Economia dos EUA supera previsão e cresce 3% no segundo trimestre

A economia dos Estados Unidos cresceu 3% no segundo trimestre de 2017, quatro décimos acima da primeira estimativa, informou hoje (30) o governo americano. O dado sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do país entre abril e junho representa um avanço frente ao cálculo anterior feito pelo Departamento de Comércio, que era de 2,6%. A informação é da EFE.

O crescimento de 3% também supera as previsões dos analistas, que tinham previsto um avanço de 2,8% do PIB dos EUA no segundo trimestre. Além disso, a expansão representa o melhor resultado para um trimestre dos últimos dois anos e é mais do que o dobro da registrada nos três primeiros meses deste ano, que foi de 1,2%.

Segundo o Departamento de Comércio, a revisão para cima ocorreu graças ao avanço das despesas dos consumidores, que representam dois terços da atividade econômica dos EUA e que chegou a 3,3% no trimestre, melhor dado em um ano.

De acordo com o relatório divulgado hoje, os americanos gastaram mais em bens, incluindo na compra de automóveis e serviços.

Os EUA estão há 11 anos registrando crescimento do PIB inferior a 3%. Em 2016, a economia avançou 1,6%, o menor ritmo desde 2011.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu que o país voltará a crescer entre 3% e 4% durante seu governo, graças à promoção de investimentos em infraestrutura e a um plano fiscal para reduzir os impostos no país. Apesar das promessas, nenhuma das duas iniciativas entrou em vigor até o momento.

Trump impõe novas sanções à Rússia

A Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou hoje (2) novas sanções contra a Rússia. Projeto de lei nesse sentido foi aprovado pelo Congresso norte-americano na semana passada, como punição ao governo de Moscou pela suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais americanas de 2016, pela anexação da Crimeia pela Rússia (antes território ucraniano) e também pelo apoio do governo de Vladimir Putin ao presidente sírio Bashar al-Assad.

O texto é um dos mais importantes já enviados até agora pelo Congresso à Trump e foi aprovado por maioria, tanto na Câmara dos Deputados (U.S. House of Representatives) quanto no Senado dos Estados Unidos. Foram aprovadas sanções de ordem econômica, que impõem restrições a empresas russas, e punições a cidadãos russos que tenham cometido violações aos direitos humanos, crimes cibernéticos (ataques hackers) e fornecimento de armas ao governo da Síria.

O projeto de lei aprovado pelo Congresso também restringiu a capacidade do presidente Trump de veto, o que para analistas políticos sinaliza um enfraquecimento do governo perante o Parlamento. Na prática, o texto atribuiu ao Congresso o poder de bloquear vetos presidenciais para as sanções determinadas pela lei.

Segundo funcionários da Casa Branca, entrevistados pela imprensa americana, mesmo após ter assinado as sanções o presidente estaria planejando divulgar uma declaração de repúdio ao que ele considera uma tentativa do Congresso de restringir seu poder.

Antes mesmo da assinatura das sanções, o governo da Rússia já havia reagido, após o anúncio da aprovação da lei no Congresso. O presidente Putin determinou a redução do quadro diplomático norte-americano na Rússia em 60%, o que irá reduzir o contingente de 1.200 funcionários dos EUA no país para 755, a partir de setembro.

Fracassa no Senado última opção de Trump para derrubar Obamacare

A última alternativa da liderança republicana do Senado dos Estados Unidos para tentar cumprir a promessa do presidente Donald Trump de derrubar o Obamacare, a reforma de saúde de Barack Obama, fracassou de novo na madrugada de hoje (28) pelo voto de rejeição de três senadores conservadores, entre eles John McCain.

McCain, diagnosticado recentemente com um câncer cerebral, se uniu a novas duas senadoras republicanas e a todos os democratas para derrubar a proposta, que recebeu 51 votos contra e 49 a favor. O senador se uniu a novas duas senadoras republicanas, Susan Collins e Lisa Murkowski, e a todos os democratas para derrubar a proposta, apelidada de skinny bill ou lei magra.

A derrubada e substituição do Obamacare, a reforma de saúde promulgada pelo então presidente Barack Obama em 2010, foi um objetivo impossível de se alcançar para os republicanos e se converteu em uma das promessas principais da campanha eleitoral de Trump.

Decepção

Após o novo fracasso na votação de hoje, o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, admitiu sua decepção e que é momento de “seguir em frente”.

Assim, não está claro se McConnell tentará submeter alguma outra proposta a voto antes do recesso do Senado, já que, antes da rejeição de hoje da lei magra, já tinham fracassado outros dois projetos.

Após a derrota da lei magra, chamada assim porque buscava uma derrogação parcial do Obamacare, o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, encorajou os republicanos a “trabalhar lado a lado para melhorar” a atual lei de saúde.

“Não estamos comemorando, estamos aliviados”, destacou Schumer, ao lembrar que as propostas republicanas ameaçavam deixar sem cobertura médica milhões de pessoas.

Banco Central dos Estados Unidos volta a aumentar a taxa de juros

Aumento da taxa de juros foi o primeiro no Governo Trump

O Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed), equivalente ao Banco Central no Brasil, aumentou nesta quarta-feira (15) a taxa de juros de referência do país pela segunda vez em três meses, com uma margem entre 0,75% e 1%. No comunicado, o Fed advertiu que a inflação caminha para a meta de 2%. Ao anunciar o primeiro aumento dos juros na presidência de Donald Trump, o banco central não indicou se a taxa será aumentada mais rápido se a Casa Branca lançar uma política de estímulos econômicos com cortes de impostos e aumentos de gastos.