Carreata substitui procissão na homenagem a padroeiro do Rio
Dia de São Sebastião é comemorado nesta quinta-feira

 

Da Agência Brasil

No dia dedicado ao padroeiro do Rio, São Sebastião, comemorado hoje (20), não haverá procissão mais uma vez, devido à pandemia de covid-19. De acordo com programação da arquidiocese da cidade, haverá carreata, que sairá entre as 14h30 e as 15h da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz, zona oeste. A imagem do padroeiro será levada à Catedral de São Sebastião, no centro da cidade, onde haverá missa solene celebrada pelo cardeal arcebispo dom Orani Tempesta.

Às 10h, o cardeal rezará missa no Santuário Basílica de São Sebastião, conhecido como Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, zona norte, onde haverá celebrações de hora em hora em homenagem ao santo, a partir das 5h até as 19h. Todas as missas serão transmitidas pelo canais da igreja no Youtube e no Facebook, a partir das 6h.

A orientação é que os fiéis cheguem com antecedência, porque será feito controle por ordem de chegada e as pessoas só poderão assistir à missa sentadas. Não serão permitidas pessoas em pé. A atual capacidade na igreja é 600 lugares, mas, mesmo assim, ela será evitada em função da pandemia. Serão autorizadas, no máximo, entre 350 e 450 pessoas nos bancos. A imagem do santo permanecerá durante todo o dia no pátio da igreja.

Imagem peregrina

Como parte da programação da festa de São Sebastião, a exemplo do que ocorre todos os anos, desde 2010, o cardeal dom Orani Tempesta levou, no último dia 10, a imagem peregrina do santo ao Centro Administrativo (Cass) da prefeitura carioca, que leva seu nome. A imagem foi recebida pelo prefeito Eduardo Paes, que a carregou até o local em que foi realizada celebração para marcar a visita.

“É uma bênção o Rio de Janeiro ter um padroeiro como São Sebastião, santo forte, resiliente, lutador, perseverante. O mundo vive momento de muita dificuldade, mas nossa cidade está abençoada por esse padroeiro especial”, saudou Paes.

A trezena em homenagem ao padroeiro começou no dia 7 deste mês, no Santuário Basílica de São Sebastião e, durante 13 dias, a imagem peregrina percorreu vários pontos da cidade. A partir de 2019, junto com São Jorge, São Sebastião é também padroeiro do estado do Rio.

São Sebastião

São Sebastião foi um soldado cristão, nascido em Narbonne, na França, no século 3, de pais oriundos de Milão, na Itália. Alistou-se no Exército romano em 283 e, por volta de 286, sua conduta branda com os prisioneiros cristãos levou o imperador Diocleciano a julgá-lo sumariamente como traidor e ordenar sua execução por meio de flechas, que se tornaram símbolo constante em sua imagem.

Foi dado como morto e atirado em um rio, porém não havia morrido. Encontrado e socorrido, apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte, em 20 de janeiro de 288. Seu corpo foi resgatado no esgoto público de Roma, limpo e sepultado nas catacumbas.

ANS inclui testes rápido de Covid no rol de procedimentos obrigatórios oferecidos pelos planos de saúde
Medida passa a valer a partir de hoje

 

Da Agência Brasil

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta quartfeira (19), a inclusão do teste rápido de covid-19 nos procedimentos obrigatórios que devem ser oferecidos aos beneficiários de planos de saúde. A medida passa a valer a partir de hoje (20).

De acordo com a ANS, o teste deverá ser coberto nos planos com cobertura ambulatorial, hospitalar ou referência, quando houver indicação médica para pacientes com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, e durante os primeiros sete dias de sintomas.

A agência recomenda que o usuário entre em contato com a operadora de plano de saúde para obter informações sobre a realização do exame e para sanar outras dúvidas.

O exame que deverá ser incluído do rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS é o teste rápido SARS-COV-2 para detecção de antígeno.

Monitor do PIB indica alta de 1,8% em novembro de 2021, diz FGV
Avanço da economia mostra reversão de queda e estagnação

 

Agência Brasil

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicou crescimento de 1,8% na atividade econômica em novembro de 2021, em comparação ao mês anterior; e recuo de 0,3% no trimestre móvel compreendido entre setembro e novembro, em relação ao encerrado em agosto. 

Já na comparação interanual, o avanço da economia é de 2,2% no mês de novembro e 1,3% no trimestre móvel terminado em novembro.

Em valores correntes, o PIB – que é calculado pela soma da captação bruta de todos os recursos e impostos no país – foi estimado, no acumulado do ano até novembro de 2021, em R$ 7,91 trilhões. Os números foram divulgados hoje (19).

Para o coordenador do Monitor do PIB da FGV, Cláudio Considera, a economia brasileira em novembro reverteu a trajetória de queda e estagnação que ocorria desde abril. Segundo o economista, todos os componentes de demanda se mostraram positivos, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, que registrou crescimento forte em três setores, com destaque para a Construção Civil.

“O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, também cresceu, destacando-se os serviços, graças à ampliação da vacinação. Pelo lado da oferta, todos os componentes de serviços foram positivos em comparação ao mês anterior”, apontou.

