Hackathon busca soluções tecnológicas para prevenção de catástrofes climáticas: startups conhecerão os desafios no dia 23
Com o título “Soluções Inovadoras para Prevenir os Desastres Climáticos e Mitigar os Efeitos das Inundações”, o evento será on-line e as inscrições estão abertas para todo o país e o exterior

(Foto: Giulian Serafim)

De educação e captação até recuperação, gestão de resíduos e logística. Esses são alguns dos temas do hackathon nacional para startups que será realizado no próximo dia 23, quinta-feira. O evento tem como objetivo pensar soluções inovadoras para que tragédias como a do Rio Grande do Sul não voltem a acontecer no Brasil.

O projeto conta com a co-realização de grandes instituições nacionais na área da inovação e estratégia, como Sebrae-RS, Finep, ABStartups, Acate, Startup Academy, Singular, Startadora, Vortex Ventures, Jornal do Comércio, Ninna Hub e Ventiur.

Com o título “Soluções Inovadoras para Prevenir os Desastres Climáticos e Mitigar os Efeitos das Inundações”, o hackathon está com inscrições abertas. As startups que queiram contribuir devem preencher o formulário on-line até esta quarta-feira (22), pelo link: https://bit.ly/startupacademyhackathon.

As propostas das startups devem abordar diretrizes preestabelecidas em desafios, como conscientização e educação; funding; recuperação/reconstrução; gestão de resíduos; infraestrutura/logística; planejamento urbano e sistemas de previsão e alertas, entre várias outras. Cada startup deve selecionar duas dessas temáticas e propor soluções a partir delas.

“Em meio a tudo que ainda está acontecendo, a mobilização do nosso ecossistema e seus recursos é o que nos compete fazer. Assim, podemos ajudar, usando nossa expertise, ferramentas e instrumentos neste momento de extrema necessidade. O hackathon é uma maneira de juntarmos nossos conhecimentos e nossa força de vontade para auxiliar tantas vítimas do estado gaúcho e também do Brasil. Sempre que somamos esforços algo grandioso surge; esse é nosso objetivo e meta”, avalia Juliana Suzin, cofundadora e CEO da Startup Academy, precursora desse movimento.

O cronograma do hackathon nacional inicia nesta quinta-feira (23). Na ocasião, ocorrerá a divulgação dos desafios e a formação das equipes, em um encontro online. O encontro também terá uma palestra do especialista Marcio Gagliato da Fordham University, consultor da Unicef e WHO e membro do Comitê Independente de Reparação de Brumadinho. Ele é especialista em desastres climáticos e humanitários.

Até o dia 10 de junho, as startups deverão finalizar as inserções das propostas na plataforma.

“O foco é a reconstrução de um futuro seguro e promissor para o estado gaúcho, além de prevenir calamidades posteriores, advindas de mudanças climáticas globais. Não vamos desenvolver ideias do zero, mas focar em soluções atuais, já prontas, para acelerar a recuperação do Rio Grande do Sul. Queremos entender quais são as articulações que cada startup possui capacidade de fornecer”, explica Ivy Cristiny, responsável metodológica do Hackathon.

No dia 20 de junho acontecerá o reconhecimento e premiação dos vencedores das soluções propostas para os desafios: apoio (fast track) da Ventiur para busca de investimento, Bolsas da Coursera do curso de Prompt para GPT da Vanderbilt University e Bolsas de 100% da Graduação – Startup Business – Gestão de negócios Inovadores da Startup Academy.

STF condena Collor por corrupção e lavagem de dinheiro
Ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões de propina

Da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (25), em Brasília, o ex-senador e ex-presidente Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.

Para o tribunal, como antigo dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Collor foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa.

Após seis sessões de julgamento, o placar da votação terminou oito votos a dois pela condenação. Os ministros prosseguem com o julgamento para definir a pena de Collor, que poderá recorrer em liberdade.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, sugeriu pena de 33 anos e 10 meses de prisão para o ex-presidente. Dois ex-assessores também podem ser condenados no caso.

O STF julga uma ação penal aberta em agosto de 2017. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da República teria recebido pelo menos R$ 20 milhões de propina pela influência política na BR Distribuidora. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014.

