No Rio, Feira do Empreendedor do Sebrae destaca mercado geek
Com transmissão ao vivo, evento terá também artesanato regional

Da Agência Brasil

Presencial e gratuita, a 11ª Feira do Empreendedor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ) ocupará, a partir desta quinta-feira (9), o Centro de Convenções ExpoMag, situado na Cidade Nova, região central da capital fluminense. A feira se estenderá até sábado (11) e poderá ser visitada das 10h às 21h.

Em parceria com a Federação do Artesanato do Rio de Janeiro (Faerj), haverá um espaço dedicado ao artesanato regional. As inscrições para a Feira do Empreendedor podem ser feitas no local ou por este link, onde também poderá ser acessada a programação. Até o momento, mais de 40 mil pessoas se inscreveram para participar do evento.

Pela primeira vez, a Feira do Empreendedor terá transmissão ao vivo pelo YouTube. Serão 11 horas diárias de transmissão ininterrupta, totalizando 33 horas nos três dias do evento. Além de palestras, haverá entrevista com influenciadores, casos de inspiração e brincadeiras, com foco em empreendedorismo com empresários e especialistas do Sebrae.

Universo jovem

A gerente de Inovação e Soluções do Sebrae RJ, Raquel Abrantes, disse à Agência Brasil que a Feira do Empreendedor dará destaque para empreendedores do segmento geek. O estado do Rio de Janeiro concentra 9% do mercado geek (pronuncia-se gik) nacional. “O mercado geek é focado no universo jovem, de pessoas que gostam de games [jogos], histórias em quadrinhos. Tem toda uma cultura geek, palavra inglesa que se adaptou bem no Brasil e que a gente pensou em levar para a Feira do Empreendedor exatamente, para um público que está sedento, querendo oportunizar não só games’, mas produtos e serviços dentro desse universo.”

No espaço do Mercado Geek, haverá networking entre empresas do segmento, ou seja, compartilhamento de informações ou serviços, palestras, interatividade e exposição de produtos, além de um concurso de cosplay (pessoa que se fantasia de personagens fictícios da cultura pop japonesa).

Fantasias, camisas, livros e quadrinhos, além de itens de papelaria, como blocos e canetas, movimentam esse espaço na feira. É um mercado é impulsionado pelo aumento da popularidade da cultura pop, dos jogos eletrônicos e dos filmes e séries. “Hoje, a feira é focada em oportunidades de negócios, movimentando o mercado e também um nicho específico, o geek”, acrescentou Raquel Abrantes. Ela ressaltou a “estrutura latente e aberta ainda para novas ideias e novas consolidações” do mercado geek.

Segundo Raquel Abrantes, durante a feira, serão apresentadas as melhores práticas do mercado. Ela acrescentou que o empreendedor geek precisa estar atento ao dinamismo, identificar os nichos específicos, entender as demandas dos clientes e se atualizar sobre as tendências e novidades do setor.

Palestras

O evento deste ano prevê a realização de cerca de 300 palestras. “É uma oportunidade muito grande para o empresário, ou aquele que quer empreender, encontrar um conteúdo de seu agrado. Tem uma variedade muito grande de palestras, incluindo marketing digital, inteligência artificial (IA), finanças, mercado, inovação. Tem ainda palestras focadas em nichos, como mercado geek, mulheres, pessoas com deficiência, diversidade, sustentabilidade”, disse Raquel.

Considerada o maior evento presencial e gratuito voltado ao empreendedorismo do estado do Rio de Janeiro, a Feira do Empreendedor oferecerá, além das sessões de negócios, atendimentos e consultorias individuais. A feira é uma realização do Sebrae RJ, com patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e da Unimed.

Pequenos negócios respondem por 71% dos empregos criados até setembro
Agosto e setembro são os meses com melhores resultados

Da Agência Brasil

Micro e pequenas empresas responderam por 1,1 milhão (ou 71%) do total de 1,5 milhão de novos empregos formais gerados entre janeiro e setembro de 2023 no Brasil. Os meses de agosto e setembro foram os que apresentaram saldo mais positivo, registrando respectivamente 219.330 e 211.764 novas contratações com carteira assinada.

Os números constam do relatório divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados ajustados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo o Sebrae, das mais de 211 mil vagas geradas no mês de setembro, 147.173 foram em micro e pequenas empresas (69,5% do total). Das cerca de 219 mil vagas celetistas geradas em agosto, 160.899 foram pequenos negócios – o que corresponde a 73,17% do total de postos criados no mês.

Empresas de médio e grande portes geraram, no acumulado do ano, 307,9 mil novas vagas – número que corresponde a 19,2% dos cerca de 1,5 milhão novos empregos gerados entre janeiro e setembro de 2023.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Décio Lima, esses números positivos refletem a retomada da prosperidade do país.

