China impõe tarifas sobre 128 produtos dos Estados Unidos

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Os presidentes Donald Trump, à esq., e Xi Jinping, da China

A China anunciou nesta segunda-feira (2) a imposição de tarifas comerciais sobre um conjunto de 128 produtos americanos, por conta das medidas que os Estados Unidos anunciaram no mês passado sobre as importações de aço e alumínio chineses.

Um conjunto de 120 produtos, entre eles frutas, frutas secas e vinho, terão tarifa de 15%, enquanto produtos suínos e afins terão 25%, segundo anúncio do Ministério do Comércio.

A medida, que entra em vigor hoje, é uma resposta às tarifas americanas sobre 25% nas importações de aço e 15% nas de alumínio procedentes da China.

Em um outro comunicado, o Ministério do Comércio chinês pediu aos Estados Unidos que retirem suas medidas contra o aço e alumínios chineses, que, segundo Pequim, violam as normas da Organização Mundial de Comércio (OMC).

A China já tinha anunciado, no último dia 23 de março, que iria impor essas tarifas se os EUA seguissem adiante com seus planos de tributar as importações de aço e alumínio procedente do gigante asiático.

Mesmo assim, Pequim sempre insistiu que queria evitar uma guerra comercial e advertiu o governo norte-americano para que não abrisse “uma caixa de Pandora”.

Trump confirma que EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira que seu país reconhecerá Jerusalém, a partir de agora, como capital de Israel, uma medida que promete gerar tensões no Oriente Médio e reduzir as possibilidades de um processo de paz entre israelenses e palestinos. As informações são da agência EFE.

“Determinei que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel”, disse Trump em um discurso na sala de recepções diplomáticas da Casa Branca.

Donald Trump afirmou que sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel não deve ser interpretada como uma falta de compromisso com o processo de paz entre israelenses e palestinos, e prometeu que fará “todo o possível” para ajudar as partes a consegui-lo.

“Os Estados Unidos apoiarão uma solução de dois Estados se as duas partes chegarem a um acordo”, declarou Trump em discurso na sala de recepções diplomáticas da Casa Branca.

Trump envia ao Congresso plano de princípios para futura reforma migratória

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, quer que uma futura reforma migratória inclua a construção completa do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos baseado no mérito, de acordo com o plano de princípios enviado nesse domingo (8) ao Congresso. A informação é da Agência EFE.

O plano de Trump defende também um aumento no custo dos vistos para financiar a melhoria da segurança fronteiriça, o retorno ágil para seus países dos menores de idade que chegam sozinhos aos EUA, a maioria deles centro-americanos, e o fim do “abuso” no sistema de concessão de asilo.

Além disso, o presidente pretende melhorar o cumprimento e a aplicação das leis migratórias, com a contratação de mais 10 mil agentes para o Escritório de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e 300 fiscais federais adicionais.

Segundo o rascunho ao qual a EFE teve acesso, o governo Trump está disposto a trabalhar com o Congresso para atingir três objetivos: garantir entradas nos EUA seguras e legais, defender a segurança do país e proteger os trabalhadores e contribuintes americanos.

Trump acredita que “é imperativa a completa construção do muro”, comentou à EFE um funcionário de alto escalão da Casa Branca.

O primeiro ponto do plano no quesito segurança de fronteira é o “financiamento e a construção completa do muro na fronteira sul”, uma ideia rejeitada totalmente pela oposição democrata.

Quanto à imigração baseada no mérito, a proposta de Trump contempla, sem dar números, estabelecer limites às permissões de residência ou green cards para cônjuges e filhos menores de idade daqueles que já vivem nos EUA, bem como criar um sistema de pontos para obter essas cartões.

Em agosto passado, Trump já apoiou um projeto de lei dos senadores republicanos Tom Cotton e David Perdue, que pretende reduzir à metade a entrada de imigrantes legais nos EUA ao longo da próxima década, por meio da redução da concessão de cartões de residência.

Junto com a segurança fronteiriça e a mudança nos parâmetros de aceitação de imigrantes, o plano de Trump enfatiza a necessidade de fazer cumprir as leis migratórias e fazer reformas para a rápida saída do país daqueles que ficam mais tempo do que é permitido pelo visto.

“Agora, simplesmente não temos as ferramentas para garantir o cumprimento das leis”, detalhou o funcionário da Casa Branca, ao lembrar a necessidade de contratar mais agentes e advogados para o ICE, juízes de imigração e promotores federais.

A proposta enviada ao Congresso não inclui a busca de uma solução para os 800 mil jovens sem documentos que evitaram a deportação e ganharam licenças de trabalho graças à Daca, um programa encerrado por Trump em setembro.

Apesar disso, o presidente falou aos líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, sobre a possibilidade de se chegar a um acordo para substituir a Daca, mas até agora não se sabe de nenhum avanço.

O funcionário da Casa Branca insistiu na necessidade de que o Congresso elabore uma legislação para os beneficiários da Daca, lembrando que a Casa Branca gostaria que isso ocorresse “o mais rápido possível”.

Trump encerra programa de Obama que protegia 800 mil jovens de deportação

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (5) o fim do programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, na sigla em inglês), criado pelo ex-presidente Barack Obama, e que protegia da deportação 800 mil jovens imigrantes. A informação é da EFE.

A suspensão do Daca entrará em vigor daqui a seis meses para forçar o Congresso a encontrar uma alternativa para o programa.

“Estou aqui para anunciar que o programa Daca, sancionado pela administração de Obama, será rescindido”, anunciou em entrevista coletiva o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, um dos membros do governo de Donald Trump com posições mais duras em relação à imigração no país.

No limbo

Na última sexta-feira (1°), o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, pediu  a Trump que mantivesse o Daca. “Essas pessoas estão no limbo, são crianças  que seus pais trouxeram para cá, que não conhecem outro país e que não tem outro lar. Realmente, acredito que deve haver uma solução legislativa e é nisso que estamos trabalhando. Queremos tranquilizar as pessoas”, disse Ryan, principal liderança do Partido Republicano no Congresso.