Defesa

Durante o julgamento, o advogado Marcelo Bessa pediu a absolvição de Collor. A defesa alegou que as acusações da PGR estão baseadas em depoimentos de delação premiada e não foram apresentadas provas para incriminar o ex-senador.

Bessa também negou que o ex-parlamentar tenha sido responsável pela indicação de diretores da empresa. Segundo ele, os delatores acusaram Collor com base em comentários de terceiros.

“Não há nenhuma prova idônea que corrobore essa versão do Ministério Público. Se tem aqui uma versão posta, única e exclusivamente, por colaboradores premiados, que não dizem que a arrecadação desses valores teria relação com Collor ou com suposta intermediação desse contrato de embandeiramento”, finalizou.

Máscaras em aviões e aeroportos são obrigatórias a partir de hoje

 

Da Agência Brasil

A partir de hoje (25), o uso de máscaras de proteção facial volta a ser obrigatório em aviões, aeroportos, meios de transporte e outros estabelecimentos localizados na área dos terminais. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início desta semana, visando a reduzir o risco de contágio de covid-19, diante do aumento expressivo de casos da doença nas últimas semanas.

Conforme decisão da Anvisa de 13 de maio deste ano, permanece mantida a possibilidade dos serviços de bordo em voos nacionais. Dessa forma, será permitido remover a máscara para hidratação e alimentação no interior das aeronaves, bem como nas praças de alimentação ou áreas destinadas exclusivamente à realização de refeições nos terminais e demais ambientes dos aeroportos.

De acordo com a resolução aprovada pela Diretoria Colegiada da Anvisa, as máscaras devem ser utilizadas ajustadas ao rosto, cobrindo o nariz, queixo e boca, minimizando espaços que permitam a entrada ou saída do ar e de gotículas respiratórias.

A norma proíbe a utilização de máscaras de acrílico ou de plástico; máscaras dotadas de válvulas de expiração, incluindo as N95 e PFF2; lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional; protetor facial (face shield) isoladamente; máscaras de proteção de uso não profissional confeccionadas com apenas uma camada ou que não observem os requisitos mínimos de fabricação, previstos na norma ABNT PR 1002.

A obrigação do uso de máscaras será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, bem como no caso de crianças com menos de 3 anos.

Por fim, a norma aprovada prevê que, nos veículos de deslocamento para embarque ou desembarque em área remota, viajantes e motoristas mantenham o uso obrigatório e adequado das máscaras faciais.

Cenário epidemiológico

Para subsidiar a decisão, a Anvisa realizou reunião com especialistas sobre o cenário epidemiológico atual da covid-19 no Brasil. Participaram representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Brasileira de Saúde Coletiva, além dos epidemiologistas Carla Domingues e Wanderson Oliveira.

“Os participantes da reunião ressaltaram que os dados epidemiológicos demandam o retorno de medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras, principalmente no transporte público, aeroportos e ambientes fechados/confinados”, explicou a agência na ocasião.

A entidade destacou que o uso das máscaras estava previsto como recomendação desde agosto deste ano, principalmente para pessoas com sintomas gripais e para o público mais vulnerável, como imunocomprometidos, gestantes e idosos.

Além dos dados epidemiológicos atuais, o comportamento com características de sazonalidade da pandemia também foi considerado pela Anvisa. “Nos últimos anos, observou-se no Brasil o aumento da transmissão do vírus no período de novembro a janeiro, quadro que pode ser agravado pelo maior fluxo esperado de viajantes, que se deslocam pelos aeroportos para as férias escolares e festas de fim de ano”, acrescentou a agência.

A Anvisa lembrou que atua, mais uma vez, dentro de suas competências legais e “adaptando as regras atuais de forma proporcional ao risco para a saúde da população”. “A agência continuará atenta, avaliando e acompanhando os dados epidemiológicos, a fim de que as medidas possam ser revisitadas sempre que necessário, visando ao cumprimento de sua missão na proteção da saúde das pessoas”.

 

 

O Globo – Economia
Edição de 02/01/22 – Página 11