RIO Innovation Week 2024: Saville Alves fala sobre ‘Como empreender gerando impacto socioambiental’
Fundadora da startup SOLOS se apresenta nesta sexta, a partir das 15h15, no Píer Mauá, Rio de Janeiro

Rio Innovation Week 2024 (Foto: reprodução/instagram)

Durante a programação do RIO Innovation Week 2024, nesta sexta (16) a partir das 15h15, a SOLOS – startup nordestina de impacto socioambiental voltada para superar os desafios da economia circular – fundada por Saville Alves, fará uma apresentação no Palco RioXperience sobre “Como empreender gerando impacto socioambiental”, organizado pela Invest.Rio, com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico da Prefeitura do Rio.

De acordo com Saville, o Rio Innovation Week é a chance de interagir com líderes e empreendedores focados em sustentabilidade e inovação. “A conferência permite um grande compartilhamento de conhecimento devido à diversidade de personalidades presentes, desde líderes indígenas, ativistas, ambientalistas e empreendedores . Temos a chance também de partilhar as experiências do nosso trabalho como a apresentação do supercase de reciclagem no Carnaval”.

Junto com a SOLOS, Saville também esteve presente no primeiro dia de evento,  no painel “Sustentabilidade em Foco: Inovação e Lucro no Mundo ESG”, com Adilson Filho, da Braskem S.A, discutindo como a sustentabilidade pode gerar lucro e compartilhando as soluções inovadoras da startup para a economia local. E no segundo dia, participou de uma conversa sobre o “Desenvolvimento de Cidades Inteligentes via open innovation: Inovação, Sustentabilidade e Desenvolvimento Regional”, destacando o projeto Central de Reciclagem no Carnavalem parceria com a Ambev, que já reciclou mais de 400 toneladas de resíduos desde 2020.

Com o compromisso de gerar reflexão e impacto real para transformar realidades, o RIO Innovation Week 2024 tem atuação estratégica, pautada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e pelo Pacto Global, garantindo assim a responsabilidade na promoção de um futuro inclusivo e economicamente sustentável.

Governo de SP dará apoio gratuito e personalizado para o desenvolvimento de startups
Iniciativa da InvestSP vai identificar as "dores" das empresas, que serão atendidas por especialistas em gestão e inovação

A InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE), em parceria com outras instituições e especialistas, vai apoiar, gratuitamente, startups paulistas que precisem de orientação para alavancar seus negócios e ofertar soluções inovadoras. A primeira turma do programa InvestSP Incentivo à Inovação teve início com 20 empresas selecionadas, de áreas como: saúde, agronegócio, higiene e cuidados pessoais, marketing e máquinas e equipamentos.

A iniciativa permite que os empreendedores indiquem suas principais “dores” na gestão do negócio. Podem ser problemas, dúvidas ou necessidades relacionadas, por exemplo, a: modelo de negócio, comercialização, acesso a crédito, precificação, internacionalização, pesquisa, marketing, expansão e gestão de RH.

Com base nos relatos das próprias empresas, a InvestSP colocará as startups em contato com especialistas capazes de ajudar na solução dos problemas. Entre os parceiros que poderão dar suporte aos participantes estão: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), Desenvolve SP, Inova USP, Sebrae, universidades e os parques tecnológicos do Estado.

“É uma iniciativa inédita, que busca entender as ‘dores’ do empreendedor e atuar diretamente no problema. Ações como essa, somadas à infraestrutura de pesquisa e inovação do Estado, com as melhores universidades e centros de pesquisa do país, são fundamentais para garantir que São Paulo seja cada vez mais competitivo e se firme como o maior polo de inovação da América Latina”, diz o diretor de Projetos e Inovação da InvestSP, Thiago Camargo.

Ao longo de um ano, serão realizados quatro encontros individuais, de cada startup com representantes da InvestSP, para entender as demandas das empresas e encaminhá-las para o contato com os especialistas. Além disso, haverá workshops bimestrais, também com apoio das instituições parceiras, como: universidades, organizações de apoio a startups e órgãos governamentais. Todos os encontros serão virtuais.

Vale destacar que existem, atualmente, cerca de 14 mil startups no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). A maior parte, praticamente quatro de cada 10, fica no Estado de São Paulo. As empresas do país atuam principalmente nos setores de: educação, finanças, saúde, tecnologia e varejo. O faturamento médio das startups beira os R$ 900 mil por ano.

Produtores de leite que adotaram tecnologias avançadas tiveram rentabilidade 5,96% em 2023 em relação ao ano anterior.
Estudo revela que alta tecnologia na produção leiteira elevou rentabilidade em 2023

Um estudo da Scot Consultoria divulgado recentemente destacou as rentabilidades médias em 2023 e as expectativas para o mercado agropecuário nacional. No que diz respeito à pecuária leiteira, um cenário é claro: fazendas que incorporaram tecnologias avançadas na gestão de seus rebanhos experimentaram uma rentabilidade maior em comparação com aquelas que mantiveram práticas tradicionais.

Este aumento nos rendimentos demonstra o poder da inovação tecnológica em enfrentar desafios econômicos e operacionais no agronegócio. O levantamento da Scot Consultoria levou em conta propriedades que produzem uma média de 25.000 litros de leite por hectare ao ano.

