Dias de folia exigem atenção redobrada com a saúde

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Tênis o calçado mais indicado para a maratona da folia

O Carnaval é uma das épocas mais aguardadas do ano. Fantasias, marchinhas, serpentina e muita alegria marcam os dias de folia, assim como os “amores de Carnaval” que podem ser relâmpagos ou se tornarem um amor para além da quarta-feira de cinzas. Independente da sua duração o importante são os cuidados com a saúde para que a única marca seja a lembrança desses momentos. Para tanto, a prevenção é recomendada afim de minimizar os riscos de contágio por doenças sexualmente transmissíveis (DST).

– No carnaval, devido a descontração, o consumo elevado de álcool e a própria cultura da festa, as pessoas ficam mais propícias aos “relacionamentos rápidos” e ao sexo casual. Caso não usem o preservativo, se tornam vulneráveis a DSTs, como a tricomoníase, gonorreia, clamídia, sífilis, hepatite B, HPV e HIV. Todas elas são transmitidas pela relação sexual seja ela vaginal, anal e oral e até mesmo com o contato com o líquido seminal ou lubrificação vaginal – explica o ginecologista do Hospital Caxias D’Or, João Marcello Guedes.

Um simples beijo também pode apresentar risco para a saúde, pois doenças como a mononucleose e o herpes labial são transmitidas pela saliva. A primeira, conhecida como doença do beijo, é benigna, podendo em alguns casos se apresentar em formas mais severas sendo os sintomas a febre, dor de garganta, aparecimento de gânglios submandibulares, dor articular e aumento do baço. Já a segunda tem como principal característica o aparecimento de lesões vesiculares ao redor dos lábios.

A camisinha deve ser a companheira indispensável nos dias de festa para que o Carnaval seja aproveitado com responsabilidade e segurança.

Além da fantasia – Hidratação, alimentação balanceada, proteção solar, além de calçados e roupas confortáveis são imprescindíveis para curtir os dias de folia sem nenhuma surpresa desagradável. Especialistas da Rede D’Or São Luiz prepararam dicas simples para aproveitar o melhor do Carnaval com segurança:

Calçado ideal – O Ortopedista Mário Fernandes, do Hospital Niterói D’Or, garante que o melhor calçado para se curtir a folia no carnaval seria o tênis, pois protege os pés e geralmente é confortável e ajuda na absorção do impacto. Se a fantasia exigir calçados altos, prefira o salto quadrado com frente meia pata ou plataforma, desde que a diferença entre a parte anterior e posterior do calçado não ultrapasse 4 cm. Estes calçados devem estar bem presos aos pés para evitar entorses ou até fraturas.

Na hora do xixi – O Ginecologista do Hospital Caxias D’Or, João Marcello Guedes, reforça a importância para que as mulheres fiquem atentas à higiene dos banheiros públicos e químicos, evitando o contato da pele com o sanitário e fazendo a higienização das mãos. Uma dica é ter sempre um frasco pequeno de álcool gel e um rolo de papel higiênico para garantir a eficácia da higiene.

Proteção da pele – A dermatologista do Hospital Oeste D’Or, Valéria Stagi, destaca simples dicas para cuidar da pele e da saúde durante a folia:

  • Usar chapéus, camisetas e protetores solares;
  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão);
  • Usar filtros solares diariamente com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo, reaplicando a cada duas horas.

Alimentação e hidratação – A nutricionista Viviane Loureiro, do Hospital Caxias D’Or, ressalta a importância da hidratação, pois a água é um condutor natural que além de hidratar ajuda a eliminação de toxinas e excessos cometidos como, por exemplo, com a bebida alcoólica. Aposte em alimentos leves evitando frituras, observando sempre o armazenamento dos alimentos.

Os desafios do empreendedorismo social

Edison levou para o Instituto a qualidade da clínica São Vicente

Alcançar a sustentabilidade costuma ser um dos principais desafios para a maioria dos empreendimentos sociais. É o caso do Instituto de Urologia, que, desde 2007, atende a preços populares no Hospital da Gamboa. A solução do Instituto passa por manter uma estrutura enxuta, com burocracia mínima – são sete médicos e mais quatro funcionários.

“A atividade só é viável se as pessoas estiverem dispostas a olhar a medicina por um lado também social”, afirma o urologista e fundador do Instituto, Edison de Almeida e Silva. Ele revela que nem sempre a receita alcançada consegue cobrir os custos e os médicos precisam retirar do próprio bolso para arcar com as despesas mensais do espaço.

