Febre amarela matou 12 pessoas no estado de São Paulo desde o ano passado

O surto de febre amarela no estado de São Paulo já causou 12 mortes desde o ano passado e uma pessoa segue internada no Hospital das Clínicas, em estado grave. O caso divulgado mais recentemente é o de um homem, de 69 anos, morador de Guarulhos. Ele morreu em 25 de dezembro, após ter sido infectado em sua chácara, em Nazaré Paulista, município localizado próximo ao limite com a cidade de Mairiporã, ao Norte da Grande São Paulo.

Segundo a Secretaria de Saúde de Guarulhos, o resultado da necropsia confirmando a causa da morte foi divulgado neste final de semana, mas a família foi informada sobre os exames solicitados (de leptospirose e febre amarela), no último dia 5. “O homem, morador do Jardim Munhoz, região da Ponte Grande, esteve acompanhado da esposa duas vezes na chácara em Nazaré Paulista, em dezembro”, diz a nota da Secretaria.

A vítima apresentou os primeiros sintomas, no último dia 18 de dezembro, tendo sido encaminhado para atendimento médico, dois dias depois, no Hospital Municipal do Tatuapé, bairro da zona leste da capital paulista, onde ficou internado por um dia. Como houve piora em seu estado de saúde, ele foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital particular, mas não resistiu à enfermidade e morreu no dia 25.

De acordo com a prefeitura de Guarulhos, a confirmação de que se tratava mesmo de febre amarela foi transmitida à família, no último dia 5 de janeiro. A prefeitura informou ainda que desde os primeiros casos de mortes de macacos infectados na Serra da Cantareira, a Secretaria Municipal de Saúde vem mantendo ações diversas de imunização. No último sábado, houve vacinação nas Unidades Básicas de Saúde do Jardim Munhoz, Ponte Grande e Cavadas.

Outras duas mortes por febre amarela silvestre, na Grande São Paulo, as primeiras deste ano de 2018, foram confirmadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no último sábado (6). Os casos tiveram origem em Mairiporã.

São Paulo vai vacinar 2,5 milhões de pessoas contra febre amarela

A prefeitura de São Paulo anunciou que pretende vacinar 2,5 milhões de pessoas contra a febre amarela nas próximas semanas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que vão oferecer a imunização será ampliado de quatro para 33 a partir de amanhã (25).

A decisão foi tomada após a confirmação de que um macaco do tipo bugio foi encontrado morto no Horto Florestal, na Serra da Cantareira, zona norte da capital, foi vítima da doença. São esperados os resultados de exames realizados em outros dois animais.

A Serra da Cantareira é uma vasta área coberta por vegetação natural com grande população de várias espécies de macacos. Desde o dia 20, as duas grandes áreas públicas da região, o Horto Florestal e o Parque da Cantareira, foram fechadas à visitação depois que foi confirmada a contaminação num dos animais.

“Nossa expectativa é vacinar 500 mil pessoas na primeira fase de imunização, outras 500 mil na segunda e mais 1,5 milhão na terceira, totalizando 2,5 milhões”, explica Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde. “Teremos vacina suficiente para toda a população que precisa ser imunizada. Não há motivo para pânico”, completou. Nesta terça-feira (24), São Paulo deve receber um lote de 500 mil doses.

Segundo balanço parcial divulgado pela secretaria, de sábado (21) até agora foram imunizadas emergencialmente 12 mil pessoas na região do Horto. No entanto, desde setembro a prefeitura vinha vacinando preventivamente os moradores da região. Nas quatro UBS do distrito Anhanguera, que começaram a dar a vacina no mês passado, 35 mil doses já haviam sido aplicadas.

Nesta primeira fase, serão vacinadas crianças com idade a partir de 9 meses que residam num perímetro de até 500 metros das margens dos dois parques. Na segunda etapa, o limite será ampliado para 1000 metros e a terceira fase dependerá de nova avaliação epidemiológica.

A febre amarela silvestre, que foi identificada no bugio, é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, comuns em regiões de mata. A transmissão para humanos ocorre a partir dos mosquitos, e não dos macacos.

