OMS pede que 3ª dose de vacina seja aplicada só em grupos de risco
Objetivo é reduzir desigualdade mundial na distribuição

 

Da Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou aos países com taxas elevadas de vacinação contra a covid-19 que não avancem com uma terceira dose até o fim do ano.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que o objetivo é reduzir a desigualdade mundial na distribuição de imunizantes.

Em entrevista coletiva na sede da instituição em Genebra, Tedros Adhanom lembrou que não há, a essa altura, evidência de uma terceira dose, com exceção dos grupos de maior risco.

O objetivo global da OMS é que cada país vacine pelo menos 10% de sua população até o fim deste mês, 40% até o fim do ano e que 70% da população mundial estejam imunizados até meados do próximo ano.

Nessa quarta-feira (8), a Irlanda anunciou que vai avançar com a terceira dose da vacina contra a covid-19 para os idosos.

Ministério da Saúde anuncia vacinação de portuários e aeroviários
Doses serão distribuídas aos estados ainda hoje

 

Da Agência Brasil

 

O Ministério da Saúde anunciou, hoje (25), o início da vacinação de trabalhadores de portos e aeroportos. Na noite de hoje começarão a ser distribuídas aos estados doses para a imunização desse público, que abrange pouco mais de 200 mil pessoas.

Segundo a pasta, as doses serão suficientes para atender 100% dos portuários e 78% dos trabalhadores em aeroportos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a medida foi tomada diante do cenário de circulação de uma nova variante, denominada de indiana, em menção ao país onde surgiu, cujo nome técnico é B.1.671.2.

No país, a variante foi identificada inicialmente no Maranhão, com casos suspeitos em outros estados sob análise. Uma pessoa infectada com a variante indiana está internada em São Luís em estado grave.

O governo federal enviou ao Maranhão 600 mil testes rápidos para identificar possíveis casos da variante no estado.

Webinar vai debater a vacinação contra o Covid-19 nos países de língua portuguesa
Evento é promovido pela Federação Internacional dos Hospitais

 

 

Da Redação

A Federação Internacional dos Hospitais (IHF), em colaboração com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH), a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), promovem, no dia 25 de maio, o webinar “Desafios de uma Pandemia: A Implementação da Vacina Covid-19 nos Países de Língua Portuguesa”. O evento reunirá lideranças do setor da saúde para avaliarem os primeiros seis meses de implementação e distribuição da vacina, bem como discutirem os desafios e sucessos e as perspectivas para o futuro. As inscrições são gratuitas, pelo site https://www.ihf-fih.org/desafios-de-uma-pandemia-event/.

O evento terá a participação de nomes como o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros; o presidente da Federação Brasileira de Hospitais e membro do Conselho de Administração da IHF, Adelvânio Francisco Morato; Rogério Gaspar, diretor do Departamento de Regulação e Pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde e Margarida Eiras, membro do Conselho de Administração da Federação Internacional dos Hospitais.

“O evento da IHF vai permitir uma troca de experiências entre os países que é fundamental, principalmente por se tratar de uma pandemia que provocou um cenário nunca visto. Por isso é fundamental a participação de lideranças e gestores da saúde “, destaca o presidente da FBH.

Vacinação reduz pela metade morte entre idosos com mais de 80 anos
Estudo foi liderado pela Universidade Federal de Pelotas

 

Da Agência Brasil

A proporção de mortes de idosos com 80 anos ou mais caiu pela metade no Brasil após o início da vacinação contra a covid-19. Os dados fazem parte de um estudo liderado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O percentual médio de vítimas dessa faixa etária era de 25% a 30% em 2020 e passou para 13% no final de abril.  Quando teve início a imunização, em janeiro de 2021, o percentual era de 28%.

De acordo com o Cesar Victora, epidemiologista e líder da pesquisa, outros estudos já demonstraram a associação entre a vacinação e a queda nas internações e nas mortes, por exemplo a partir dos dados da população de Israel. A novidade desta análise é que o mesmo se confirma em um cenário com predominância da variante P1. Em Israel, a imunização alcança mais de 55% da população, segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford.

A pesquisa liderada pela UFPel indica que pelo menos 13,8 mil mortes de brasileiros com 80 anos ou mais em um intervalo de oito semanas foram evitadas. O país registra 407.639 mortes por covid-19, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada nesse domingo (2). Em 24 horas, foram 1.202 novas mortes. A aplicação da primeira dose alcança cerca de 14% dos brasileiros; e 6,5% receberam as duas doses.

Os dados utilizados na análise foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde e referem-se ao período de 3 de janeiro a 22 de abril. Nessas datas, 171.454 pessoas morreram pelo novo coronavírus no Brasil.

No começo de 2021, a taxa de mortalidade entre pessoas de 80 anos ou mais era 13,7 vezes maior do que para pessoas com zero a 79 anos. De acordo com o estudo, essa relação caiu para 6,9 vezes no início de abril.

As estimativas dos pesquisadores apontam que, com a nova cepa, se o número de mortes entre os mais idosos tivesse continuado no mesmo ritmo observado para grupos etários mais jovens, seriam esperadas quase 48 mil mortes contra as 34.168 registradas no período.

Os níveis nacionais de cobertura vacinal com a primeira dose nessa faixa etária chegaram a 50% na primeira quinzena de fevereiro, a 80% na segunda quinzena do mês e ficou em 95% em março. Os pesquisadores apontam que os resultados de queda da mortalidade encontrados são compatíveis com o efeito protetor da primeira dose e deve aumentar a partir da segunda.

O estudo também confirma que as vacinas aplicadas no Brasil protegem mesmo em um cenário em que a P1 predomina. Pesquisas com profissionais de saúde vacinados em Manaus e São Paulo já demonstravam essa proteção.