O Ministério da Saúde informou ter ampliado o tratamento oferecido a pacientes com degeneração macular relacionada à idade por meio da oferta do medicamento antigiogênico e do exame de tomografia de coerência óptica. Segundo a pasta, ambas as incorporações são importantes para a detecção precoce e para tratar casos já confirmados, estabilizando a evolução da doença. A degeneração macular atinge a parte central da retina e leva à perda progressiva da visão central.
Os dois novos procedimentos devem atender pacientes a partir dos 60 anos, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Degeneração Macular Relacionada à Idade. O medicamento antigiogênico é injetável e pode ser feito em um ou nos dois olhos, com intervalo mínimo de 15 dias entre um olho e outro. Já a tomografia de coerência óptica é um exame não invasivo para diagnóstico da doença nos dois olhos. A proposta é detectar sinais microscópicos de alterações precoces da retina.
A doença
A degeneração macular relacionada à idade é uma doença progressiva que acomete a área central da retina, onde as imagens são formadas, levando invariavelmente à perda da visão central. O principal fator de risco é o aumento da idade. A doença pode ser classificada como seca, responsável pela maior parte dos casos (85%-90%), ou úmida (10%-15%).
A atividade física oxigena o cérebro, reduz o peso, controla o diabetes e a hipertensão e reduz os níveis de colesterol (Foto: Shutterstock)
A prática de uma atividade física regular, a alimentação equilibrada e um sono de qualidade são a base para um estilo de vida saudável. Eles impactam até mesmo na nossa saúde mental. A falta de sono, por exemplo, prejudica muito a memória. O sono é fundamental para fixação das atividades do dia anterior e prepara o cérebro para as atividades mentais do dia seguinte. Já o exercício físico regular melhora nosso cérebro por diversos motivos. Promove a liberação de substâncias como endorfinas, serotonina e dopamina, melhorando a atenção, a concentração, a memória e o raciocínio. A atividade física oxigena o cérebro, reduz o peso, controla o diabetes e a hipertensão e reduz os níveis de colesterol, agredindo menos o cérebro por doenças dentro dos vasos. Uma alimentação equilibrada fornece ao organismo as substâncias necessárias para o melhor desenvolvimento do intelecto.
Mas também é importante realizar atividades que ajudam a estimular o cérebro. Quanto mais você exercitá-lo, melhor será o seu desempenho para resolver questões lógicas e os problemas do dia a dia, o que contribuirá no seu desenvolvimento profissional. As sugestões de exercício abaixo contribuem na melhora da memória e da concentração, além de aumentar a agilidade no raciocínio. É o que chamamos de ginástica dos neurônios.
Nunca pare de ler. A leitura é uma das atividades cerebrais mais completas, pois estimula todo o processo da memória.
Aprenda um novo idioma. Aprender uma nova língua é um exercício de persistência e disciplina.
Deixe a calculadora de lado. Procure exercitar a mente fazendo contas matemáticas de cabeça
Use jogos como passatempo. Alguns jogos funcionam como excelentes exercícios para estimular a nossa mente, como o xadrez, as palavras cruzadas e sudoku.
Saia da rotina. A mudança de hábitos como fazer caminhos diferentes quando for ao trabalho, estimular o paladar, vestir de olhos fechados são pequenas mudanças que se transformam em desafios e estimulam o cérebro a se exercitar e sair da zona de conforto.
O álcool é um dos inimigos mais agressivos do cérebro. O excesso de álcool leva à lesão direta dos neurônios, causando falta de coordenação motora e o comprometimento intelectual. É importante estar sempre alerta para perceber os pequenos sinais que indicam que a capacidade mental está se deteriorando, como lapsos de memória, desatenção e baixa produtividade. *Gilberto Ururahy é diretor médico da Med-Rio Check-up
“Indetectáveis”. Foi com esse grito, de mãos dadas, que pessoas que vivem com HIV deram início à cerimônia que marca os 30 anos de luta contra a aids. Elas comemoram o fato de terem sua carga viral em níveis sequer detectados em testes laboratoriais em razão da adesão ao tratamento com antirretrovirais. Dados do Ministério da Saúde divulgados hoje (27) mostram uma redução de 16% dos casos e óbitos por aids no país nos últimos quatro anos. Segundo a pasta, fatores como a garantia do tratamento para todos, a melhora do diagnóstico, a ampliação do acesso à testagem e a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento contribuíram para a queda.
Os números revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil – um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de detecção da doença era de 21,7 casos para cada 100 mil habitantes enquanto, em 2017, o índice era de 18,3 casos. No mesmo período, a taxa de mortalidade por aids passou de 5,7 óbitos para cada 100 habitantes para 4,8 óbitos. O boletim também aponta redução significativa da transmissão vertical do HIV – quando o bebê é infectado durante a gestação – entre 2007 e 2017. A taxa caiu 43%, passando de 3,5 casos para cada 100 mil habitantes para 2 casos.
Homens
Os dados mostram ainda que 73% das novas infecções por HIV no Brasil acontecem entre pessoas do sexo masculino, sendo que 70% dos casos é registrado entre homens que estão na faixa etária de 15 a 39 anos.
Autoteste
O ministério anunciou que, a partir de janeiro de 2019, a rede pública de saúde passa a oferecer o autoteste de HIV para populações-chave e pessoas em uso de medicamento de pré-exposição ao HIV. A previsão é que sejam distribuídas, ao todo, 400 mil unidades do teste, inicialmente nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do R io Preto, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.
