Estruturar sistema de atenção básica é desafio para a saúde suplementar

Por Tonico Galvão

Atenção Primária à Saúde foca o cuidado centrado nas pessoas.

O sistema de Atenção Primária à Saúde (APS) ainda não deslanchou plenamente entre as operadoras de planos de saúde. Embora seja reconhecido como um modelo de assistência de enorme efetividade na prevenção de doenças, na integração do atendimento, na melhoria do cuidado, na redução de internações e inclusive na redução de custos assistenciais, ainda são limitadas as iniciativas para implantá-lo. Para conversar sobre esse assunto, o Núcleo de Saúde da SP4 Comunicação convidou o médico Celso Evangelista, especialista em medicina geral e comunitária, que já atuou na implantação de programas de atenção básica no setor público e que foi responsável pela criação do programa QualiViva, para a Qualicorp, na saúde suplementar. Na entrevista, que pode ser acessada no link abaixo, Evangelista fala sobre o modo de operação da APS, os requisitos para a sua implantação, os ajustes na estruturação do atendimento, a importância de uma equipe multidisciplinar atuando em conjunto com o médico de família e sobre os benefícios que o sistema traz para os pacientes. Segundo ele, cerca de 80% das demandas cotidianas de saúde podem ser resolvidas nesse nível da rede de atendimento com ganhos de qualidade para a saúde dos pacientes em relação ao modelo atual.

No final de 2023, a questão da Atenção Primária à Saúde (APS) no setor privado já foi tema de levantamento feito pelo Núcleo de Saúde da SP4 Comunicação, com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O Núcleo de Saúde da SP4 Comunicação publica regularmente estudos, realizados de maneira colaborativa, sobre temas que possam contribuir para o desenvolvimento e a sustentabilidade da saúde suplementar. Tenha uma boa leitura.

Link para a entrevista: https://lnkd.in/dzGiQwgT

Proporção de idosos com 65+ em planos de saúde é similar à da população em geral

Por Tonico Galvão

A proporção de idosos com 65 anos ou mais (65+) na base de beneficiários dos planos de saúde, em 2022, era de 10,3%, muito próxima dos 10,5% da população brasileira nessa faixa etária. Como revela estudo feito pelo Núcleo de Saúde da SP4 Comunicação, entre 2012 e 2022, essa foi a que mais cresceu nos planos: 38,5%. Em contraposição, a faixa de beneficiários entre 20 e 34 anos encolheu 15,5% no período.

Em 2012, havia nos planos de saúde 3,8 milhões de idosos 65+ para 14 milhões de beneficiários entre 20-34 anos. Em 2022, eram 5,2 milhões idosos 65+ para 11,8 milhões de jovens de 20-34 anos. A mudança na distribuição das faixas etárias afeta o modelo de assistência e as condições de financiamento dos planos de saúde.

O levantamento, feito com base em dados da ANS e do IBGE, mostra também, de forma segmentada, a presença relativa do grupo 65+ nos planos de saúde por tipo de contratação (individual, coletiva empresarial e coletiva por adesão) e por modalidade de operadora (medicina de grupo, cooperativa, seguradora, autogestão e filantropia).
Tal como outros, este estudo foi realizado de forma colaborativa com o intuito de contribuir para compreensão de aspectos relevantes e para o aperfeiçoamento da saúde suplementar. Veja a íntegra do estudo no link a seguir. Boa leitura!
https://lnkd.in/dzGiQwgT

Tonico Galvão, coordenador do Núcleo de Saúde da SP4.