“A geração de empregos garante que o Brasil se torne novamente o país da empregabilidade, permitindo que o brasileiro volte a consumir e gerar renda”, disse ele ao ressaltar que a economia do país “se fortalece” com um PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país) em expansão, com o superávit da balança comercial, e com a inflação controlada.

“O empreendedorismo é um dos caminhos para o país resgatar a dignidade e a inclusão social”, complementa Décio Lima.

Destaques

Segundo o Sebrae, o setor de serviços foi o que mais contribuiu, em setembro, para a criação de postos de trabalho. “Considerando o universo das micro e pequenas empresas, foram 68,4 mil vagas preenchidas. Em segundo lugar aparece o comércio com 37,3 mil vagas, seguido pela construção com 19,8 mil empregos gerados.”

“No acumulado de 2023, o cenário continua o mesmo com as micro e pequenas empresas liderando em termos de criação de vagas, com destaque nos setores de serviços (590,6 mil), construção (218 mil) e comércio (162 mil)”, detalha o levantamento.

Entre as empresas de médio e grande porte, o destaque em setembro ficou com os setores de serviços (26,5 mil), indústria da transformação (24,4 mil) e comércio (6 mil). No acumulado do ano, o destaque ficou com serviços (177,6 mil), indústria da transformação (90 mil) e construção (26 mil).

Atividades

De acordo com a Classificação Nacional por Atividades Econômicas (CNAE), as atividades que mais geraram empregos formais em setembro – entre micro e pequenas empresas – foram as de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (11 mil empregos gerados); e de construção de edifícios (6,6 mil empregos).

Entre as empresas de médio e grande porte, as atividades que mais se destacaram foram as de fabricação de açúcar em bruto (16,7 mil empregos gerados), locação de mão de obra temporária (5,3 mil) e limpeza em prédios e em domicílios (2,9 mil).

Projeto do Sebrae vai incentivar geração de renda no Nordeste
Atividades começam neste domingo no Rio Grande do Norte

Da Agência Brasil

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) inicia neste domingo (21) o projeto Pelo Brasil para incentivar a geração de renda no Nordeste.

As atividades começam no Rio Grande do Norte. Além de encontros com autoridades, a equipe do Sebrae vai visitar projetos de desenvolvimento geridos por microempresários.

Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, no ano passado 22 mil empregos foram gerados no estado e 42 mil empresas foram abertas.

“Vamos falar com governadores, prefeitos, líderes, com a comunidade, associações. Precisamos levar essa vontade de mudança para as ruas e transformar o Pelo Brasil em um grande movimento. As micro e pequenas empresas são as grandes geradoras de emprego no país”, disse Décio Lima.

Na terça-feira (23), na Paraíba, o Sebrae lança o Cidados, ferramenta de inteligência artificial que usa dados sobre as características de cada município para gerar propostas de novos negócios.

De acordo com levantamento mensal feito pelo Sebrae, as micro e pequenas empresas são responsáveis pela maioria dos empregos formais gerados no país. Conforme a mais recente pesquisa, realizada com base nos números do Caged, o setor foi responsável pela criação de 85,5% dos postos de trabalho em abril.

Sebrae e SPC Brasil comemoram aprovação do cadastro positivo

A inclusão automática e obrigatória no Cadastro Positivo vai “empoderar” consumidores e empreendedores, segundo avaliação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O texto-base do projeto foi aprovado na noite de quarta-feira (9) pelo plenário da Câmara dos Deputados, com o apoio de 273 parlamentares e 150 votos contrários.

A proposta estabelece que gestores de bancos de dados terão acesso a todas as informações sobre empréstimos quitados e obrigações de pagamento que estão em dia de pessoas físicas e jurídicas para formação de um histórico de crédito. Esses dados poderão ser usados por instituições financeiras para a criação de uma lista pública de bons pagadores. A medida estabelece ainda que o banco comunique ao cliente sobre a inclusão de seu nome no cadastro, além de informar os canais disponíveis para o cancelamento desse cadastro no banco de dados.

A votação da proposta deve ser concluída na próxima semana, quando os destaques e as emendas serão votadas no plenário. O texto ainda segue para Senado.

Para o diretor-presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o projeto, quando entrar em vigor, vai destravar o acesso ao crédito, uma vez que será possível distinguir os bons dos maus pagadores. “[Os bancos] sempre mantiveram spreads [diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo] extremamente altos para jogar na média, fazendo com que o bom pagador pague uma taxa de risco pelo mau pagador”, disse.

O Sebrae calcula que a iniciativa de incorporar cidadãos e empresas no Cadastro Positivo poderá reduzir a inadimplência em até 45%. Além disso, estimativa das entidades que compõem a Frente do Cadastro Positivo indica que, a médio prazo, os efeitos do cadastro poderão injetar até R$ 1,1 trilhão na economia, promover um aumento de R$ 790 bilhões na geração de negócios e incluir 22 milhões de pessoas no mercado de crédito, mesmo quem não tem comprovação de renda.