Saúde inaugura loja conceito de vacinação em shopping do Rio
Espaço busca mostrar a crianças que hora da vacina pode ser divertida

Da Agência Brasil

A Secretaria Municipal de Saúde inaugurou neste domingo (8) a primeira loja conceito de vacinação em shopping centers, que está em funcionamento no Park Shopping Campo Grande, na zona oeste da cidade.

A loja conceito ficará aberta durante todo o horário de funcionamento do centro comercial, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h. Segundo a secretaria, a proposta é levar para outras regiões um modelo semelhante ao do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, onde a imunização está disponível durante toda a semana, em horário estendido.

Instalado no bairro de Campo Grande, o novo ponto fixo da área de saúde disponibilizará imunizantes para vacinação de rotina e para campanhas e atualização de cadernetas vacinais de todas as faixas etárias, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações. Embora o ponto fique em uma loja de shopping center, todas as vacinas serão oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto faz parte do programa Vacina, Rio, mobilização intersetorial que engloba um conjunto de iniciativas para estimular a imunização de pessoas de todas as idades, em todas as regiões da cidade.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a loja conceito visa ampliar a oferta de vacinas à população, em dias e horários diferentes dos usuais e, desse modo, facilitar o acesso ao serviço. “A opção de disponibilizar um espaço nos shopping centers busca aproximar a rotina de vacinação do cotidiano das pessoas, promovendo comodidade e facilidade de acesso para o público em geral.”

A primeira loja conceito tem 113 metros quadrados (m²). O espaço foi pensado e decorado para estimular o universo lúdico das crianças, desconstruindo a ideia de que a hora da vacina não pode ser divertida. O local também tem um cantinho para que o público, além de cuidar da saúde, possa registrar cada momento ao lado do personagem Zé Gotinha.

A Secretaria Municipal de Saúde pretende abrir, em breve, mais lojas conceito em outros centros comerciais da cidade.

Hepatite A tem tendência de alta na capital paulista
Neste ano, até setembro, foram registrados 225 casos, com uma morte

Da Agência Brasil

Os casos de hepatite A na cidade de São Paulo apresentam tendência de alta neste ano. Os números da Secretaria Municipal da Saúde mostram que, em 2022, foram registrados 145 casos, e até setembro de 2023 ocorreram 225, com uma morte. Em 2019, foram confirmados 160 casos. Em função da pandemia de covid-19, os anos de 2020 e 2021 tiveram 64 e 61 casos, respectivamente. 

Entre 2018 e 2020, o Ministério da Saúde ampliou a imunização em caráter temporário para grupos como gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e pessoas trans, em decorrência do cenário epidemiológico à época. Segundo a prefeitura, com as doses remanescentes, a estratégia continuou até abril de 2023.

Após a campanha temporária, as doses passaram a ser enviadas para os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), do governo do estado. “Desta forma, não foi possível seguir com a estratégia anterior”, disse o governo municipal.

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que a oferta a grupos específicos – que envolvem, neste momento, pessoas com hepatites crônicas, fibroses císticas, HIV/Aids e Trissomia – é garantida por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.

O ministério informou ainda que, em setembro deste ano, foi lançada a 6ª edição do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. O documento normatiza as diretrizes e procedimentos relacionados a imunobiológicos especiais.

A pasta destaca que a vacina hepatite A inativada (HA) “é altamente eficaz e de baixa reatogenicidade, com taxas de soroconversão de 94% a 100%”. “A proteção é de longa duração após a aplicação de duas doses.” O imunizante está disponível no calendário básico de vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos, como dose única.

Sobre a doença

De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como hepatite infecciosa. Na maioria dos casos, trata-se de uma doença benigna, mas “o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade”.

A transmissão se dá pelo contato de fezes com a boca. A infecção, portanto, tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo. Pessoas que moram na mesma casa, contatos entre pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches, além de contato sexual, especialmente entre homens que fazem sexo com homens, são situações com possível exposição ao vírus.

O ministério informa que não há tratamento específico para hepatite A, mas é importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas, pois o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro.

Prevenção

O Ministério da Saúde lista algumas medidas de prevenção contra a hepatite A:

– Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);

– Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;

– Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;

– Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

– Usar instalações sanitárias;

– No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.

– Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;

– Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;

– Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.