Diretoria da Petrobras aprova venda de participação nos campos Golfinho e Camarupim à BW Energy
Empresa vai pagar até US$ 75 milhões pelos ativos

 

Por Fabiana Holtz, do Valor Econômico

A diretoria executiva da Petrobras aprovou, em reunião nessa quinta-feira (23), a venda de sua participação nos conjuntos de concessões marítimas dos polos Golfinho e Camarupim, em águas profundas no pós-sal, na Bacia do Espírito Santo. Os ativos foram adquiridos pela BW Energy Maromba do Brasil (BWE) por até US$ 75 milhões.

Desse montante, acrescenta a petrolífera em comunicado, US$ 3 milhões serão pagos na data da assinatura dos contratos, US$ 12 milhões no fechamento da transação e até US$ 60 milhões, a depender das cotações futuras do petróleo Brent e desenvolvimento dos ativos.

Valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Vendas de veículos aumentam 38,5% em um ano

venda veiculos
Vendas alcançaram o melhor resultado em um mês de abril desde 2015

A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou que, no primeiro quadrimestre do ano, foram vendidos 762.880 veículos, 21,3% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. O mês de abril representou alta de 4,8% em relação a março, com a venda de 217,3 mil unidades no mês. Na comparação com abril do ano passado, a alta foi de 38,5%.

Ao divulgar os dados nesta segunda-feira (7), o presidente da Anfavea, Antonio Megale, destacou o resultado como “o melhor abril desde 2015, e o melhor mês desde dezembro de 2015, o que significa que aos pouquinhos o número está voltando. A gente vê que no acumulado [janeiro a abril] nós estamos com 763 mil unidades [vendidas], mas ainda não chegamos na média dos últimos dez anos que é de 951 mil unidades. Ainda temos espaço para crescer, acho que gradualmente está vindo o resultado”.

As exportações de automóveis registraram alta de 8,4% em abril, com a venda de 73.152 veículos. Com relação ao quadrimestre, a alta foi de 7,5% na comparação com o mesmo período anterior, com a exportação de 253.359 unidades de janeiro a abril.

Os caminhões tiveram elevação de 3,9% nas vendas em abril. Foram emplacadas, no último mês, 6,2 mil unidades. No primeiro trimestre, a alta nas vendas foi de 57,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o vice-presidente da entidade, Luiz Carlos Gomes de Moraes, o resultado fará manter a previsão de crescimento da área. “O mercado de caminhões está acompanhando a economia, o que tende a confirmar nossa previsão de crescimento total do ano em relação ao ano passado de mais de 25%”.

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram recuo de 7,2% no primeiro quadrimestre do ano, em comparação com a comercialização verificada de janeiro a abril de 2017. De acordo com o balanço, foram vendidas 11,7 mil unidades no período. Mas o setor teve alta de 17,6%, na comparação entre o último março e abril, com 4,1 mil unidades vendidas.

Para Megale, o começo do ano passado foi aquecido, o que representou números melhores do que este início de ano. “No ano passado tivemos uma supersafra, com um bom nível de rentabilidade. Houve muita venda de máquinas no primeiro trimestre para colheita e plantio, então o começo do ano passado foi muito aquecido e com isso a gente está com nível inferior ao do ano passado”. Para ele, apesar disso, a recuperação já está acontecendo. “Nós estamos recuperando isso, começamos com recuo de 39% em relação a janeiro a janeiro e no acumulado está menos 7%”, disse.

As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias tiveram alta de 26,3% no primeiro quadrimestre. Já o mês de abril representou queda no setor, com recuo de 6,1% na comparação com março.

Produção

A produção de veículos cresceu 20,7% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o período de janeiro a abril de 2017, embora o mês de abril tenha registrado recuo de 0,5%, com a produção de 266,1 mil veículos ante os 267,5 mil produzidos em março.

Segundo o balanço divulgado pela Anfavea, foram fabricadas 965,87 mil unidades no primeiro quadrimestre de 2018, enquanto a produção no mesmo período do ano passado ficou em 800,19 mil veículos.

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias registrou recuo de 5,1% em abril se comparado ao mês anterior, mas teve aumento de 1,3% no primeiro quadrimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2017.

O nível de emprego na indústria teve alta de 4,1% em abril na comparação com o mesmo mês de 2017. No ano passado, as fabricantes de veículos empregavam 126,5 mil pessoas, enquanto agora tem um quadro total de 131,7 mil funcionários.

Previsão

Segundo a entidade, por enquanto as previsões de crescimento serão mantidas. Para a produção de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus), a Anfavea estima um aumento de 13,2%. Para o licenciamento espera-se um crescimento de 11,7% e quanto às exportações espera-se que o setor amplie em 5% as vendas para o exterior.

“Mas estamos crescendo mais que isso, crescendo a 20%, mas por enquanto estamos mantendo a previsão em torno de 11,7% e 12%. Quanto à produção, vai crescer mais de 20% e nós vamos ultrapassar 3 milhões de unidades. Acho que é um marco importante e que a gente deve ocupar mais a capacidade de nossas fábricas, e se o mercado de exportação continuar forte, se os números internos de vendas também continuarem no nível atual, talvez a gente tenha até uma surpresa positiva no final do ano”, disse Megale.

Já a previsão de vendas das máquinas agrícolas e rodoviárias é de 3,7%. Quanto à produção, espera-se um crescimento de 11,8%. Em termos de valores, o setor deve movimentar US$ 16,7 bilhões este ano.

Por R$ 567 milhões, Petros vende participação em empresa de shopping

Em busca de geração de liquidez para o plano de previdência privada dos funcionários da Petrobras, a Petros concluiu a operação de desinvestimento do fundo na Iguatemi Empresa de Shopping Center. A operação envolve R$ 567,680 milhões.

Segundo nota divulgada hoje (28), a operação foi realizada em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nela, foram colocados à venda 10,2% da participação acionária que a Petros detinha da Iguatemi.

“A efetivação da venda das 18.021.602 ações ordinárias por R$ 567,680 milhões gera liquidez principalmente para o Plano Petros do Sistema Petrobras, de benefício definido, que concentrava cerca de 75% dos papéis”, diz a nota.

O comunicado ressalta ainda que “o resultado final do certame foi de R$ 31,50 por ação, valor 10,5% superior à cotação média de R$ 28,50 dos últimos 12 meses e 28,2% maior do que o preço do papel há um ano (R$ 24,57). O valor de venda também superou a média do preço da ação nos últimos 60 pregões (R$ 30,4)”.