Por Cristian Favaro, do Valor Econômico
A locadora de veículos Movida registrou um lucro líquido de R$ 258,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 135,7% na comparação com igual período do ano passado. Os números foram sustentados pela persistência na demanda do setor, que tem ajudado a manter as diárias médias e ocupação das frotas elevadas. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 863,1 milhões, crescimento de 183,4% no ano, com margem Ebitda de 87%, alta de 29,6 pontos percentuais em igual base de comparação.
A empresa teve uma receita líquida de R$ 1,965 bilhão, recorde para um trimestre e alta de 144,2% no ano. A receita líquida de aluguéis ficou em R$ 992 milhões, aumento de 87,1%.
A empresa destacou no release que cresceu quase 5 mil carros desde o fim de 2021, chegando a uma frota total de 192 mil carros. A idade média da frota é de 14 meses, o que seria a mais nova do setor. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021 a frota da empresa saltou 69 mil carros. “Fortalecemos nossas parcerias com as montadoras de forma relevante, e conseguimos comprar 21 mil carros no primeiro trimestre de 2022 com preço médio de R$ 93 mil, representando 6,5% das vendas totais deste trimestre usando os dados da Anfavea”, apontou a empresa.
O grupo terminou o trimestre com uma despesa financeira de R$ 287,3 milhões, alta de 274,8% na comparação com igual período do ano anterior, sobretudo diante do aumento da dívida líquida e a taxa selic, que saltou de 4,25% em fevereiro de 2021 para 11,75% em março deste ano.
A dívida líquida do grupo ficou em R$ 8,515 bilhões. A alavancagem (medida pela relação dívida líquida sobre o ebitda) foi de 3 vezes, contra 3,2 vezes um ano antes.