Apesar das dificuldades, Edison avalia que o Instituto ainda pode fazer mais. Atualmente, o espaço realiza por mês cerca de 300 consultas e 20 cirurgias, mas a capacidade de atendimento é bem maior. A infraestrutura permite, por exemplo, que se duplique o número de cirurgias e que amplie em mais de 400% as consultas realizadas. Como um bom empreendedor, ele tem um olhar voltado para o futuro e apresenta planos ambiciosos para o Instituto. A expectativa é atingir uma meta que torne o empreendimento viável e estável financeiramente e, assim, transformá-lo em uma fundação sem fins lucrativos“Com isso, vamos poder baratear mais os custos dos procedimentos que realizamos e aumentar a oferta dos serviços”, revela Edison que também atende na tradicional clínica São Vicente, Gávea.

Entretanto, o coordenador do MBA Executivo em ADM: Empreendedorismo e Desenvolvimento de Novos Negócios da FGV, Marcus Quintella, observa que a gestão de um negócio social tem de ser tão ou mais competente quanto a de qualquer outro empreendimento. “A necessidade de recursos financeiros deve fazer parte do plano de negócios, para que o fluxo de caixa esperado possa cobrir essas necessidades e gerar os resultados do negócio. Nada diferente de qualquer outro negócio”, alerta Quintella, que destaca, por exemplo, que a necessidade de engajamento é idêntica ao de  outra empresa. “O negócio precisa crescer e perpetuar, e sem o engajamento de seus gestores e colaboradores o fracasso virá inevitavelmente”.

Edison explica que apesar dos limites busca alternativas para manter todos engajados. Uma das formas é acenar com reconhecimento ao trabalho, remunerando, dentro das possibilidades, direta ou indiretamente, como forma de premiá-los. “Aos médicos, como atrativo às atividades ambulatorial, exames e cirurgias, oferecemos um ambulatório altamente confortável, demanda espontânea de pacientes, tecnologia, auxílio e orientação técnica, sempre que necessário, e uma remuneração justa”.

Saúde altera regras para repasse de recursos federais

O Ministério da Saúde anunciou hoje (7) uma série de alterações para o repasse de recursos federais a estados e municípios. O chamado Projeto SUS Legal prevê que os gestores implementem uma espécie de lei de transferência de recursos, além de aumentar a fiscalização da execução de ações em saúde.

Uma das primeiras medidas trata da mudança na transferência de verbas federais e atende, segundo a pasta, a pleito de prefeituras e governos estaduais. Os repasses, antes realizados em seis blocos temáticos, passam a ser feitos em duas modalidades: custeio e investimento.

A transferência será realizada em conta financeira única e específica para cada uma das categorias econômicas. O novo formato, de acordo com o ministério, possibilita ao gestor mais agilidade e eficiência na destinação dos recursos disponíveis atualmente, com base na necessidade e realidade local.

O ministério garante que o objetivo do governo federal, com as mudanças, é assegurar o cumprimento da legislação que rege o Sistema Único de Saúde (SUS) e a realização de planos de saúde por parte de estados e municípios, já que a destinação de verbas estará vinculada a esse planejamento.

O projeto deverá ser qualificado e conter indicadores e metas em conformidade com as políticas públicas governamentais de saúde estabelecidas pela Comissão Intergestores Tripartite e pelo Conselho Nacional de Saúde. Caberá ao ministério acompanhar e avaliar o plano. O monitoramento será feito por meio de sistema online.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, lembrou que o não cumprimento do plano implicará a redução dos recursos repassados. Segundo ele, com o modelo anterior de transferência de verbas federais, muitos recursos acabam paralisados – mais de R$ 5,7 bilhões apenas em 2016.

“Vamos permitir que cada cidade aplique os recursos naquilo que acha adequado”, disse. “Se um gestor não cumprir o que foi combinado, o dinheiro vai voltar automaticamente para o Fundo Nacional de Saúde”, completou.

Testes revelam verdades sobre medicamentos genéricos

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Matéria do Fantástico avaliou a eficácia dos genéricos mais vendidos

O assunto da reportagem especial do Fantástico preocupa médicos e pacientes, porque trata da eficácia dos medicamentos genéricos. Criados como cópias dos remédios de marca e com um preço bem mais acessível, os genéricos respondem, hoje, por 30% mercado, pouco para uma política tão importante como essa.

Além de descobrir quais são os genéricos mais vendidos, para ver se eles funcionam mesmo, o Fantástico encomendou um teste num laboratório credenciado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O estudo investigou os 3 princípios ativos mais consumidos no país em 2015, produzidos por 9 laboratórios que fabricam 15 dos remédios mais vendidos no Brasil.

Veja aqui a matéria original.