e incentivar a participação da população. “Vamos continuar trabalhando em conjunto com o Grupo GSH para engajar a sociedade nesta causa. Por isso, convido as pessoas a virem doar sangue, pois teremos toda a estrutura para receber os voluntários com toda a segurança”, afirma.

Governo tem novos critérios para doação de sangue devido à febre amarela

Medidas visam prevenir a transmissão da febre amarela

Candidatos a doação de sangue que tiverem sido vacinados para o vírus da febre amarela devem aguardar quatro semanas, a partir da data da vacinação, para doar sangue. Já os candidatos que foram infectados pelo vírus serão considerados inaptos para doação por um período de seis meses. As recomendações foram divulgadas hoje (2) por meio de Notas Técnicas conjuntas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde. A medida inclui a triagem de doadores de órgãos e tecidos e visa a prevenção da transmissão do vírus da febre amarela.

As notas foram emitidas considerando os recentes registros de casos de febre amarela silvestre em regiões do Brasil, alertando para a necessidade de se considerar o risco de transmissão dessa doença por meio de transfusão sanguínea ou transplante, isso porque há relatos de transmissão do vírus da febre amarela por transfusão após a vacinação de doadores de sangue.

Candidatos à doação de sangue que vivam em áreas silvestres, rurais ou de mata dos municípios com casos suspeitos ou confirmados de febre amarela e que não tenham sido vacinados deverão ser considerados inaptos. Doadores que viajaram para as áreas de risco e que também não tenham sido vacinados serão considerados inaptos por 30 dias após o retorno da área de risco.

A recomendação também informa que os doadores devem ser instruídos para que comuniquem o serviço de hemoterapia caso apresentem qualquer sinal ou sintoma de processo infeccioso até 14 dias após a doação.

De acordo com Ministério da Saúde, o principal fator de risco é a exposição de indivíduos não vacinados a áreas silvestres, rurais ou de mata dos municípios identificados. “Até o momento, não existem informações seguras disponíveis sobre o tempo de inaptidão à doação de sangue após a recuperação completa quando o indivíduo tiver sido infectado pelo vírus da febre amarela”, diz a recomendação conjunta.