As fazendas que fizeram uso de alta tecnologia em 2023 tiveram uma rentabilidade de 5,96% maior em relação a 2022. Em termos comparativos entre os 18 itens que tiveram rentabilidade média analisados pela consultoria, é o sexto melhor desempenho da tabela.

Já as propriedades rurais produtoras de leite que não fizeram adesão de tecnologia na sua rotina produtiva amargaram o pior desempenho entre todos os itens. Além de terem um parâmetro de produção mais baixo para fins de análise de dados (4500 litros por hectare ao ano), quem não modernizou sua produção sentiu que o retorno veio em forma de queda na rentabilidade na casa dos 13,87%.

Equipadas com inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT), estes dispositivos fornecem dados em tempo real sobre a saúde das vacas, permitindo intervenções rápidas que melhoram a eficiência, reduzem custos e garantem o bem-estar animal.

Para Thiago Martins, cofundador e CEO da COWMED, startup que atua no agronegócio, o estudo da Scot Consultoria reflete em números os altos desempenhos que a equipe da empresa observa na geração de dados das propriedades que são suas clientes. “A tecnologia não é apenas uma ferramenta para otimizar a produção, mas um elemento crucial para garantir a sustentabilidade e o crescimento do setor leiteiro.”

A integração de tecnologias avançadas não apenas facilita a detecção precoce de problemas de saúde de cada animal. Com os dados gerados, os veterinários e produtores de leite conseguem otimizar o manejo nutricional e reprodutivo de cada vaca de maneira assertiva e precisa. A consequência se traduz em ganhos de produtividade e rentabilidade, como comprovado pelos números divulgados pela Scot Consultoria.

“A adoção de tecnologia avançada na produção leiteira não é mais uma opção, mas uma necessidade. Este estudo serve como um lembrete poderoso do papel vital que a tecnologia desempenha no fortalecimento e na sustentabilidade do agronegócio, especialmente em tempos de desafios econômicos”, conclui Martins.

Petrobras e BNDES vão criar fundo para apoiar startups de inovação
Investimento será destinado à área de transição energética

Da Agência Brasil

A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciaram estudos para estruturar um fundo para apoiar micro, pequenas e médias empresas de tecnologia e inovação na área de transição energética. O anúncio foi feito pela estatal nesta quarta-feira (21).

O fundo será na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), capital de risco corporativo, em português. Nesse modelo, grandes companhias investem nas chamadas startups – empresas menores com potencial de crescimento, notadamente de base tecnológica. É uma forma de corporações levarem para dentro de si esforços de inovação desenvolvidos por terceiros, que passam a ser parceiros.

Na fase inicial do estudo do CVC, a Petrobras e o BNDES vão identificar os setores mais promissores para este tipo de investimento, considerando temas relacionados à transição energética – diminuição de fontes de energia poluentes, como os combustíveis fósseis, em troca de energias limpas, como eólica, solar e biocombustíveis – e que estejam alinhadas às estratégias de longo prazo das duas entidades.

A iniciativa conjunta foi acertada por meio de um acordo de cooperação técnica assinado em julho do ano passado. A atuação entre o banco e a petrolífera é voltada para as áreas de óleo e gás, com foco em pesquisa científica, transição energética e descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança. O acordo tem vigência de 4 anos.

Gestão independente

De acordo com a Petrobras, esse primeiro fundo de CVC da companhia seguirá normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), instituição ligada ao Ministério da Fazenda responsável por fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

O gestor do fundo será escolhido por meio de edital público e terá independência para as decisões e investimentos. “A tese de investimento abrangerá negócios inovadores relacionados a energias renováveis e de baixo carbono que acelerem o posicionamento da Petrobras na transição energética”, explica a estatal.

Plano estratégico

O plano estratégico da companhia prevê o montante de US$ 100 milhões – cerca de R$ 500 milhões – para a estratégia de investimentos em capital de risco corporativo até 2028. Os valores a serem aportados nesse primeiro CVC ainda serão submetidos às instâncias internas de aprovação da Petrobras e do BNDES.

Os objetivos dos dois parceiros são originação de negócios, desenvolvimento de fornecedores e mercados e inteligência tecnológica. Além disso, esperam remuneração do capital, ou seja, recuperar com ganhos financeiros o valor investido.

No comunicado distribuído pela Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirma que a parceria “servirá de alavanca de crescimento para a captura de valor da inovação em energias de baixo carbono”, em linha com estratégicas divulgadas no plano estratégico 2024-2028.

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, enxerga complementaridade entre o investimento em CVC e pesquisas desenvolvidas dentro da empresa. “O CVC nos permitirá fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, de maneira integrada ao arcabouço de inovação que a Petrobras já desenvolve no âmbito dos seus projetos de pesquisa e desenvolvimento”.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, investir em transição energética e em inovação é a solução para a garantia do desenvolvimento sustentável da economia brasileira. “O capital de risco é uma ferramenta importante para financiar micro, pequenas e médias empresas inovadoras, e o envolvimento de grandes empresas públicas, como BNDES e Petrobras, é um estímulo fundamental para que tenhamos novos saltos tecnológicos no país”, disse.