Em abril deste ano, o governo brasileiro adotou orientações internacionais e passou a recomendar apenas uma dose da vacina contra a febre amarela durante toda a vida. As pessoas que já se vacinaram quando eram bebê e têm a carteira com a comprovação, não precisam mais tomar a dose chamada de “reforço”, após os 10 anos.

Desemprego cai para 17,9% na Grande São Paulo

Setor de serviços gerou 40 mil vagas no mês

A taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo passou de 18,3%, em julho, para 17,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto. A queda representa um recuo de 2,2%.

Desde maio, têm-se registrado ligeiras quedas na taxa, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), que foi divulgada hoje (27).

No entanto, as chances de se encontrar um emprego estão abaixo do verificado nos dois últimos anos. Em agosto de 2016, havia 17,2% de desempregados e, em 2015, 13,9%. Em agosto deste ano, foram estimadas 1,988 milhão de pessoas desempregadas, número inferior a julho em 63 mil pessoas.

Apesar de as empresas terem demitido mais do que contrataram, o desemprego diminuiu porque 102 mil pessoas saíram do mercado de trabalho por motivos diversos. O saldo de postos criados ficou negativo (-0,4%) com o fechamento de 39 mil vagas.

O pior quadro foi constatado no comércio, que efetuou um corte de 61 mil empregados (-3,7%). A indústria, por sua vez, eliminou outros 15 mil trabalhadores (-1,1%). Os efeitos só não foram maiores porque as contratações superaram as demissões na construção civil e nos serviços. Na construção, surgiram 7 mil empregos, uma alta de 1,2% e, nos serviços, 40 mil, um aumento de 0,7%.

A pesquisa aponta ainda que o setor público enxugou mais o seu quadro de pessoal (-4,3%) do que o setor privado (-0,3%) e que houve uma melhora na qualidade dos empregos criados. Os contratos sem carteira assinada caíram 1,6% e manteve-se praticamente estável o número de trabalhadores registrados (-0,1%).

O Dieese registra ainda queda de 2% no total de autônomos e crescimento de 2,8% nas oportunidades de emprego doméstico.

Em relação aos ganhos, ocorreu recuperação de 1,7% entre junho e julho com os assalariados passando a receber a média de R$ 2.137. Em relação aos ocupados, o rendimento aumentou 2% ,com a média de R$ 2.076.

Desemprego na Grande São Paulo sobe para 17,9% em fevereiro

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 17,1% em janeiro para 17,9% em fevereiro, a maior registrada para o mês desde 2005. Os dados foram divulgados pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em fevereiro de 2016, o desemprego era de 14,7%.

O contingente de desempregados foi estimado em 1,9 milhão de pessoas, 99 mil a mais do que em janeiro. Houve redução do nível de ocupação, com eliminação de 39 mil postos de trabalho, o equivalente a 0,4% de queda. A População Economicamente Ativa (PEA) registrou alta de 0,5%, com 60 mil pessoas passando a fazer parte da força de trabalho.

O desemprego aberto, ou seja, pessoas que buscaram trabalho nos últimos 30 dias e não trabalharam nos últimos sete dias, variou de 14,1% para 14,8%. A taxa de desemprego oculto, que se refere a pessoas que fizeram trabalhos eventuais, não remunerados em negócios de parentes e tentaram mudar de emprego nos últimos 30 dias ou que não buscaram emprego em 30 dias, variou de 3% para 3,1%.

Na comparação entre setores, a indústria de transformação eliminou 42 mil postos de trabalho em fevereiro, queda de 3,2% em relação a janeiro. Nos serviços, houve retração de 0,6%, ou 32 mil postos de trabalho. No mesmo período, o comércio e o setor de reparação de veículos automotores e motocicletas apresentaram alta de 2,2%, com 38 mil postos de trabalho cada. Na construção, foi registrado aumento de 1,2%, com 7 mil postos de trabalho.

O rendimento médio real no mês de janeiro (quando foi feita a última aferição do indicador) caiu 3,7% entre os ocupados e 3,9% entre os assalariados. Os salários médios foram de R$ 1.974 para os ocupados e R$ 2.032 para os assalariados da Grande São Paulo.