Mais de R$ 165 milhões é a economia anual estimada com implementação do slimpass em operadoras de saúde de 100 mil vidas

A obesidade, sem dúvidas, é uma das maiores crises de saúde pública do século 21. Para se ter uma ideia do tamanho do impacto negativo desta doença, 60% da população brasileira convive com excesso de peso e 30% já é classificada como obesa, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). O cenário não só ameaça a saúde individual, mas também impõe uma pressão financeira insustentável sobre o sistema, tendo em vista os inúmeros problemas relacionados.

Durante o webinar realizado pela Unidas Autogestão, Igor Castor – CEO do SlimPass e cirurgião do aparelho digestivo – apresentou a eficiência do SlimPass como tratamento clínico multidisciplinar integrado com tecnologias digitais e medicamentosas para enfrentar a crise da obesidade. Este evento faz parte da programação antecedente ao Congresso da Unidas, que acontecerá em novembro, e é um dos mais importantes encontros sobre saúde suplementar no Brasil reunindo especialistas e gestores para debater a sustentabilidade do setor.

“A obesidade é a principal causa de morte evitável no Brasil, e os números continuam a crescer”, alertou Castor durante o webinar. O médico destacou que, se as ações para controle de obesidade não mudarem drasticamente, a taxa de obesidade pode atingir 46% da população brasileira até 2030, gerando uma despesa assistencial de R$ 3.131 por beneficiário ao ano. Ou seja, a obesidade não é apenas um problema de saúde pública, mas é também uma ameaça econômica significativa para os planos de saúde e autogestoras.

Para esclarecer ainda mais a situação, é fundamental entender que doenças associadas à obesidade, como diabetes, problemas cardiovasculares e hipertensão, estão entre as principais causas de aumento nos custos assistenciais e as ações atuais não são eficazes para reduzi-la. Os números apresentados pelo CEO do SlimPass são claros: se nenhuma intervenção concreta for adotada, a obesidade será responsável por 55,47% das despesas assistenciais dos planos de saúde até 2030.

“A obesidade não afeta apenas a saúde dos beneficiários, mas também o futuro econômico das operadoras. Cada pessoa que se torna obesa no plano de saúde aumenta os custos em uma proporção ao quadrado, ou seja, a cada dois pacientes que se tornam obesos os custos quadruplicam. É importante reforçar que a culpa pela doença nunca é do paciente. É preciso acolher, tratar com seriedade e nunca julgar”, explicou Castor.

Resultados comprovados do SlimPass na redução das taxas de obesidade

O SlimPass surge como uma resposta inovadora e eficaz para o desafio da obesidade, reduzindo a necessidade de intervenções cirúrgicas e os custos associados. “O SlimPass não é apenas uma solução temporária, mas sim uma transformação na gestão do peso com o paciente como protagonista nesta jornada”, explicou Dr. Castor, acrescentando que o tratamento oferece uma abordagem multidisciplinar, que inclui consultas integradas com especialistas no emagrecimento (endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos), além de tecnologias digitais e farmacológicas promovendo o acolhimento e engajamento dos pacientes.

Como resultado, a cada dois pacientes que ingressam no SlimPass, um deles evita a cirurgia bariátrica. “Esses resultados não são apenas números; eles representam vidas transformadas e uma economia significativa para os planos de saúde”, complementou Castor.

Uma nova perspectiva sobre a crítica situação epidemiológica da obesidade no Brasil
Por Dr. Igor Castor*

 

Doenças cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto, diabetes, problemas respiratórios como asma e ainda apneia do sono, entre outras condições médicas complexas, estão na lista das doenças que a obesidade carrega consigo e que, infelizmente, colaboram de forma importante para a reduzir a expectativa de vida da população.

O fato interessante é que, antigamente, e não precisamos fazer tanto esforço para puxar pela memória, algo entre uma ou duas décadas atrás, quando olhávamos para países como os Estados Unidos, ficávamos espantados com os altos índices de obesidade. E ainda temos que ficar, pois a situação piora ano após ano. Para se ter uma ideia, um estudo liderado pela Escola de Saúde Pública de Harvard estima que serão 48,9% de americanos obesos em 2030.

Mas, uma boa reflexão a fazer é: será que também seguimos por este caminho?

Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) apresentou um relatório no Congresso Internacional sobre Obesidade, realizado em São Paulo, com conclusões aterrorizantes. De acordo com o material, até 2044, 48% dos adultos brasileiros terão obesidade e mais de 27% serão vítimas do sobrepeso. Mantidas as tendências atuais, daqui a 20 anos, 130 milhões de adultos brasileiros viverão essa lamentável realidade.

Ou seja, é preciso agir rápido e de forma efetiva! No que tange ao setor privado, este cenário interfere precisamente na saúde dos planos de saúde e autogestoras que, neste momento, buscam soluções para controlar as altas taxas de sinistralidade decorrentes das doenças convergentes à obesidade. Caso não as encontrem, o futuro (próximo) será o esgotamento destas empresas.

A alternativa inteligente para resolver e controlar essa situação é tratá-la com a devida relevância que merece, atuando na linha de frente com iniciativas que auxiliam as pessoas a alcançarem uma vida mais saudável e a saírem da crítica faixa do sobrepeso e da obesidade.

Por isso, o SlimPass – o primeiro Programa Sistêmico de Tratamento Clínico para a Obesidade, exclusivo para empresas autogestoras e planos de saúde – tem chamado a atenção por sua efetividade na inovação para o tratamento clínico da obesidade no país.

Em parceria com uma autogestora, que atende todo o Estado do Paraná, o SlimPass realizou um estudo para avaliar a eficiência do tratamento desenvolvido pelo programa. Envolvendo 218 pacientes desta empresa, ao longo de 15 meses, a adoção do SlimPass pela amostra resultou na perda de 2,1 toneladas de peso, com foco na eliminação de gordura corporal. Destes pacientes, 54 deixaram a “fila” da cirurgia bariátrica, o que gerou uma economia de R$ 2,160 milhões para os planos de saúde e um retorno sobre investimento (ROI) de 7,59 vezes, ou 759%.

Em um grupo específico de 32 pacientes extremamente obesos (com IMC médio de 38 ou superior) que completaram seis meses de tratamento, o estudo apontou uma redução média do IMC para 35,5. Esses pacientes já apresentavam diversas comorbidades, incluindo dislipidemia, hipertensão, apneia do sono, problemas osteomusculares, esteatose hepática e diabetes.

Depois de seis meses, 68,7% dos pacientes otimizaram o controle da hipertensão, 61,5% melhoraram os níveis de colesterol e 58,3% conseguiram remissão do diabetes tipo 2 ou pré-diabetes. Além disso, 50% normalizaram os níveis de transaminases, que são as enzimas que indicam o funcionamento do fígado, apontando uma melhoria significativa nas condições hepáticas.

O levantamento também evidenciou transformações substanciais nos hábitos dos pacientes. Cerca de 66% deixaram o sedentarismo, 81,2% melhoraram a dieta e 90,6% relataram melhora na qualidade do sono. Esses resultados demonstram que é possível promover mudanças significativas e duradouras no estilo de vida, mesmo entre aqueles mais difíceis de tratar.

No estudo, a autogestora investiu R$ 112,7 mil na terapia do grupo de pacientes, o que resultou em uma economia bastante considerável, de R$ 1,73 milhão. Este retorno sobre o investimento de incríveis 1.434%, no estudo realizado com 32 pacientes que completaram 6 meses ininterruptos de tratamento, reforça o impacto legítimo da eficiência financeira do programa.

Casos individuais também ilustram o sucesso do SlimPass. Um caso emblemático foi de um paciente que perdeu 32 quilos, equivalente a 26% de seu peso corporal, e reduziu o IMC de 41 para 30,3. Este resultado é comparável a uma cirurgia bariátrica, mas alcançado por meio do tratamento clínico. Além disso, pacientes que estavam à beira de necessitar de transplantes de fígado conseguiram evitar tal procedimento.

A obesidade é uma epidemia e precisa ser encarada sob diversas óticas. Não se trata de um problema isolado, que afeta um grupo específico de pessoas. O país enfrenta uma situação que necessita de atenção emergencial. Visto que o tratamento contínuo resultante dessa condição ocasiona custos elevados, aumento de consultas médicas e medicamentos, internações e procedimentos cirúrgicos, que aumentam os índices de sinistralidade, a necessidade de adesão a soluções como o SlimPass é primordial para o sistema das autogestoras e planos de saúde de fato não colapsar.

*Dr. Igor Castor é cirurgião especialista no Aparelho Digestivo. Co-founder e CEO do SlimPass, também é chefe Fellowship em cirurgia videolaparoscópica complexa.