Votação municipal muda a cena política: prefeituras do PT caem 60%

Um novo retrato do poder político nos municípios brasileiros. A partir de janeiro, 31 partidos vão comandar pelo menos uma prefeitura, e com pesos muito diferentes daqueles que tinham até domingo (2).

A paisagem mudou. Um dia depois das eleições, não foi apenas o destino das nossas cidades que começou a ser traçado. O primeiro turno das eleições já tem seus vencedores e perdedores, e redesenhou o mapa partidário do Brasil: 5.507 cidades, ou seja, 99%, já escolheram prefeitos no primeiro turno.

O PMDB foi o menos afetado pelo resultado. E, novamente, o partido que mais elegeu prefeitos: 1.028.

Como em 2012, o PSDB foi o segundo colocado, com 793, mas foi o partido que teve o maior crescimento em número de prefeituras (107).

Quem mais perdeu foi o PT. Vai administrar 256 prefeituras, 60% a menos que em 2012. E caiu de terceiro para décimo partido em número de prefeituras no país.

Em relação ao número de votos é que houve a maior mudança. Em 2012, no primeiro turno para prefeito, o PT foi o mais votado no país: teve mais de 17 milhões de votos. No domingo (2), perdeu mais de dez milhões de votos, queda de 61%. Foi para quinto lugar.

O PMDB foi o segundo mais votado. Teve uma queda em relação à última eleição, mas manteve a posição.

O PSDB foi o terceiro colocado em 2012. Em 2016, ganhou 27% de votos e pulou para primeiro.

O PRB foi o que teve o maior salto percentual, 51%, e aparece como décimo partido no Brasil em número de votos.

Entre as capitais, 18 das 26 vão conhecer o prefeito no próximo dia 30. O PMDB venceu em duas capitais em 2012. Em 2016, ganhou uma em primeiro turno e vai para o segundo turno em seis.

O PSDB venceu em quatro capitais há quatro anos. Venceu em duas capitais no domingo (2) e vai disputar mais oito no dia 30 de outubro.

O PT ganhou em quatro capitais em 2012. Agora, venceu em uma no primeiro turno e vai para o segundo turno em mais uma.

Outra característica desta eleição foi a pulverização de votos: 18 partidos venceram em primeiro turno ou concorrem no segundo nas capitais. Entre eles, pequenos partidos, como no Rio, onde a disputa ficará entre PSOL e PRB.

O resultado mais significativo foi em São Paulo. Não apenas por ser a maior cidade do país, mas pela forma como esse resultado foi alcançado: pela primeira vez, em 24 anos, um candidato venceu em primeiro turno. Foi João Doria, do PSDB. No interior, o PSDB foi, como em 2012, o partido que mais elegeu prefeitos. O PT perdeu a maior parte das prefeituras e viu seus votos diminuírem na região onde nasceu.

Dos 645 municípios paulistas, só 14 vão para o segundo turno. O PMDB e o PSDB mantiveram quase o mesmo número de prefeituras no estado de São Paulo no primeiro turno.

O PT tinha 70 em 2012 e agora venceu em apenas oito. Vai disputar o segundo turno em duas cidades.

O PT nasceu na região industrial do ABC paulista, que fica na Grande São Paulo. Em torno da capital, o PT administrava nove prefeituras. No domingo, venceu em uma e chegou ao segundo turno em duas. Em São Bernardo do Campo, domicílio eleitoral do ex-presidente Lula, o segundo turno vai ser decidido entre um candidato do PSDB e um do PPS. O candidato petista ficou em terceiro lugar.

“A questão é que na Região Metropolitana havia uma tradição do PT, o chamado ‘cinturão vermelho’, e que hoje fundamentalmente foi desmontado. Então o partido perdeu apoios importantes na sua principal base, expressão da dificuldade política que a legenda deve enfrentar nos próximos anos”, explicou Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria.

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