Dólar cai para R$ 5,35 após governo negar revisão de reformas
Bolsa de valores sobe mais de 2% e aproximou-se dos 108 mil pontos

Da Agência Brasil

Em um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar teve forte queda e fechou abaixo de R$ 5,40, após declarações de ministros de que o governo atual não revisará reformas e medidas econômicas tomadas na gestão anterior. A bolsa de valores subiu mais de 2% e aproximou-se dos 108 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5) vendido a R$ 5,352, com recuo de R$ 0,10 (-1,85%). A cotação operou em baixa durante toda a sessão, até fechar na mínima do dia.

No mercado de ações, o dia foi marcado por ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.641 pontos, com alta de 2,19%. O indicador chegou a operar próximo da estabilidade no início das negociações, mas começou a disparar ainda durante a manhã.

Os destaques foram as ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 3,24%. As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) saltaram 3,6%.

Os investidores continuaram reagindo a declarações de ontem (4) do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, de que uma eventual revisão da reforma da Previdência não está em estudo pelo governo. Além disso, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) descartou uma política de intervenção direta no preço dos combustíveis, o que ajudou as ações da Petrobras. No fim da tarde, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recuou da ideia de extinguir o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O mercado brasileiro agiu na contramão do exterior, onde o dólar subiu após dados de emprego nos Estados Unidos. No mês passado, a maior economia do planeta criou mais postos de trabalho que o previsto, o que elevou o receio de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) mantenha os juros altos mais tempo que o previsto. Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Governo criará programa para atender endividados
Beneficiados com o Auxílio Brasil serão atendidos pelo programa

Da Agência Brasil

O governo federal vai criar um programa para atender as pessoas endividadas, entre elas as que contraíram empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022, modalidade implantada para permitir a inclusão de pessoas inadimplentes de volta à economia.

O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. A iniciativa, batizada de Desenrola Brasil, ainda está em fase de elaboração.

De acordo com o ministério, a estimativa é de que sejam atendidas 80 milhões de pessoas inadimplentes, sendo cerca de 3,5 milhões de pessoas endividadas com o consignado e que recebem o Auxílio Brasil. As dívidas somam R$ 9,5 bilhões.

Segundo o ministro, o novo programa será desenvolvido em parceria com outros ministérios.

“É grave o problema dos endividados do Auxílio Brasil ou do Bolsa Família, o chamado consignado. Primeiro, já do ponto de vista da própria legalidade. O programa foi usado, no período de eleição, com objetivos claramente eleitorais. O presidente Lula já demonstrou sensibilidade com o tema desde a campanha”, disse Wellington Dias.

Lojistas do Rio de Janeiro projetam alta de 2,5% nas vendas de verão
Após dois meses de queda, confiança do consumidor subiu em dezembro

Da Agência Brasil

As vendas durante o verão, especialmente no Carnaval, no Rio de Janeiro devem ser 2,5% maiores do que atingiram no mesmo período do ano passado. A expectativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio). Na busca de um maior volume e para atrair os consumidores, os comerciantes vão fazer promoções, descontos, dar brindes e permitir forma de pagamento diferenciada.

Para o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, esta época do ano tem significado especial para o comércio carioca. Ele lembrou que a estação coincide com a alta temporada turística, férias escolares e o Carnaval. Tudo isso fortalecido pelo calor tropical.

Segundo Gonçalves, as coincidências colaboram para o crescimento das vendas, principalmente de produtos da estação, como moda de praia, roupas feminina e infantil especializadas, acessórios para fantasias e souvenires.

“Os lojistas estão animados com o grande número de visitantes que estão na cidade e esperam uma presença ainda maior do número de turistas nacionais e estrangeiros para o Carnaval”.

Confiança do consumidor

Em dezembro, depois de cair nos dois meses anteriores, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), cresceu 2,7 pontos e atingiu 88 pontos.

Na avaliação dos pesquisadores, o avanço do ICC está relacionado à melhora das expectativas do consumidor para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) variou 0,1 ponto, para 70,9 pontos e se manteve estável, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 4,3 pontos, para 100,3. Esse foi o melhor resultado desde dezembro de 2019.

Na análise das faixas de renda, o indicador apontou também uma compensação de parte das perdas sofridas nos últimos dois meses, para quem tem renda mais baixa. Após forte queda no mês de novembro, os consumidores de menor poder aquisitivo identificaram que a situação financeira das famílias voltou a subir. Já os consumidores de classes de renda mais alta mantiveram o índice em patamar mais elevado.

Dólar sobe para R$ 5,45 e fecha no maior valor desde julho
Bolsa cai 2,08% e atinge menor nível em quase 20 dias

Da Agência Brasil

Em mais um dia de nervosismo no mercado financeiro, o dólar subiu para o maior valor em quase seis meses e superou a barreira de R$ 5,40. A bolsa de valores caiu mais de 2% e chegou ao menor nível em pouco mais de duas semanas.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (3) vendido a R$ 5,452, com alta de R$ 0,092 (+1,72%). A cotação ficou abaixo dos R$ 5,40 durante toda a manhã, mas acelerou durante a tarde, principalmente após declarações do novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, de que pretende rever a reforma do regime de aposentadorias de 2019.

A moeda norte-americana está no maior valor desde 22 de julho, quando tinha fechado a R$ 5,49. Desde 23 de dezembro, quando estava em R$ 5,16, a divisa subiu 5,54%.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 104.166 pontos, com queda de 2,08%. O indicador alcançou o menor nível desde 16 de dezembro.

O mercado está no aguardo de medidas do novo governo sobre a política econômica, o que fortalece a incerteza entre os investidores. A situação foi agravada pelo mercado internacional. Hoje, o dólar subiu perante as principais moedas internacionais em meio à espera da divulgação da ata da reunião mais recente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).