União Europeia define diretrizes sobre pesquisa em plataformas online
Resultados de buscas deverão ser mais transparentes para o governo

Da Agência Brasil

O Google, de propriedade da Alphabet, a Microsoft e outras gigantes da tecnologia terão de ser mais transparentes sobre como determinam os resultados de pesquisas online, de acordo com diretrizes da Comissão Europeia divulgadas nesta segunda-feira (7).

As diretrizes, que entram em vigor imediatamente, serão seguidas na próxima semana pela publicação de projetos de regras que podem eventualmente impor mais restrições ao setor de tecnologia.

Rivais menores e algumas empresas há muito reclamam das práticas arbitrárias e opacas que as gigantes da tecnologia empregam, que afetam a posição de seus produtos e serviços nos resultados de pesquisas, especialmente quando isso significa que eles ficam bem abaixo dos das empresas maiores.

As práticas de busca online do Google resultaram em multas de mais de 8 bilhões de euros aplicadas por reguladores antitruste da União Europeia (UE) entre 2017 e 2019. Os reguladores descobriram que a companhia havia injustamente colocado seus próprios produtos como primeiro resultado a aparecer nas pesquisas, em desvantagem aos concorrentes.

“Essas diretrizes definem o padrão para a transparência da classificação algorítmica e aumentam a justiça na economia das plataformas online, que impulsiona a inovação e o bem-estar para milhões de europeus”, disse a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, em comunicado.

A Microsoft e o Google não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Conselho Europeu aceita prorrogar saída do Reino Unido para maio

O Conselho Europeu aceitou hoje (21) a proposta, apresentada pela primeira-ministra britânica, Theresa May, para adiar a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, para 22 de maio. No rascunho do comunicado, os líderes afirmam que é necessário, no entanto, que o Parlamento do Reino Unido aceite o Termo de Retirada apresentado por May.

Nesta quinta-feira foi realizada reunião entre os líderes europeus e Theresa May. A previsão anterior da saída do Reunido Unido da União Europeia era 29 de março. Mas a primeira-ministra pediu a prorrogação do prazo para 22 de maio. No comunicado, os líderes ressaltam que a negociação de um novo prazo além de 22 de maio está fora de cogitação. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que o governo alemão adota medidas para limitar o impacto sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.

Pesquisa aponta que 47% dos britânicos querem outro referendo do “Brexit”

Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira pelo jornal “The Guardian” apontou que 47% dos britânicos são a favor da realização de um segundo referendo sobre o Brexit, contra 34% que são contra reabrir a questão sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). As informações são da EFE*.

Eliminando os indecisos, 58% apoiariam a ideia de um novo referendo, enquanto 42% a rejeitariam, de acordo com o estudo elaborado pela firma ICM.

Segundo a ICM, 25% dos que votariam pelo Brexit são a favor de convocar um novo referendo assim que o governo britânico alcançar um acordo com Bruxelas sobre os termos da futura relação entre as partes.

Londres espera assinar com a UE um amplo acordo que permita ao Reino Unido continuar comercializando com as menores barreiras possíveis com o bloco depois de seu desligamento oficial, que está previsto para 29 de março de 2019.

No referendo realizado em 23 de junho de 2016, 51,9% dos votantes britânicos foram a favor da saída do Reino Unido da bloco.

Em dezembro do ano passado, a Câmara dos Comuns aprovou uma emenda que obrigará o governo da primeira-ministra, a conservadora Theresa May, a submeter à aprovação do Parlamento o pacto que ela firmar com Bruxelas para poder implementar as medidas estipuladas nas negociações com o bloco.

União Europeia registra inflação anual de 1,7% no mês de agosto

De acordo com dados divulgados hoje (18) pelo Escritório de Estatística da União Europeia (Eurostat), a inflação anual da União Europeia (UE) foi 1,7%, registrada em agosto de 2017,  acima dos 0,3% registrados no mesmo mês do ano passado.

Os países da União Europeia são Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Croácia, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Holanda, Áustria, Polônia, Portugal, Romênia, Eslovênia, Eslováquia, Finlândia, Suécia e Reino Unido.

A inflação anual na zona do euro, que é o grupo de 19 países que têm como moeda oficial o euro, ficou em 1,5% em agosto deste ano. A taxa também é muito superior à registrada no mesmo mês do ano passado, quando foi observada uma inflação anual de 0,2%.

A zona do euro é constituída pelos seguintes países: Bélgica, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Áustria, Portugal, Eslovênia, Eslováquia e Finlândia.

No mês passado, as taxas anuais mais baixas foram registradas na Islândia (-2,6%), Irlanda (0,4%), Chipre e Suíça (0,5%), Grécia e Romênia (0,6%). As maiores taxas ocorreram  na Lituânia (4,6%), na Estônia (4,2%) e Letônia (3,2%).

Se comparada com julho de 2017, a inflação anual aumentou em 20 Estados-Membros, se manteve estável em cinco e caiu em apenas três (Islândia, Noruega e Suíça).

O Reino Unido, por exemplo, que vive a sua transição no processo de saída da União Europeia, teve uma inflação anual registrada em 2,9% em agosto deste ano, face a 0,6% no mesmo mês do ano passado.

Em Portugal, a tendência também registrou subida. Em agosto deste ano estava em 1,3%, enquanto apresentava 0,8% no mesmo mês do ano passado. A Alemanha, por exemplo, registrava 0,3% ano passado e passou para 1,8% este ano.

Os maiores impactos para a inflação anual da zona do euro foram provenientes de combustíveis para transporte (+0,16% pontos percentuais), serviços de alojamento (+0.10) e transporte aéreo (+0.06), enquanto telecomunicações (-0.12), legumes (-0,05) e proteção social (-0,04) tiveram impactos negativos.

De acordo com o Eurostat, a taxa anual de inflação mede a variação dos índices harmonizados de preços ao consumidor (Harmonised Indices of Consumer Prices – HICP, em inglês) entre um mês e o mesmo mês do ano anterior.