Turismo brasileiro experimenta retomada após pandemia
De maio para junho, conectividade aumentou 7,29% no país

 

Da Agência Brasil

Após dois anos de pandemia de covid-19, quando foram impostas restrições a viagens internacionais em várias partes do mundo, além do fechamento provisório de vários setores do comércio, o Brasil voltou a receber voos de outros países em grande escala. Segundo a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o mês passado registrou 3.806 chegadas de voos internacionais ao país.

Na comparação com maio, o aumento na conectividade foi de 7,29% e, em relação a junho do ano passado, de 355,36%. De acordo com a Embratur, o aumento expressivo da conectividade continuará até o início de 2023. Estão previstos 84 novos voos e 47 frequências adicionais até fevereiro do ano que vem. De janeiro a junho deste ano, mais 84 voos entraram em operação e 36 frequências foram adicionadas.

A empresa aérea GOL começou, em maio, a operar mais voos internacionais de Buenos Aires, Miami e Orlando para Brasília, com quatro frequências semanais. Para novembro, a previsão é iniciar a rota entre as cidades de Buenos Aires e Natal, além de retomar, até dezembro, a totalidade dos destinos na Argentina que existiam em 2019.

Já a United Airlines retomou os voos Chicago/São Paulo e Houston/Rio de Janeiro no primeiro semestre. A Lufthansa também contribuiu para o aumento da oferta de conectividade, com a volta das operações Frankfurt e Munique para o Rio de Janeiro e de voos diários de Amsterdam para o Rio de Janeiro.

Em outubro, a Eastern Air prevê o incremento de voos de Miami e Nova York para Belo Horizonte.

Outras empresas aéreas, como Latam, Delta Air Lines e Iberia, também anunciaram mais voos internacionais, ligando cidades como São Paulo e Rio de Janeiro a destinos como Atlanta e Nova Iorque, nos Estados Unidos, Medelín, na Colômbia, e Madri, capital espanhola.

Senado aprova projeto que reformula sistema de crédito cooperativo
Texto segue para sanção presidencial

 

O Senado aprovou ontem (13) um projeto de lei complementar (PLP) que beneficia cooperativas de crédito. O texto prevê a reformulação do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Assim, torna impenhoráveis as quotas-parte de capital das cooperativas de crédito; permite o pagamento de bônus e prêmios para a atração de novos associados; e inclui as confederações de serviços no sistema. O texto segue para sanção presidencial.

Cooperativas de crédito são instituições financeiras formadas pela associação de pessoas para prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Estes, por sua vez, agem como donos e como usuários ao mesmo tempo: participam da gestão da cooperativa e usufruem de seus produtos e serviços (como conta corrente, aplicações financeiras, cartões de crédito, empréstimos e financiamentos).

O texto permite a gestão de recursos oficiais ou de fundos públicos ou privados por cooperativas de crédito, contanto que sejam para concessão de garantias aos associados em operações com a própria cooperativa gestora ou com terceiros.

O projeto ainda inclui na legislação as confederações de serviço constituídas por cooperativas centrais de crédito, que se encarregam, por exemplo, da organização e da padronização de procedimentos, do planejamento estratégico, da coordenação da capacitação profissional e da gestão de pessoas e da representação sistêmica perante o poder público e o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).

Para o senador Carlos Viana (PL-MG) as cooperativas são importantes para os pequenos produtores rurais. “Nós estamos tratando de um sistema que hoje é primordial no financiamento do pequeno agricultor. Nós daremos mais transparência, nós daremos mais condição de fiscalização e muito mais abrangência nos financiamentos, com um número maior ainda de cooperados que poderão utilizar esses recursos que estão disponíveis”.

