Pela primeira vez, Brasil não registra morte por covid-19 em 24 horas
Desde o início da pandemia, foram 697.674 óbitos

Da Agência Brasil

Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgados no início da noite de domingo (12), mostram que pela primeira vez, em 24 horas, o Brasil não registra mortes causadas pela covid-19.

Segundo o Conass, no período de 24 horas foram registrados 298 novos casos de covid-19. A média móvel dos últimos 7 dias foi de 45 óbitos e 9.126 novos casos diários da doença.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram registrados 36.932.830 casos da doença, com 697.674 óbitos. As taxas de incidência e de mortalidade, referentes a casa 100 mil habitantes, são de 17.575 casos de covid-19 e 332 óbitos.

Vacinação

No início do mês, o Ministério da Saúde divulgou o cronograma para 2023 do Programa Nacional de Vacinação, inclusive da covid-19. As ações começam em 27 de fevereiro, com a aplicação de doses de reforço bivalentes contra a doença na população com maior risco de desenvolver formas graves da covid-19, como idosos acima de 60 anos de idade e pessoas com deficiência.

Também está previsto para abril intensificar a campanha de vacinação contra a influenza, antes da chegada do inverno, quando as temperaturas mais baixas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias. Já em maio, deve ocorrer uma ação de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo nas escolas.

As etapas, de acordo com o ministério, foram organizadas de acordo com os estoques de doses existentes, as novas encomendas realizadas pela pasta e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes de vacinas.

São Paulo intensifica vacinação contra a febre amarela
Registro de caso no interior, impulsionou aplicação do imunizante

Da Agência Brasil

Após um caso confirmado de febre amarela no município de Vargem Grande do Sul, no interior de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deu início a ações de intensificação em vigilância e vacinação contra a doença na capital. 

A SMS recebeu alerta epidemiológico do governo de São Paulo em 27 de janeiro, que informou sobre o diagnóstico da doença em um adulto de 73 anos, não vacinado, que evoluiu com internação hospitalar sendo curado em sua evolução clínica.

Segundo a pasta, na primeira etapa, a vacinação contra a febre amarela será reforçada na zona norte, local considerado importante área de risco, caso o vírus faça migração pelos “corredores ecológicos”. Esses corredores, estudados durante o surto de 2017 e 2018, são áreas urbanas fronteiriças a matas. Na região, agentes comunitários das unidades básicas de saúde (UBSs) farão busca ativa do público que ainda não recebeu as doses previstas.

Esquema vacinal

O esquema vacinal inclui crianças menores de 5 anos de idade, com uma dose aos 9 meses e outra aos 4 anos, além de todos os indivíduos com mais de 5 anos, que recebem uma dose única, válida por toda a vida. No caso de crianças que não receberam a segunda dose até os quatro anos, a vacina pode ser aplicada em qualquer idade.

A imunização é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença, que é transmitida por vetores e tem ocasionado casos em distintas regiões do país em seu ciclo silvestre. É importante que pessoas que se deslocam para regiões de mata, considerando também o feriado de carnaval, estejam vacinadas.

A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos, desta forma, quem irá viajar no carnaval para zona de mata, e ainda não tomou o imunizante, deve tomar o mais breve possível.

Sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos incidindo entre os meses de dezembro e maio.

A prevenção é a vacina. Os imunizantes estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, também das 7h às 19h.

Histórico da doença

Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectado no ano 2000, no Estado de São Paulo. Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul.

No município de São Paulo, em 2018, foram confirmados 121 casos da doença, sendo que, destes, 107 foram casos importados e 14 autóctones. Já em 2019 e 2020, a cidade teve, respectivamente, três e um caso confirmados. Em 2021 e 2022, a cidade não registrou nenhum caso da doença.

Lote de 754 mil doses da CoronaVac vai reforçar vacinação de crianças
Vacinas passam por controle de qualidade e serão entregues aos estados

Da Agência Brasil

O Ministério da Saúde recebeu hoje (11) 754 mil doses da CoronaVac para reforçar a vacinação contra a covid-19. A entrega faz parte de um contrato aditivo firmado com o Instituto Butantan e, de acordo com a pasta, um novo aditivo deve ser assinado nos próximos dias, garantindo a compra de 2,6 milhões de doses no total.

De acordo com o ministério, as doses já entregues estão sob análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e serão distribuídas nos próximos dias.

