Escassez de oxigênio em Manaus preocupa o Presidente da Federação Brasileira de Hospitais

 

Da Redação

Morato alerta que a situação não pode se repetir em outros estados

O presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Aldevânio Francisco Morato, avalia que é dramática a situação enfrentada por Manaus com a escassez de oxigênio em plena pandemia. De acordo com Morato, isso é mais um reflexo da falta de unidade entre governo federal e estados no enfrentamento ao Covid. Ele observa que é necessário um trabalho em conjunto até o fim dessa pandemia para que hospitais não sofram com a falta de equipamentos e materiais fundamentais no tratamento dos pacientes.

Morato observa que essa crise é provocada pela inoperância das empresas fornecedoras de oxigênio que não estão entregando em tempo hábil para suprir os hospitais. “É preciso que o Governo pressione as empresas devido à urgência da situação”, defende.

Inclusive o abastecimento dos hospitais particulares já está sendo prejudicado com a falta do insumo. “Isso é muito grave. Pessoas vão morrer. A pandemia ainda está aí e é preciso que os governos trabalhem em conjunto. Isso não pode se repetir em outros estados”, afirma Morato.

O aumento no número de casos de Covid-19 mergulhou Manaus no pico da segunda onda de contaminação e fez a capital do Amazonas enfrentar um cenário de filas nos hospitais, aumento das mortes sem atendimento, recorde de sepultamentos em um único dia e até mesmo escassez de oxigênio nas unidades de saúde.

Nesta quarta-feira (13), a cidade bateu um novo recorde negativo: foram 2.221 novas hospitalizações só nos 12 primeiros dias de janeiro. O número é maior do que o total de internações registradas em todo o mês de abril, primeiro pico da pandemia no Amazonas, quando 2.218 pessoas foram hospitalizadas.