Tratamento
Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, desde 2013, quando os antirretrovirais passaram a ser distribuídos a todos os pacientes soropositivos, independentemente da carga viral, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com HIV estavam em tratamento no Brasil. A maioria – 87% – faz uso do dolutegravir, que aumenta em 42% a chance de supressão viral (diminuição da carga de HIV no sangue) em relação ao tratamento anterior. A resposta, neste caso, também é mais rápida: no terceiro mês, mais de 87% dos usuários já apresentam supressão viral.
Luta
Diagnosticada como soropositiva há um ano e meio, a estudante Blenda Silva, 25 anos, conta que é possível seguir normalmente com a vida desde que haja adesão ao tratamento. Sobre os 30 anos de combate ao HIV, celebrados no próximo sábado (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, ela lembra que muitos perderam a vida ao longo das últimas décadas por causa da doença.
“O número de infectados ainda é muito alto. Nossa mensagem, hoje, é que ainda precisa de prevenção”, disse, ao se referir aos mais de 37 milhões de pessoas que vivem com HIV em todo o mundo. “É uma luta que não precisa ser só de quem é soropositivo, mas de toda a sociedade brasileira”, concluiu.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita.
Um país com menos casos de câncer da pele é uma meta alcançável e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está comprometida em reduzir a incidência e a mortalidade da doença. A conscientização pública é uma das formas de diminuir o número de casos. Para isso, pelo quinto ano consecutivo, a SBD realiza a campanha #DezembroLaranja, iniciativa apoiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB), para alertar a população sobre prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento da doença no Brasil.
Neste ano, a campanha dá continuidade ao tema “Se exponha mas não se queime”, cativando o interesse da população ao fazer um trocadilho entre a exposição solar e a exposição nas redes sociais. As mensagens divulgadas pelos canais de comunicação da entidade, sobretudo em mídias importantes como o Facebook e o Instagram, preenchem um espaço de utilidade pública, com orientações gerais sobre esse tipo de tumor mais incidente no país.
A primeira ação que assume maior relevância na campanha #DezembroLaranja ocorrerá no dia 1º de dezembro, quando cerca de quatro mil médicos dermatologistas e voluntários somarão forças para a prestação de atendimento e esclarecimento quanto à importância de adotar medidas preventivas. As consultas serão realizadas gratuitamente em 132 postos de atendimento em diversos estados. Desde 1999, o mutirão já beneficiou mais de 594 mil brasileiros, e nesta 20ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele da SBD, a previsão é de que 30 mil pessoas sejam atendidas.
De dezembro deste ano a março de 2019, ou seja, durante todo o verão, serão promovidas ações e atividades de informação na internet, ruas, praias e parques. As recomendações básicas da SBD incluem a adoção de medidas fotoprotetoras, como evitar os horários de maior incidência solar (das 10h às 16h); utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. A sociedade médica também orienta para o uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a cada duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.
Casos no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é que o número de câncer da pele não melanoma seja de 165.580 mil novos casos. Um dado novo deste período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). A outra notícia é que a estimativa de novas ocorrências de câncer da pele não melanoma diminuiu em 10 mil casos de um biênio para o outro.
“A SBD transformou esse problema de saúde pública na causa da luta contra o câncer da pele. A boa notícia é que tudo indica que as ações da Sociedade estão surtindo efeito. Parece que estamos no caminho certo”, explica o coordenador nacional da Campanha Prevenção ao Câncer da Pele da SBD, Dr. Joaquim Mesquita.
Em 2018, a SBD conta com parcerias de órgãos públicos, instituições de saúde e empresas, para que juntos, possam trabalhar em colaboração e superar desafios para reverter o número de casos da doença no país. A sociedade civil também está convidada para participar da campanha. Algumas sugestões para quem quiser aderir são: divulgar o mutirão de atendimento para diagnóstico e prevenção do câncer da pele que acontece em todo o Brasil no dia 1º de dezembro; usar laços ou fitas laranjas e publicar as #DezembroLaranja e #verãolaranja nas redes sociais. “É o momento de promover a visibilidade do tema e de tentar mais uma vez realizar uma campanha participativa, coletiva e atuante”, afirma o vice-presidente da SBD, Dr. Sérgio Palma.
Assim como nos outros anos, pessoas reconhecidas em suas áreas de atuação participarão do movimento, vestindo a cor laranja. Monumentos nacionais também serão iluminados com a cor símbolo da campanha. “Todas as ações em torno do #DezembroLaranja integram o compromisso da gestão, que é oferecer informações que possam contribuir para a prevenção do câncer da pele”, realça o presidente da SBD, Dr. José Antônio Sanches.
Sobre o câncer de pele
O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele. O câncer da pele pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza.
A regra do ABCDE da pinta ajuda na suspeita de uma lesão maligna e sinaliza que um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia deve ser procurado.
– Assimetria: A metade da pinta não “casa” com a outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e forma.
– Bordas: Lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem.
– Cor: A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem indicar malignidade.
– Diâmetro: Lesões que crescem rápido de diâmetros, principalmente aquelas maiores que 6 milímetros levam a uma suspeita maior de lesão maligna.
– Evolução: Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, tamanho e relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada por um dermatologista.
Outra forma de avaliar o risco da doença é através da “Calculadora de Risco para Câncer da Pele”, disponível no site – http://www.sbd.org.br/controleOsol/calculadora/.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que não é possível ver sozinho. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas, mesmo em dias frios e nublados.