UFRJ recebe debate sobre doação e transplante de órgãos

A coordenadora geral do Sistema Nacional de transplante, Rosana Nothen, será uma das palestrantes

O Instituto Coppead de Administração da UFRJ receberá, no dia 13/03, palestrantes nacionais e internacionais para debater a questão da  Doação e Transplante de Órgãos no Brasil, que muitas vezes é a única opção terapêutica para pacientes que sofrem de doenças crônicas, podendo salvar vidas, porém há uma grande escassez de órgãos para doação no mundo inteiro. A primeira edição do Debates em Saúde irá abordar os desafios da gestão na saúde, levando a interação entre mercado e academia de forma interdisciplinar e moderna e trazendo questionamentos como: “Como aumentar a capacitação? Será necessário realmente aumentar a captação ou o problema é a má gestão do processo e o baixo aproveitamento dos órgãos capacitados? Como reduzir a perda de órgãos ao longo do processo?”. Carmen Segovia, da Espanha,  Rosana Nothen (BRA), Joel Andrade (BRA) e Rodrigo Sarlo (BRA) serão os palestrantes, que irão trocar experiências com profissionais da área.

Outros três seminários serão realizados durante o ano sobre os seguintes temas:  Saúde 4.0 (no dia 23/05), Market Acess (em 22/08) e  Sistema em Crise (em 17/10). Sempre no horário das 8h às 17h, no Coppead, localizado na Ilha do Fundão – Rio de Janeiro. As inscrições, no valor de R$ 90,00 por seminário, podem ser realizadas pelo site www.debatesemsaude.coppead.ufrj.br. O evento é promovido pelo Centro de Estudos em Gestão de Serviços em Saúde (CESS).

Número de transplantes cresce 5%, mas recusa de doação por famílias ainda é alta

Transplante de coração foi o que mais cresceu em 2016

A taxa de doadores de órgãos efetivos aumentou 5% no Brasil no ano passado, em comparação com 2015, mas continua abaixo da esperada. A informação faz parte de um levantamento estatístico sobre a realização de transplantes no país, divulgado hoje (9) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na sede da Academia Nacional de Medicina, no Rio. Segundo Barros, a recusa de doação de órgãos pela família ainda é um desafio para a expansão do serviço.

“A cada ano, batemos novos recordes, mas em algumas modalidades de transplante temos cinco anos de fila de espera, cerca de 40% das famílias se recusam a fazer a doação dos órgão de parentes falecidos. Então, há um conjunto de medidas a tomar”, disse Barros. “Para reduzir as filas, já que temos excelente infraestrutura de hospitais especializados em transplantes, precisamos fazer campanhas de conscientização para que as famílias autorizem a doação de órgãos, facilitar a regulação da legislação que envolve essa questão”, acrescentou.

Nas regiões Sul e Sudeste, a taxa de  recusa é de cerca de 30%; nas regiões Norte e Nordeste, o percentual chega a 40%.

Ao todo, 2.983 pessoas foram doadoras de órgãos no ano passado, sendo 357 para o transplante de coração. O aumento desse tipo de procedimento foi de 13% no período.

O número de transportes de órgãos feitos pela Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou de cinco, em 2015, para 172 em 2016. Desde junho do ano passado, a FAB tem uma aeronave à disposição para o transporte de órgãos ou de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação à fila de espera, cerca de 41 mil pessoas aguardavam por um transplante em 2016, a maioria de rim (24.914).