O coordenador destacou ainda o resultado positivo da atividade industrial puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda. “A taxa acumulada em 12 meses que havia sido negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas crescentes e em novembro foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno desta”, apontou.

Ainda de acordo com o economista, é relevante o avanço no investimento na comparação interanual. “O investimento teve forte crescimento no interanual em novembro, e continua com taxas altas no acumulado de 12 meses”, completou.

Famílias

De acordo com o indicador, o consumo das famílias no trimestre móvel cresce a taxas decrescentes desde junho, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando a alta tinha sido de 10,5%.

No trimestre encerrado em novembro essa taxa ficou em 0,9%. O componente de serviços, pelo segundo mês seguido, foi o único a apresentar avanço. “Na série com ajuste sazonal, o consumo das famílias apresentou retração de 0,8% em comparação ao trimestre anterior, salientando perda de força”, apontou o Monitor do PIB.

Investimentos

Na comparação do trimestre móvel com igual período do ano passado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa investimentos, também permanece com taxas decrescentes desde junho, quando subiu 33,1%.

No trimestre terminado em novembro, a variação chegou até 3,9%. Novembro foi o primeiro mês, desde outubro de 2020, que o componente de máquinas e equipamentos apresentou recuo. “Na série ajustada sazonalmente, a formação bruta de capital fixo apresentou retração (6,4%) no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao terminado em agosto”, indicou o levantamento.

Exportação

Na exportação, a queda foi de 0,1% no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa é a primeira taxa negativa desde fevereiro de 2021. Já na análise da série dessazonalizada, a exportação caiu 6,4% no trimestre móvel encerrado em novembro em comparação ao terminado em agosto.

Importação

A importação subiu 11,8% no trimestre móvel de setembro a novembro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. “É importante destacar o elevado crescimento dos produtos da extrativa mineral (49,6%). Na análise da série dessazonalizada, a importação apresentou crescimento de 2,8% no trimestre móvel terminado em novembro em comparação ao terminado em agosto”, apontou.

Brasil encerrou 2021 com recorde de endividados
As famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo

 

Da Agência Brasil

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 foi o maior em 11 anos, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com o levantamento, o último ano apresentou recorde do total de endividados, registrando uma média de 70,9% das famílias brasileiras, enquanto dezembro alcançou o patamar máximo histórico com 76,3% do total de famílias. Segundo a CNC, as famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo.

Na avaliação por faixa de renda, o endividamento médio das famílias com até 10 salários mínimos mensais aumentou 4,3 pontos percentuais (p.p), chegando 72,1% do total. Na faixa de renda superior, acima de 10 salários mínimos, o indicador aumentou ainda mais, 5,8 p.p., e fechou em 66%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, entre as famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, a demanda represada, em especial pelo consumo de serviços, fez o endividamento aumentar ainda mais expressivamente, em especial no cartão de crédito.

“O processo de imunização da população possibilitou a flexibilização da pandemia, refletindo no aumento da circulação de pessoas nas áreas comerciais ao longo do ano, o que respondeu à retomada do consumo, principalmente de serviços”, disse Tadros, em nota.

Na comparação com 2020, das cinco regiões do país, apenas o Centro-Oeste apresentou queda do índice, 0,3 ponto percentual. O Norte registrou estabilidade, e o Sudeste se destacou com aumento de 5,9 ponto percentual (p.p.), seguido pelo Sul (+5,5 p.p.) e o Nordeste (+4,5 p.p.). Porém, considerando o total de endividados, o Sul contou com o maior percentual, aproximando-se de 82%.

Inadimplência

Na direção oposta dos indicadores de endividamento, no último ano, os números de inadimplência apresentaram queda. De acordo com a pesquisa, o percentual médio de famílias com contas e/ou dívidas em atraso diminuiu 0,3 p.p. na comparação com 2020, chegando a 25,2%.

Após iniciar 2021 em patamar superior ao observado no fim do ano anterior, o percentual mensal de inadimplência teve redução até maio, mas passou a apresentar tendência de alta desde então, alcançando 26,2% em dezembro e ficando acima da média anual.

“O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas e/ou dívidas em atraso e que, portanto, devem permanecer inadimplentes também contou com uma redução na comparação com 2020, 0,6 p.p., totalizando 10,5% dos lares no país. Os números indicam que essa parcela de consumidores apresentou movimentos diferentes ao longo do ano. Enquanto, no primeiro semestre, o indicador de inadimplência recorrente oscilou entre baixa e alta, a partir de julho passou a registrar tendência de queda, encerrando o ano em 10% do total de famílias, abaixo da média anual”, afirmou a CNC.

Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, os números indicam que, ainda que em condições financeiras mais acirradas, os consumidores conseguiram quitar os compromissos financeiros e evitaram incremento da inadimplência até o fim do terceiro trimestre. Nos últimos três meses do ano, no entanto, o indicador de contas em atraso aumentou, já indicando tendência de alta para o início de 2022.

“Os consumidores seguirão enfrentando os mesmos desafios financeiros da segunda metade de 2021, principalmente inflação, juros elevados e mercado de trabalho formal ainda frágil. Soma-se a isso o vencimento de despesas típicas do primeiro trimestre, que deverá apertar ainda mais os orçamentos domésticos neste período”, disse Izis.