Dólar cai para R$ 5,40 com investidores vendendo moeda
Bolsa recua 0,4% após dados de inflação recorde nos EUA

 

Da Agência Brasil

O mercado financeiro viveu um dia misto nesta quarta-feira (13). O dólar iniciou o dia em alta, mas inverteu a tendência e caiu, com investidores aproveitando as valorizações recentes para vender moeda. A bolsa de valores passou a maior parte do dia em alta, mas não resistiu às pressões internacionais e encerrou abaixo de 98 mil pontos.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,406, com queda de R$ 0,033 (-0,61%). A cotação chegou a R$ 5,46 nos primeiros momentos de negociação, mas a moeda caiu após a abertura do mercado norte-americano. Durante a tarde, a cotação chegou a R$ 5,36, mas o ritmo de queda diminuiu até a divisa fechar acima de R$ 5,40.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 3,27% em julho. Em 2022, a divisa cai 3,05%.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. Apesar de subir durante boa parte do dia, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 97.881 pontos, com baixa de 0,4%. A queda nas bolsas norte-americanas e no preço de diversas commodities (bens primários com cotação internacional) influenciou a bolsa brasileira. O indicador está no nível mais baixo desde 4 de novembro de 2020.

Os mercados financeiros em todo o planeta repercutiram a divulgação de que a inflação anual nos Estados Unidos (EUA) alcançou 9,1% em junho, no nível mais alto em quatro décadas. O dado indica que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) continuará a subir os juros para segurar a inflação. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Em relação ao dólar, os investidores aproveitaram a divulgação dos dados da inflação nos EUA para vender a moeda norte-americana e embolsar ganhos recentes. Em contrapartida, a possibilidade cada vez maior de recessão nos Estados Unidos e em várias economias europeias fez cair o preço das commodities e trouxe pessimismo para as bolsas norte-americanas.

Mercado financeiro prevê inflação de 7,96% para 2022
Boletim Focus projeta PIB de 1,51% este ano

 

Da Agência Brasil

O mercado financeiro prevê, para 2022, uma inflação de 7,96%, percentual projetado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Boletim Focus, divulgado hoje (8) pelo Banco Central. O número está abaixo das projeções apresentadas há uma semana (8,27%) e há quatro semanas (8,89%). 

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Para 2023, a expectativa de inflação subiu para 5,01%. É a 13ª alta seguida.

Há uma semana, o mercado previa uma inflação de 4,91% para o próximo ano; e há quatro semanas este percentual (IPCA) estava em 4,39%. Já para os anos 2024 e 2025, as previsões inflacionárias se mantiveram estáveis em 3,25% e 3%, respectivamente.

PIB

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), o Boletim Focus desta semana aumentou em 0,01 ponto percentual a previsão para 2022, passando do 1,50% projetado há uma semana para 1,51%. Há quatro semanas, o cálculo estava em 1,2%.

O PIB estimado para 2023 ficou estável na comparação com a semana passada: 0,5%. Há quatro semanas,  estava em 0,76%. Para 2024, a estimativa apresentada hoje é de 1,81%. Há uma semana era de 1,8%; e há quatro semanas, 2%. Para 2025, a previsão para o PIB se mantém estável em 2% há 34 semanas.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve também estável – em 13,75%, igual ao previsto há uma semana – a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, de 2022. Há quatro semanas, a previsão era de 13,25% para o fechamento do ano.

Já para 2023, a expectativa é de uma taxa de 10,5%. Há uma semana, estimava-se que o ano fecharia com uma Selic em 10,25%; e há quatro semanas, 9,75%. Para 2024 e 2025, as previsões se mantém estáveis, na comparação com a semana passada, em 7,75% e 7,5% ao ano, respectivamente.

Dólar

A estimativa para a cotação do dólar ao final do ano apresentou ligeira queda na comparação com a semana passada, caindo de R$ 5,10 para R$ 5,09; e de alta, na comparação com as expectativas apresentadas há quatro semanas, quando a previsão era de que a moeda norte-americana fecharia o ano com uma cotação de R$5,05.

De acordo com o Focus, o dólar fechará 2023 cotado a R$ 5,10 – o mesmo valor da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de que a moeda apresentaria a cotação de R$ 5,05 ao final do próximo ano.

O boletim projeta, para 2024, uma cotação de R$ 5,07, valor ligeiramente inferior ao estimado há uma semana (R$ 5,08); e acima dos R$ 5,04 de quatro semanas anteriores. Para 2025, a estimativa é de uma cotação de R$ 5,15 para a moeda norte-americana, mesmo valor  visto no boletim da semana passada. Há quatro semanas, a cotação projetada estava em R$ 5,10.