As primeiras doses devem ser usadas para dar continuidade à imunização de crianças de 3 a 11 anos. Segundo a pasta, as doses de vacina serão distribuídas de maneira isonômica, conforme solicitação de cada ente federativo e do cálculo de público-alvo.

Média móvel de mortes

O ministério informou que, nesta quinta-feira, o país registrou a maior queda na média móvel de mortes por covid-19 desde 17 de novembro de 2022. Para manter a tendência de queda, a pasta reitera a importância das doses de reforço, inclusive para crianças, “garantindo uma proteção mais efetiva contra o coronavírus”.

“Todos os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil são seguros e têm sua eficácia comprovada”, reforçou.

Saúde Rio de Janeiro suspende vacinação contra covid-19 a partir de amanhã
Secretaria tem doses apenas para crianças de 5 a 11 anos

Da Agência Brasil

A prefeitura do Rio de Janeiro vai suspender, a partir de amanhã (6), a aplicação de doses da vacina contra a covid-19. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, acabaram os estoques do imunizante e apenas crianças de 5 a 11 anos seguem sendo vacinadas.

O secretário de Saúde, Daniel Soranz, disse que as doses para as crianças também devem acabar em breve. “Há poucas doses de vacina para covid ainda no dia de hoje. Muito provavelmente amanhã seremos obrigados a suspender a vacina para covid de adultos. Também há poucas doses de vacina para crianças. Então, procure se vacinar no dia de hoje, enquanto a gente ainda tem doses disponíveis”, afirmou.

Ele disse que está em Brasília hoje e vai conversar sobre a questão com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“A gente deve encerrar os estoques [de vacinas] no dia de hoje, as últimas doses. A previsão é de retomar na próxima semana. Eu estou em contato direto aqui com o Ministério da Saúde, hoje eu tenho uma reunião com a ministra Nísia, para que a gente possa organizar esse fluxo de entrega de vacinas para o Rio nesse próximo período”, explicou.

Doses de reforço

O secretário ressaltou, ainda, a importância do reforço na imunização e disse que muitas pessoas procuraram os postos nas últimas semanas.

“Hoje, há um milhão de cariocas que não voltaram para tomar as doses de reforço. Felizmente, com as festas de fim de ano, muitos cariocas procuraram se vacinar. Hoje, a gente tem um cenário epidemiológico muito favorável por conta da nossa alta cobertura vacinal. Só que essa proteção não dura para sempre e é importante que os cariocas saibam disso. Então, a nossa recomendação é que procurem se vacinar o quanto antes, procurem se proteger”, enfatizou.

De acordo com secretário Soranz, os detalhes sobre a entrega dos próximos lotes devem ser definidos ainda hoje com o Ministério da Saúde. O ministério foi procurado pela reportagem, mas ainda não retornou o contato.

Cobertura vacinal

Até o momento, a cobertura vacinal contra a covid-19 no Rio de Janeiro atingiu 90,2% da população total com as duas doses do esquema básico, subindo para 99,8% dos adultos, a partir dos 18 anos.

Entre as crianças de 5 a 11 anos, apenas 64% completaram o esquema e ainda há 88,8 mil pessoas nessa faixa etária que não receberam nenhuma dose.

Pelo menos uma dose de reforço da vacina foi aplicada em 59,9% da população total, mas apenas 38,3% dos adultos voltaram para receber a quarta dose.

Esclarecimento do ministério

O Ministério da Saúde informou hoje (5) que o contrato com a Pfizer ainda prevê a entrega de 69 milhões de doses da vacina covid-19 até o segundo trimestre de 2023.

“O acordo prevê a entrega de vacinas bivalentes para pessoas acima de 12 anos e monovalentes para crianças de seis meses a 11 anos. O contrato vigente também inclui a entrega de potenciais vacinas adaptadas a novas variantes que venham a ser aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, diz a nota.

O ministério não esclareceu se há doses das outras fabricantes disponíveis para o envio imediato aos estados. Mas ressaltou que vai receber, ainda no primeiro trimestre, 16 milhões de doses da Pfizer para a faixa etária de seis meses a quatro anos de idade e 11 milhões para crianças de 5 a 11 anos.

No segundo trimestre estão previstas remessas de 6,68 milhões de doses para bebês e crianças pequenas e mais 6,57 milhões para as crianças maiores. Para o público adulto, serão 9,7 milhões de doses da vacina bivalente BA.4/BA.5 para entrega até junho.